quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Ricardo Salles posta fake news sobre Bolsonaro e 3ª Guerra; CNN rebate... -

A CNN Brasil classificou a postagem de Salles como 'fake news'Imagem: Reprodução/CNN Brasil

Do UOL, em São Paulo*

15/02/2022 12h32Atualizada em 15/02/2022 14h37


O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles postou uma fake news na manhã de hoje em seu perfil do Instagram. A postagem afirmava que o presidente, Jair Bolsonaro (PL), que desembarcou hoje na Rússia, teria "evitado a terceira Guerra Mundial" ao ter supostamente exercido influência na retirada de soldados russos da fronteira com a Ucrânia, movimento que atenuou a tensão entre os dois países.

A CNN Brasil, que teve sua logomarca exposta na publicação de Salles, divulgou um texto negando que tenha publicado uma reportagem de que o "presidente Bolsonaro evitou guerra" e declarou que a publicação do ex-ministro é "fake" e com "frase mentirosa".

A imagem compartilhada pelo ex-ministro mostra Bolsonaro cumprimentando Putin, e exibe o símbolo da rede de televisão CNN. A foto é um registro de junho de 2019, quando o presidente brasileiro se encontrou com o líder russo durante um evento da cúpula do G20 em Osaka, no Japão.

"Putin sinaliza recuo na Ucrânia, presidente Bolsonaro evita a 3ª guerra mundial", afirma o texto falso na publicação.

Após a repercussão da notícia falsa, a CNN Brasil se pronunciou em seu site sobre a afirmação enganosa e classificou a publicação como "frase mentirosa".

Na postagem fake, a frase mentirosa entra como suposta causa do recuo do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para invasão da Ucrânia. A sinalização de Putin tem sido veiculada pela CNN desde ontem.

A imagem publicada por Salles foi compartilhada por grupos bolsonaristas. Mais cedo, o presidente Bolsonaro publicou uma imagem em que a CNN Brasil informa o recuo de Putin. Na mesma postagem, o presidente informou que já estava no espaço aéreo russo, mas não fez qualquer menção à frase mentirosa publicada por Salles", explicou a emissora.CNN Brasil sobre a publicação enganosa de Ricardo Salles

Depois da resposta da CNN Brasil, o ex-ministro de Bolsonaro foi até as redes sociais novamente e escreveu no Twitter: "Kkk vcs são ridículos", dando a entender que a postagem teria sido uma "brincadeira". Com a mensagem, Salles compartilhou um tuíte da emissora negando a publicação postada por ele anteriormente.

No Instagram, Salles também riu da postagem da emissora e escreveu: "Kkkk #nobelnaro".

O ex-ministro também compartilhou uma montagem que simula o presidente na capa da revista americana "Time". A manchete da edição falsa atribui a Bolsonaro o "Prêmio Nobel da Paz de 2022" por seu "papel fundamental na crise entre Rússia e Ucrânia", além de descrever o mandatário como "o homem que poderá definir o futuro do planeta".

Na postagem, Salles não sinalizou que se trata de uma montagem. "Parabéns, presidente", ele se limitou a escrever.

Repercussão

Muitos internautas, ministros e apoiadores do governo Bolsonaro estão repercutindo a publicação de Salles e a hashtag "#BolsonaroEvitouAGuerra" alcançou o 1º lugar entre os trends do Twitter às 11h55 (horário de Brasília).

O ministro do Turismo, Gilson Machado, também compartilhou imagens que sugerem um "papel fundamental" de Bolsonaro na crise entre a Rússia e a Ucrânia. "O maior líder conservador do planeta", escreveu ele no Twitter.

Mesmo com parte das postagens feitas em tom de brincadeira, elas exploram uma publicação do próprio presidente. Mais cedo, ao adentrar o espaço aéreo russo, Bolsonaro deu destaque à notícia da retirada das tropas, mesmo tendo sido aconselhado pelo Itamaraty a não tocar nesse assunto durante a viagem, como mostrou o jornal O Estado de S.Paulo.

Entre as pessoas que se manifestaram sobre a fake news estão o senador Humberto Costa (PT-PE). Ele afirmou que é "muita falta de caráter fazer piada sobre um tema tão delicado".

Enquanto alguns internautas fizeram piadas com a suposta ajuda de Bolsonaro para diminuir a tensão sobre os países, seus apoiadores seguiram compartilhando a postagem enganosa como se fosse verdadeira.

"Acabei de receber essa imagem no zap. Parece real", diz um perfil que usou uma imagem de Bolsonaro comendo farofa em um vídeo que circulou nos últimos dias.

"Nosso presidente é o cara, destemido, viajou para o local onde uma guerra poderia se iniciar a qualquer momento e o que ele faz?"

'Delírio como método', diz pesquisadora

A pesquisadora Michele Prado, autora do livro "Tempestade Ideológica: a alt-right e o populismo iliberal no Brasil", avalia que os bolsonaristas com influência nas redes aproveitam a situação para fortalecer a mobilização do público em torno do mandatário. Ela ressalta que a imagem do presidente entre seus apoiadores é envolta de "mitificação e messianismo", elementos que esse tipo de publicação tenta reforçar.

"Vão tentar usar a viagem para elevar Bolsonaro a uma espécie de salvador, algo que é recorrente", afirma a escritora.

Michele classifica as postagens como uma tentativa de emplacar o que ela chama de contranarrativa — uma disposição dos fatos alheia à realidade. "O bolsonarismo tem muitas redes alternativas de influência. Eles se valem de um fato importante para forjar as narrativas que mais vão mobilizar o seu público, muitas vezes de forma extremista".

A estudiosa acrescenta que essa situação pode resultar na ampliação do "limite de aceitação do absurdo" dos bolsonaristas, levando à perda do senso crítico individual. "É o delírio como método. Quando recebem essas publicações (no Telegram, WhatsApp e outras redes sociais), acham que é verdadeiro. No futuro, vão acreditar em algo ainda mais absurdo e fora da realidade", diz a pesquisadora.

O próprio ministro Walter Braga Netto, que acompanha o chefe do Executivo na viagem, afirmou nesta terça-feira que a Ucrânia não está na pauta da reunião do presidente com o ministro da Defesa da Rússia. Segundo ele, serão tratados temas que envolvem transferência de tecnologia.

*Com Estadão Conteúdo

 

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/02/15/ricardo-salles-bolsonaro-3-guerra.htm

                                                                   


Mãe usa enxada para procurar filha em meio à lama em Petrópolis (RJ)

Moradora de Juiz de Fora (MG) foi até a cidade fluminense para procurar a adolescente que morava na área atingida pela enchente

MINAS GERAIS | Helena Lima, da Rede Mais

17/02/2022 - 19H54 (ATUALIZADO EM 17/02/2022 - 20H47)

Uma adolescente de Juiz de Fora, na zona da mata de Minas Gerais, está entre as vítimas do temporal que atingiu a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, na última terça-feira (15). Ao menos 113 pessoas morreram.

 

A  jovem de 17 anos morava com parentes em um dos locais mais afetados pelos deslizamentos. Ao saber do desastre, a mãe dela deixou a cidade mineira e foi ao local para ajudar nas buscas com uma enxada.

  

Nesta quarta-feira (16), após receber a confirmação da morte, Gizelia de Oliveira Carminate, de 36 anos, lamentou a perda da filha em uma série de publicações em suas redes sociais. “Deus me deu, Deus levou. Com meu coração despedaçado comunico o falecimento da minha filha”, escreveu.

 

O corpo de Maria Eduarda Carminate de Carvalho foi encontrado após horas de busca, sobre um sofá. A adolescente estava abraçada com a madrinha e a neta da mulher, de apenas 1 ano.

 

Imagens mostram tragédia em Petrópolis:

 




A Defesa Civil informou que ainda há previsão de chuva fraca a moderada a qualquer momento no município

Chuvas em Petrópolis, na região serrana do Rio, deixam dezenas de mortos e cenário é de guerra na região

Após as fortes chuvas que atingiram Petrópolis, na região serrana do Rio, a cidade registrou mais de 260 ocorrências de deslizamento

Chuvas provocaram centenas de deslizamentos em Petrópolis, na região serrana do Rio, e deixaram dezenas de mortos

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que toda a equipe do Estado foi mobilizada para ajudar os moradores de Petrópolis: Corpo de Bombeiros, secretarias e demais órgãos do estado.

Funcionários trabalham na limpeza de Petrópolis, para tentar retirar todo o lixo e entulho que ficou acumulado após as fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio

Em entrevista coletiva à imprensa após as chuvas que causaram dezenas de mortes em Petrópolis, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que 'é quase uma situação de guerra' e que está havendo um 'grande trabalho de solidariedade' para resgatar os moradores

Pessoas sujas de lama caminham pelas ruas de Petrópolis, na região serrana do Rio, nesta quarta-feira (16), após a cidade de devastada por fortes chuvas que deixaram dezenas de mortos

Trabalhadores retiram uma moto que foi parar dentro de um córrego, em Petrópolis, após as fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio

Esta quarta-feira (16) foi um dia de trabalho pesado para moradores e funcionários de Petrópolis, na limpeza e eventual recuperação de itens, após a cidade ser destruída por um temporal que deixou dezenas de mortos

Moradores e funcionários de lojas de Petrópolis trabalham nesta quarta-feira (16) para tirar todo o lixo e entulho que ficou acumulado pela cidade, após as fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio

Ruas de Petrópolis, na região serrana do Rio, ficaram completamente cobertas de lama após o temporal de devastou a cidade nesta quarta-feira (16)

Várias lojas e casas de moradores Petrópolis ficaram destruídas depois que a região serrana foi, mais uma vez, castigada por fortes chuvas

Passou de 60 o número de mortos no temporal que atingiu a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. O governador Cláudio Castro disse que há um 'grande trabalho de solidariedade' para resgatar os moradores. Segundo informações, mais de 20 pessoas foram salvas com vida

As secretarias de Desenvolvimento Social do estado e do município trabalham no acolhimento às vítimas. A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou que os setores de perícia, de cartório, delegados da região serrana, apoio terrestre e apoio aéreo estão mobilizados para atender a cidade

Os familiares estão sendo acolhidos e atendidos na Sala Lilás do posto de perícia do município. Mais de 400 bombeiros atuam no local, atingido por um temporal na noite de ontem. A orientação é que a população evite a cidade, tendo em vista as dificuldades de transporte e locomoção no momento

No Morro da Oficina, no Alto da Serra, a estimativa é que 80 casas tenham sido afetadas. Em outras regiões, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Washington Luiz e Coronel Veiga, também há registros

O corpo de uma mulher foi resgatado em frente à Câmara Municipal

A Prefeitura de Niterói decretou luto de três dias. Segundo o município, até as 9h, o número de ocorrências chegou a 229, das quais 189 são de deslizamentos, fazendo com que a cidade decretasse também estado de calamidade pública

Nas redes sociais, moradores da cidade registraram imagens da catástrofe, com enchentes e carros sendo arrastados pela correnteza. Veja os vídeos

A Defesa Civil informou que ainda há previsão de chuva fraca a moderada a qualquer momento no município

Chuvas em Petrópolis, na região serrana do Rio, deixam dezenas de mortos e cenário é de guerra na região 

 

Chuvas em Petrópolis, na região serrana do Rio, deixam dezenas de mortos e cenário é de guerra na região

Após as fortes chuvas que atingiram Petrópolis, na região serrana do Rio, a cidade registrou mais de 260 ocorrências de deslizamento

Chuvas provocaram centenas de deslizamentos em Petrópolis, na região serrana do Rio, e deixaram dezenas de mortos

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que toda a equipe do Estado foi mobilizada para ajudar os moradores de Petrópolis: Corpo de Bombeiros, secretarias e demais órgãos do estado.

Funcionários trabalham na limpeza de Petrópolis, para tentar retirar todo o lixo e entulho que ficou acumulado após as fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio

Em entrevista coletiva à imprensa após as chuvas que causaram dezenas de mortes em Petrópolis, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que 'é quase uma situação de guerra' e que está havendo um 'grande trabalho de solidariedade' para resgatar os moradores

Pessoas sujas de lama caminham pelas ruas de Petrópolis, na região serrana do Rio, nesta quarta-feira (16), após a cidade de devastada por fortes chuvas que deixaram dezenas de mortos

Trabalhadores retiram uma moto que foi parar dentro de um córrego, em Petrópolis, após as fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio

Esta quarta-feira (16) foi um dia de trabalho pesado para moradores e funcionários de Petrópolis, na limpeza e eventual recuperação de itens, após a cidade ser destruída por um temporal que deixou dezenas de mortos

Moradores e funcionários de lojas de Petrópolis trabalham nesta quarta-feira (16) para tirar todo o lixo e entulho que ficou acumulado pela cidade, após as fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio

Ruas de Petrópolis, na região serrana do Rio, ficaram completamente cobertas de lama após o temporal de devastou a cidade nesta quarta-feira (16)

Várias lojas e casas de moradores Petrópolis ficaram destruídas depois que a região serrana foi, mais uma vez, castigada por fortes chuvas

Passou de 60 o número de mortos no temporal que atingiu a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. O governador Cláudio Castro disse que há um 'grande trabalho de solidariedade' para resgatar os moradores. Segundo informações, mais de 20 pessoas foram salvas com vida

As secretarias de Desenvolvimento Social do estado e do município trabalham no acolhimento às vítimas. A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou que os setores de perícia, de cartório, delegados da região serrana, apoio terrestre e apoio aéreo estão mobilizados para atender a cidade

Os familiares estão sendo acolhidos e atendidos na Sala Lilás do posto de perícia do município. Mais de 400 bombeiros atuam no local, atingido por um temporal na noite de ontem. A orientação é que a população evite a cidade, tendo em vista as dificuldades de transporte e locomoção no momento

No Morro da Oficina, no Alto da Serra, a estimativa é que 80 casas tenham sido afetadas. Em outras regiões, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Washington Luiz e Coronel Veiga, também há registros

O corpo de uma mulher foi resgatado em frente à Câmara Municipal

A Prefeitura de Niterói decretou luto de três dias. Segundo o município, até as 9h, o número de ocorrências chegou a 229, das quais 189 são de deslizamentos, fazendo com que a cidade decretasse também estado de calamidade pública

Nas redes sociais, moradores da cidade registraram imagens da catástrofe, com enchentes e carros sendo arrastados pela correnteza. Veja os vídeos

A Defesa Civil informou que ainda há previsão de chuva fraca a moderada a qualquer momento no município

Chuvas em Petrópolis, na região serrana do Rio, deixam dezenas de mortos e cenário é de guerra na região


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