Dados do CEPAL, vinculado às Nações Unidas, mostram o mergulho no abismo do país que um dia foi a economia mais promissora do continente. Honduras, Nicarágua, Venezuela e Trinidad e Tobago também crescerão mais
O Brasil já tem sua mais nova vergonha para “ostentar” durante o governo de Jair Bolsonaro. Dados divulgados pelo CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), um órgão vinculado à ONU, aliados às informações sobre os EUA e o Canadá, mostram que o país é o último de todo o continente nas projeções para crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2022, ficando atrás inclusive do Haiti, uma nação miserável que vive em convulsão social, e dos países alvos de críticas e chacotas por parte dos bolsonaristas por sua “pobreza”, como Venezuela, Cuba e Bolívia.
Os dados revelam que, em último lugar (35°), temos uma previsão de 0,4% de crescimento esse ano, contra 0,6% do Haiti (34°), 0,7% do Paraguai (33°), 3,5% da Bolívia (20°), 3,4% de Cuba (21°) e 5% da Venezuela (12°). Quem lidera a lista é a Guiana, com projeção de crescimento de 49%, enquanto os EUA aparecem com 2,8% na 24ª posição. O Canadá está em 14°, com previsão de 4,2%, o México em 30°, com 1,7%, e a nossa vizinha Argentina em 22°, com 3% de estimativa de aumento do PIB.
Atravessando a mais profunda e devastadora crise socioeconômica da História, o Brasil governado por Jair Bolsonaro vem acumulando derrotas e retrocessos em seus indicadores econômicos desde antes da pandemia. Com índices de desemprego assustadores, inflação nas alturas (a maior desde a implantação do Real, há 28 anos), queda vertiginosa no consumo e fuga de investimentos por conta do cenário catastrófico que se desenhou com as políticas de Paulo Guedes e o circo de instabilidade institucional, o país não vê luz no fim do túnel e até os setores da elite empresarial já esperam e torcem por uma mudança que possa vir com as eleições presidenciais de outubro.
Vejo o infográfico com todos os países das Américas e as projeções de crescimento do PIB para 2022:
https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2022/05/5007234-stm-rejeita-anular-julgamento-de-militares-condenados-por-mortes-de-musico-no-rj.html
STM rejeita anular julgamento de militares condenados por
mortes de músico no RJ
STM rejeita recurso da guarnição do Exército que matou
músico, ao disparar contra o carro que ele dirigia, na zona norte do Rio de
Janeiro. Na ação, ocorrida em 2019, catador também foi alvejado e morreu.
Denúncia contabilizou 257 tiros
CB
Correio Braziliense
postado em 12/05/2022 06:00
(crédito: Jose Lucena/Futura Press)
O Superior Tribunal Militar (STM) rejeitou, ontem, um
recurso dos oito militares do Exército condenados pelo assassinato do músico
Evaldo Rosa dos Santos, que estava no carro alvejado com mais de 80 tiros no
Rio de Janeiro, e do catador de recicláveis Luciano Macedo, baleado ao tentar
ajudar a família que estava no veículo. O caso aconteceu em 2019.
Os ministros negaram um habeas corpus para anular o
julgamento que, em outubro do ano passado, condenou os militares a penas que
vão de 28 anos a 31 anos e seis meses de prisão em regime fechado.
A defesa alega que houve constrangimento ilegal porque,
durante o julgamento, a acusação apresentou documentos que não constavam no
processo: um vídeo sobre a lesividade do tiro de fuzil e o trecho do livro
Conversa com o Comandante, do general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do
Exército, que fala sobre o crime.
"A defesa foi surpreendida no momento do julgamento.
Ela não pode se manifestar sobre aquelas duas provas", afirmou a advogada
Renata Alves de Azevedo. "O prejuízo para a defesa é flagrante",
acrescentou.
A advogada pediu um novo julgamento "imparcial".
"Nós estamos falando de seres humanos. É óbvio que o conselho ficou
influenciado por aquele vídeo, ainda que não tenha sido deferida a
juntada", disse.
O plenário concluiu que o pedido não cumpriu os requisitos
para ser analisado em habeas corpus. O ministro Lúcio Mário de Barros Góes,
relator, considerou que a defesa tentou usar o HC para acelerar indevidamente o
andamento do processo.
"Considero que assiste razão ao senhor procurador-geral
da Justiça Militar quando afirma que, no caso em tela, afigura-se como
inadequada a análise e solução da controvérsia posta em sede da via estreita do
habeas corpus, mormente sem a participação do órgão de acusação de primeiro
grau", afirmou.
Fuzilamento
O posicionamento foi unânime, mas os ministros sinalizaram
que vão analisar o mérito do pedido em outro recurso, uma apelação, movida em
paralelo pela defesa.
O crime aconteceu em 7 de abril de 2019 e os militares foram
denunciados em maio daquele ano por homicídio qualificado, tentativa de
homicídio e omissão de socorro. O músico estava a caminho de um chá de bebê
quando passou por uma patrulha do Exército na Estrada do Camboatá, em
Guadalupe, na zona norte do Rio, onde foi alvo dos disparos.
A denúncia contabiliza 257 tiros. Também estavam no carro a
mulher, o filho e o sogro do músico, além de uma adolescente. Evaldo morreu no
local. Segundo a Procuradoria de Justiça Militar no Rio, não houve ordem para o
carro parar e não havia posto de bloqueio ou blitz na estrada. O catador
Luciano Macedo, que passava no local, também foi atingido e morreu dias depois.
Foram condenados o tenente Ítalo da Silva Nunes, que
comandou a ação; o sargento Fabio Henrique Souza Braz da Silva; o cabo Leonardo
de Oliveira de Souza; e os soldados Gabriel Christian Honorato, Gabriel da
Silva de Barros Lins, João Lucas da Costa Gonçalo, Marlon Conceição da Silva e
Matheus Santanna Claudino.
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do Exército






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