quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Bolsonaro vira meme após homenagem a soldados comunistas na Rússia; 'sátira saudável', diz Botelho

O primeiro compromisso oficial do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Rússia virou piada nas redes sociais. Nesta manhã, Bolsonaro participou da entrega de uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, nas imediações do Kremlin, sede do governo russo. No UOL News, o colunista Augusto de Arruda Botelho fala sobre o tema.
16 de fev. de 2022
                                                  

Estados Unidos criticam declaração de Bolsonaro pró-Rússia

"O momento em que o presidente do Brasil se solidarizou com a Rússia, quando as forças russas se preparam para lançar ataques a cidades ucranianas, não poderia ter sido pior”, diz porta-voz do governo norte-americano

olsonaro e Putin durante coletiva de imprensa em Moscou, Rússia, nesta quarta-feira (16)

Foto: Alan Santos/PR

 Lourival Sant'Anna

 17/02/2022 às 22:51 | Atualizado 17/02/2022 às 23:02

 O governo americano reagiu com franqueza incomum nas comunicações públicas entre países parceiros à declaração do presidente Jair Bolsonaro (PL) na quarta-feira (16) em Moscou: “somos solidários à Rússia”.

 “O momento em que o presidente do Brasil se solidarizou com a Rússia, quando as forças russas se preparam para lançar ataques a cidades ucranianas, não poderia ter sido pior”, disse à CNN um porta-voz do Departamento de Estado. “Isso mina a diplomacia internacional destinada a evitar um desastre estratégico e humanitário, bem como os próprios apelos do Brasil por uma solução pacífica para a crise.”

 

Essas frases significam que, na visão americana, o apoio expresso do Brasil, uma economia importante e um país democrático, vai na contramão da pressão americana e europeia para o presidente Vladimir Putin não seguir adiante numa eventual agressão militar à Ucrânia. 


A viagem de Bolsonaro a Moscou foi motivada pela necessidade, por ele percebida, de encontrar uma alternativa de parceria estratégica nas áreas militar, nuclear e espacial, considerando o relacionamento ruim dele com os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.

 

Para o governo americano, o presidente brasileiro não tem de escolher entre um e outro país. “Vemos uma narrativa falsa de que nosso engajamento com o Brasil na Rússia envolve pedir ao Brasil que escolha entre os Estados Unidos e a Rússia”, escreveu o porta-voz, na nota à CNN.

 

“Esse não é o caso”, prossegue o texto. “Esta é uma questão do Brasil, como um país importante, parecendo ignorar a agressão armada por uma grande potência contra um vizinho menor, uma postura inconsistente com a ênfase histórica do Brasil na paz e na diplomacia.”

 

Noutras palavras, não é o governo Biden que empurra Bolsonaro para o isolamento e a busca de uma saída, digamos, problemática. É uma escolha do próprio presidente brasileiro.

 

No fim de janeiro, a preocupação com o encontro foi tema de um telefonema entre o secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, e o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Carlos França. Na conversa, Blinken teria dito que não pediria a Bolsonaro que não fosse a Moscou, pois essa é uma decisão soberana do Brasil. Entretanto, recomendou que o presidente do Brasil levasse a Putin uma mensagem no sentido de que o Brasil é favorável ao cumprimento dos acordos de paz previstos no tratado de Minsk.

 

A CNN pediu ao Palácio do Planalto e ao Itamaraty uma resposta às declarações do porta-voz americano. Até o momento, não houve reação.

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/estados-unidos-criticam-declaracao-de-bolsonaro-pro-russia/                                                              


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