terça-feira, 22 de agosto de 2017

Águas subterrâneas do Rio Doce também estão contaminadas, diz estudo

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

Levantamentos da UFRJ, em parceria com o Greenpeace, mostram que as água do subsolo de região atingida pelo rompimento da barragem da Samarco tem altos índices de metais pesados

Lama que ainda está depositada no fundo do Rio Doce pode ter contaminado águas subterrâneas (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com o Greenpeace, revelou que, além do Rio Doce, as águas subterrâneas da região estão contaminadas com altos níveis de metais pesados. A água dos poços artesianos locais apresentaram níveis desses metais acima do permitido pelo governo brasileiro. Os pequenos agricultores são os mais prejudicados, já que não têm outra fonte de água para a produção e para beber.

As águas do Rio Doce foram contaminadas pelo rompimento da Barragem de Fundão, pertencente à mineradora Samarco, no município mineiro de Mariana, em 5 de novembro de 2015. O incidente devastou a vegetação nativa e poluiu toda a bacia do Rio Doce, atingindo outros municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo. Dezenove pessoas morreram e diversas comunidades foram destruídas. O episódio é considerado a maior tragédia ambiental do país.

Após o desastre, agricultores familiares recorreram a poços artesianos para irrigar suas plantações e ter água para beber. As amostras coletadas pela equipe da UFRJ apresentaram altos níveis de ferro e manganês, que prejudicam o desenvolvimento das plantações e oferecem riscos à saúde, no longo prazo, segundo os pesquisadores. Um dos objetivos do estudo do Instituto de Biofísica da UFRJ, em parceira com o Greenpeace, foi avaliar se os agricultores, impossibilitados de utilizar em suas plantações as águas do Rio Doce contaminadas pelo desastre, poderiam empregar com segurança os poços artesianos como fonte de irrigação e consumo.

Resultados - Pesquisadores analisaram a presença de metais pesados na água em 48 amostras coletadas de três regiões diferentes da bacia do Rio Doce: Belo Oriente (MG), Governador Valadares (MG), e Colatina (ES). As amostras foram coletadas em poços, em pontos do rio e na água tratada fornecida pela prefeitura ou pela Samarco. A cidade de Belo Oriente apresentou cinco pontos de coleta com níveis de ferro e manganês acima do estabelecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão do Ministério do Meio Ambiente. Em Governador Valadares foram identificados 12 pontos e, em Colatina, dez pontos com os valores acima do permitido.

Segundo o estudo, a água desses locais não é adequada para consumo humano e, em alguns casos, também não é recomendado o uso para irrigação de plantas – situação de alguns pontos de Governador Valadares e Colatina. A contaminação do Rio Doce se deu pelos rejeitos que vazaram com o rompimento da barragem. No entanto, os pesquisadores disseram não poder afirmar que os poços sofreram a contaminação por conta da lama vinda da barragem, por falta de estudos prévios na região. “Contudo, podemos afirmar que a escavação dos poços e sua posterior utilização se deu por conta do derramamento da lama na água do rio, que porventura, a inutilizou”, diz o relatório.

No longo prazo, para a saúde, a exposição ao manganês pode causar problemas neurológicos, semelhantes ao mal de Parkinson, enquanto o ferro, em quantidades acimas das permitidas, pode danificar rins, fígado e o sistema digestivo. “A contaminação por metais pesados pode ter consequências futuras graves para as populações do entorno, que necessitam de suporte e apoio pós-desastre. Isso deve ser arcado pela Samarco e suas controladoras, Vale e BHP Billiton, e monitorado de perto pelo governo brasileiro”, defendeu Fabiana Alves, da Campanha de Água do Greenpeace. Agricultura No curto prazo, o grande impacto tem sido na agricultura, identificou a pesquisa.

O estudo buscou pequenos produtores locais para analisar como seus modos de vida foram atingidos pela lama. Muitos dos que não abandonaram suas terras enfrentaram dificuldades financeiras por não conseguir mais produzir com o solo e a água que têm. De acordo com o relatório, 88% dos entrevistados afirmaram ter alterado o tipo de cultivo e/ou criação realizada pela família após o incidente. A produção de cabras foi bastante afetada pelo desastre e as atividades de pesca e criação de peixes praticamente desapareceram na bacia. 

Dados apresentados pelos pesquisadores após entrevistas com os agricultores demonstraram também que, antes do desastre, 98% dos entrevistados utilizavam água do Rio Doce para atividade econômica do dia a dia. Após a tragédia, somente 36% continuaram usando a mesma água. Destes, 87% utilizam a água para irrigação. Cerca de 60% dos entrevistados considera a água imprópria para uso, o que demonstra a insegurança no uso desse recurso fundamental para as populações que vivem à beira do rio.

PRF REGISTRA ACIDENTE NA BR 116 PRÓXIMO A SERRA DO HONÓRIO

PRF REGISTRA ACIDENTE NA BR 116 PRÓXIMO A SERRA DO HONÓRIO
Segundo informações da PRF de Teófilo Otoni, o acidente ocorreu por volta das 19:30 dessa segunda feira(21). A policia relatou que a carreta carregada com biscoitos seguia sentido Catuji x Teófilo Otoni, quando aparentemente perdeu o controle e bateu no barranco.
Não foi informado qual o estado de saúde do motorista, outro detalhe, é que parte da carga foi saqueada por populares que se encontravam no local. As causas do acidente ainda serão apuradas.
Elvis Passos/Reportagem
Foto: Reginaldo do Chincho
Fonte: PRF

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Descoberta de jazida de ametistas atrai centenas de pessoas a cidade no norte da Bahia


Por Bahia Meio Dia
 
Pedra preciosa leva pessoas de várias partes do país a Sento Sé, no norte do estado

Pedras preciosas são extraídas na cidade de Sento Sé, onde o quilo é comercializado por até R$ 3 mil.


ma jazida de ametistas foi descoberta há cerca de 15 dias, no alto de uma serra na cidade de Sento Sé, região norte da Bahia, e a possibilidade de livre extração atraiu cerca de sete mil pessoas ao local, mudando a rotina dos moradores. As pedras são comercializadas por até R$ 3 mil o quilo.
A mina fica no alto da Serra da Quixaba, a 54 km do centro de Sento Sé. Para chegar lá, o único acesso é uma estrada de areia, onde muitos carros e motos atolam. No entanto, as dificuldades não têm impedido a chegada de centenas de pessoas, até mesmo a pé.
Muita gente montou acampamento no local e a negociação das pedras é feita no local. O valor do quilo de ametista varia de R$ 500 a R$ 3 mil, dependendo da qualidade das pedras. Quem extrai as pedras precisa encarar ainda a difícil escalada na Serra da Quixaba, que dura cerca de 40 minutos.
A descoberta foi feita pelo o filho do agricultor Edvaldo dos Santos. "Ninguém sabia. Nós começamos a cavar e achamos. Eu, meu filho e um colega meu", revela Edvaldo. A agricultora Clezoneide da Mata também conseguiu encontrar pedras na região. "A gente veio se aventurar aqui. Mexendo com a mão, surgia debaixo da terra as pedras", diz.
Com a chegada de vários grupos em busca de ganhar dinheiro com a venda da ametistas, os preços de produtos em lojas e supermercados de Sento Sé foram inflacionados. Uma garrafinha de 500 ml de água mineral chega a ser vendida por até R$ 10.
Os valores para aluguel de casas também dispararam. Passaram de R$ 400, em média, para até R$ 1.500. A maior movimentação acontece nas lojas de ferramentas e materiais de construção, onde são vendidas pás e picaretas, que auxiliam na extração da ametista.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE) diz que teve conhecimento do garimpo e que deve enviar uma equipe neste mês ao local. Em 2016, a comercialização da ametista movimentou mais de R$ 5 milhões no estado.
Mulher exibe ametista que achou em mina da cidade (Foto: Reprodução/ TV São Francisco)
Mulher exibe ametista que achou em mina da cidade (Foto: Reprodução/ TV São Francisco)

Descoberta de mina tem atraído centenas de pessoas a Sento Sé (Foto: Reprodução/ TV São Francisco)

Descoberta de mina tem atraído centenas de pessoas a Sento Sé (Foto: Reprodução/ TV São Francisco)


Estrada que dá acesso ao local onde há extração de ametista é de terra (Foto: Reprodução/ TV São Francisco)

Estrada que dá acesso ao local onde há extração de ametista é de terra (Foto: Reprodução/ TV São Francisco)

Esmeralda gigante de 360 kg é achada no norte da Bahia

Pedra foi localizada por cooperativa, na cidade de Pindobaçu, e vendida para minerador na região.



Esmeralda foi achada por mineradora em Pindobaçu, norte da Bahia (Foto: Reprodução/ TV São Francisco)
Esmeralda foi achada por mineradora em Pindobaçu, norte da Bahia (Foto: Reprodução/ TV São Francisco)
ma esmeralda gigante, que pesa 360 kg e tem 1,3 metros de altura, foi encontrada há 25 dias na Mina da Carnaíba, no município de Pindobaçu, norte do estado. A região é conhecida pela exploração do mineral. Esta é a segunda pedra de grande porte encontrada na região. A primeira, achada em 2001, tinha 20 kg a mais e foi avaliada em cerca de R$ 1 bilhão.
Esmeralda Bahia tem 20 kg a mais e foi encontrada na mesma mina, em 2001. Pedra está nos Estados Unidos (Foto: Reprodução/ TV São Francisco)

Esmeralda Bahia tem 20 kg a mais e foi encontrada na mesma mina, em 2001. Pedra está nos Estados Unidos (Foto: Reprodução/ TV São Francisco)

A pedra foi localizada a 200 metros de profundidade pela Cooperativa Mineral da Bahia, que tem autorização para explorar a área, e vendida a um minerador da região. Por motivos de segurança, o dono da pedra bruta não quis dar entrevista e nem informou quanto pagou pela esmeralda. O advogado dele, Márcio Jandir, disse que o cliente já providenciou documentação para legalizar a propriedade da pedra adquirida por ele.
"Nós já fizemos toda a emissão do certificado de origem, exigencia do DNPM [Departamento Nacional de Produção Mineral]. O documento já foi emitido. Hoje o proprietário da pedra está autorizado a transitar com ela em território nacional e, obviamente, ele almeja fazer exposições com a pedra e apresentar em museus e bibliotecas", disse o advogado.
A esmeralda Bahia, encontrada em 2001, foi levada para os Estados Unidos ilegalmente e, durante vários anos, foi motivo de uma disputa judicial entre o governo brasileiro e o americano. Até que, em 2015, foi decidido que a pedra ficaria nos Estados Unidos.

Ametistas em Sento Sé

Jazida de ametistas foi descoberta no final do mês de abril em Sento Sé, também no norte da Bahia (Foto: Reprodução/ TV Bahia)


descoberta de uma jazida de ametistas na cidade de Sento Sé, também no norte da Bahia, tem atraído milhares de pessoas ao local, desde o final do mês de abril. A mina fica na Serra da Quixaba, a cerca de 54 km do centro do município, e não possui infraestrutura, mas isso não tem preocupado garimpeiros de todo o país, que lotaram os hotéis e pousadas do município para tentar achar ametistas no local. O valor do aluguel de imóveis passou de R$ 400 para R$ 1.500, em média.
Desde que a mina foi encontrada, no final do mês de abril, pelo menos oito mil pessoas passaram pela cidade. Para chegar à jazida, é preciso seguir por mais 50 km em uma estrada de terra de difícil acesso, e subir os três mil metros até o topo da serra onde está localizada a jazida.

Por enquanto, no garimpo tudo é improvisado, desde o espaço de mineração às negociações. O preço do quilo varia de R$ 500 a R$ 3 mil. A qualidade das pedras encontradas na região já chegou a surpreender quem trabalha no ramo há mais de 20 anos, como Elson Pimentel, que lapida pedras na cidade.
Pedras têm atraído milhares de garimpeiros ao município de Sento Sé (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Pedras têm atraído milhares de garimpeiros ao município de Sento Sé (Foto: Reprodução/TV Bahia)
No dia 18 de maio, uma equipe técnica do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) esteve no garimpo e iniciou o processo de legalização da mina. A extração das pedras está autorizada. No entanto, os garimpeiros interessados em explorar a jazida de ametistas terão que se cadastrar em uma cooperativa do município.

E-farsas: Lula foi expulso por manifestantes de restaurante em Natal?

do E-farsas
Será verdade que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi expulso por manifestantes sob gritos de “ladrão” de um restaurante em Natal (RN)?
O vídeo apareceu no YouTube no dia 19 de agosto de 2017, e já foi visto centenas de milhares de vezes! Nele podemos ver os clientes de um restaurante gritando palavras de ordem contra os políticos que se encontravam no local!
De acordo com o texto que circulou juntamente com as imagens,o ex-presidente Lula teria sido expulso do restaurante localizado no Shopping Midway, em Natal (RN), onde Lula estaria almoçando junto com o prefeito da cidade de São Paulo João Doria, e ambos teriam sido expulsos do estabelecimento sob vaias e xingamentos dos presentes!
Será que esse vídeo é verdadeiro ou falso?
 Verdade ou farsa?
De acordo com a agenda publicada no site do Partido dos Trabalhadores, a caravana com o ex-presidente Lula começou no nordeste dia 17 de agosto de 2017 e, no dia 19 (quando o texto afirma que Lula estava no Rio Grande do Norte) Luiz Inácio estava em Feira de Santana, na Bahia. O site do PT também mostrou como foi o dia do político na cidade baiana.  
Apenas por esse detalhe, já podemos dar como encerrada essa história… Afinal, Lula não poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo!
Mas a verdade mesmo é que o vídeo foi feito no dia 16 e não teve mesmo a participação do ex-presidente! Nesse dia, o prefeito de São Paulo, João Doria, foi recebido sob protestos na cidade de Natal. Segundo o jornal Estadão, manifestantes entraram no Shopping Midway Mall, segurando cartazes e gritando palavras de ordem contra o prefeito paulistano.
Os gritos com os insultos eram também voltados para o presidente afastado da Câmara Municipal, o vereador Raniere Barbosa, que é acusado de desviar cerca de 22 milhões de reais da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos.
Abaixo, outro vídeo feito no mesmo local e no mesmo momento:

Conclusão

O vídeo espalhado como sendo de manifestantes expulsando o ex-presidente Lula de um restaurante em Natal é de um caso ocorrido com o prefeito de São Paulo!