quinta-feira, 8 de junho de 2017

Operação prende 11 suspeitos de envolvimento em esquema de roubo e clonagem de veículos em Minas

7 de junho de 2017 Minas Gerais D

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizaram, na manhã de hoje (07/06/2017), Operação Dupla Face para desarticular um esquema de clonagem de veículos automotores. O resultado foi a prisão de 11 pessoas e a apreensão de diversos veículos, além de vasta documentação e tecnologia que seria utilizada para clonagem de automóveis.De acordo com o superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, delegado-geral Márcio Lobato a operação foi de suma importância uma vez que apurou inúmeras atividades criminosas pela raiz. “Muito se fala de crimes violentos como homicídio, mas temos que destacar que essa quadrilha fomentava diversos crimes, possivelmente até homicídios que seriam cometidos por meio de veículos clonados”, disse.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), representado pela procuradora de Justiça e coordenadora do Gaeco, Cássia Virgínia, parabenizou a ação da PCMG. “Gostaria de agradecer imensamente a parceria da PCMG com a tranquilidade de saber que muitas possíveis vítimas serão preservadas com a prisão dos membros deste grupo criminoso”.
As investigações apontam para uma organização criminosa que seria responsável pela clonagem de grande quantidade de veículos subtraídos na capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que tinham como base a clonagem de veículos.
“Os trabalhos investigativos, que duraram seis meses, provocou o pedido à Justiça Estadual para o cumprimento de 15 mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão. As apurações tiveram início após análise minuciosa pela PCMG do aumento descontrolado dos crimes de furto e roubo de veículos cometidos nos últimos meses em BH e RMBH”, destacou o delegado representante da PCMG no Gaeco, Antônio Junio Dutra Padro.
Presos apresentados pela PC (Foto: Divulgação/PCMG)
A PCMG apurou que a fraude do grupo criminoso consistia na duplicação das placas – daí o nome da Operação – de um carro que possui as mesmas características (modelo, cor e ano de fabricação) para utilização em outro, produto de crime. Depois de adulteradas as numerações do chassi e dos vidros, de etiquetas identificadoras, placas, lacre de segurança e documentação de uso obrigatório, os veículos com “aparente legalidade” eram comercializados para terceiros, criminosos ou não.
Com a placa clonada, alguns desses veículos eram utilizados por outros grupos, sem levantar suspeita, para cometer crimes patrimoniais, tráfico de drogas e comércio de armas de fogo. “A estratégia empregada dificulta a identificação e a localização do veículo utilizado nos crimes e, no caso de eventual apreensão do ‘dublê’, o prejuízo econômico para as quadrilhas é muito menor em razão dos valores praticados no comércio clandestino desse tipo de veículo, em média, R$ 6 mil”, salientou o delegado responsável pelo inquérito, Marcus Vinícius Lobo Leite Viana.
As investigações demonstraram, ainda, que a organização criminosa possuía estrutura hierarquizada e era composta por vários integrantes, que se encarregavam por diferentes tarefas: subtração, guarda, adulteração de sinais identificadores, fornecimento de placas, selos, documentação falsa e distribuição dos veículos clonados, que ocorria na capital e em cidades do interior de Minas Gerais e do Estado da Bahia.
No curso das investigações foram localizados e apreendidos pela PCMG vários dos veículos subtraídos e adulterados pela quadrilha. Em Belo Horizonte, foram apreendidos dois veículos clonados (incluindo um caminhão tipo baú), dois veículos roubados, ainda não adulterados, outros três com fortes indícios de adulteração, uma arma de fogo e munições; em Santo Antônio do Jacinto – divisa com o Estado da Bahia – foram apreendidos dez veículos clonados, e, em Peçanha (MG), mais um veículo clonado.
Com o cumprimento das ordens judiciais, a PCMG espera apreender mais automóveis adulterados, já que as investigações revelaram que, apenas neste ano, o grupo já teria clonado mais de cem veículos.
Presos:
- Ailson G.O, 40 anos;
- Jânio M.S, 34 anos;
- Guilherme G.S, 24 anos;
- Marcelo A.S, 49 anos;
- Adilson G.O;
- Marcelo L, 34 anos;
- Alex J.P.S, 25 anos;
- Dilson P.D, 32 anos;
- Sérgio H.S, 38 anos;
- Gilvan B.R, 28 anos;
- Humberto J.C, 41 anos.
Veículos apreendidos na operação (Foto: Divulgação/PCMG)
Veículos apreendidos na operação (Foto: Divulgação/PCMG)
(Fonte: PCMG)

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