sábado, 22 de dezembro de 2018

PC prende quarto investigado na Operação Tarja Preta por fraude em licitações na saúde de Teófilo Otoni

Por G1 Vales de Minas


Homem foi preso no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte; investigado estava nos EUA durante a operação deflagrada na última terça-feira (27) em que outros três foram detidos.


A Polícia Civil prendeu na manhã deste domingo (2) em Belo Horizonte o homem apontado como quarto investigado na Operação Tarja Preta, que apura fraudes em licitações realizadas pela Prefeitura de Teófilo Otoni em compras relacionadas à saúde entre 2014 e 2015. Durante a primeira fase da ação deflagrada na última terça-feira (27), três pessoas foram presas; o homem detido neste domingo no Aeroporto Internacional de Confins se encontrava nos Estados Unidos

Os quatro investigados devem permanecer presos nos próximos dias, segundo a Polícia Civil; eles podem responder pelos crimes de dispensa de licitação fora das condições previstas em lei, associação criminosa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa.



Ainda de acordo com a PC, a Justiça prorrogou as prisões temporárias dos três investigados que foram detidos na primeira fase da operação e foram indeferidos os pedidos de habeas corpus [ação em que o réu pede proteção ao direito de liberdade] impetrados no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.


A PC não informou ao G1 qual pode ser o envolvimento do homem detido neste domingo no esquema de fraudes. Durante as primeiras prisões da operação, a polícia apenas disse que dois funcionários da prefeitura de Teófilo Otoni, sendo um deles secretário municipal de saúde na época, e dois empresários do ramo farmacêutico de Caratinga estariam envolvidos. A ação foi realizada nas duas cidades e não foi informado quem são os presos.

Entenda o caso




A Operação Tarja Preta cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e quatro de prisão temporária em Caratinga e Teófilo Otoni na última terça (27). Também foram expedidos mandados de sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados, visando restituição de R$ 1,5 milhão aos cofres públicos.



A ação da PC investiga possíveis irregularidades na aquisição de materiais hospitalares e medicamentos em Teófilo Otoni entre os anos de 2014 e 2015. O delegado regional Washington Souza Filho informou que as investigações começaram há cerca de dois anos. “A medida que nós investigávamos ia revelando o esquema, no qual realizavam fraude nas licitações para a compra de medicamentos. Alguns desses medicamentos possuíam preços superfaturados, outros sequer eram entregues, mas o pagamento era realizado”, revelou o delegado em entrevista.


G1 não conseguiu contato com representante da administração anterior.
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Deputados trocam socos em diplomação após petista exibir 'Lula livre'


Rogério Correia e cabo Junio Amaral trocam socos em diplomação de deputados em Minas

Rogério Correia e cabo Junio Amaral se agrediram em cerimônia no Palácio das Artes


Por FRANSCINY ALVES, BRUNO MENEZES, LUCAS HENRIQUE GOMES E WALLACE GRACIANO
19/12/18 - 19h15

O grande teatro do Palácio das Artes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, se transformou, na tarde desta quarta-feira (19), em um ringue de boxe. Com isso, o decoro e a formalidade exigidos pela solenidade de diplomação promovida ontem pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) foi literalmente quebrada. Isso porque os deputados federais eleitos Cabo Junio Amaral (PSL) e Rogério Correia (PT) se agrediram fisicamente, outros parlamentares trocaram insultos e, com isso, deram uma amostra do clima acalorado que pode tomar conta da Câmara dos Deputados e da Assembleia Legislativa a partir de fevereiro deste ano. 
A confusão começou após manifestações políticas de parlamentares ao receberem os diplomas de eleitos. O ápice foi quando parte da plateia presente no anfiteatro pediu para que o cerimonial da Justiça Eleitoral retirasse uma placa vermelha e com escrita “Lula Livre” levada por Beatriz Cerqueira, a mulher mais votada na Assembleia. O cerimonial do evento pediu que ela entregasse o cartaz, mas com a negativa o papel foi retirado das mãos dela por uma pessoa identificada como da organização do evento. O TRE não confirmou essa informação até a noite de ontem. 
Pouco depois, Rogério Correia foi até os bastidores da cerimônia pegou um novo cartaz com os mesmos dizeres, e o ergueu andando em direção ao público. O ato causou a ira de Cabo Junio Amaral que deu um tapa na placa. O petista então deu um soco no militar, que revidou, até que a turma do “deixa disso” apartou a porradaria. 
A briga ocorreu ao lado do governador eleito Romeu Zema (Novo) que foi retirado do palco e somente voltou após os ânimos ficarem menos inflamados. Mesmo com toda a confusão, os outros deputados eleitos foram receber os diplomas com placas "Lula Livre" e outros fazendo sinais de arma. Tudo isso foi acompanhado por gritos favoráveis e contrários da plateia. 
Respostas. Aos jornalistas, Cabo Junio Amaral declarou que Rogério Correia fez uma manifestação fora do momento destinado a ele e que não respeitaram a democracia. “Isso é uma festa de todo mundo, mas eles não conseguem entender o que é democracia. Eles se manifestaram fora da hora. Se não tem ordem, a gente vai lá e resolve. Ele achou o quê? Que eu ia ficar na minha depois de levar um soco? Sou policial há 11 anos e nunca tive medo de vagabundo, e não vai ser agora. 
Rogério, por sua vez, afirmou que vai estudar judicialmente as medidas a serem tomadas em relação ao Cabo Junio Amaral que praticou violência contra ele, que é um idoso. "Ele é um cabo e tentou atingir um idoso que estava se manifestando democraticamente. Ele poderia ter trago a placa dele e iríamos respeitar. Nós não vaiamos ninguém, apenas procuramos defender ideias. E eles vaiaram e agrediram”, afirmou. O parlamentar petista salientou que o futuro colega de Câmara não o atingiu e, por isso, não iria registrar Boletim de Ocorrência. 
Após a confusão, a deputada estadual eleita Beatriz Cerqueira declarou que não estava tumultuando, mas sim fazendo um protesto silencioso: "Me senti agredida, todos sabem que a gente faz uma luta contra a prisão política do ex-presidente. Parlamento é o lugar onde você tem que respeitar o outro, de pluralidade. Não dá pra fazer da violência uma forma de política".
Coronel da PM
Após as agressões mútuas, o coronel da Polícia Militar Sandro Lúcio Fonseca e deputado eleito pelo PSL,  aproximou-se da confusão e disse que o presidente do TRE tinha que "mandar prender" o deputado Rogério Correia. "Ele (cabo Junio Amaral) é autoridade aqui. Ele (Rogério Correia) agrediu (a autoridade policial). O presidente tem que prender ele, ele agrediu o deputado eleito. Esse país agora vai ter Lei, vai ter ordem, essa pouca vergonha não pode acontecer mais. Um deputado eleito sendo agredido aqui. Ele deu um murro no cabo (Junio Amaral). O presidente do Tribunal tem que prender ele", disse o militar.

Após a cerimônia, Fonseca se pronunciou e disse que são se pode admitir mais que um deputado eleito defenda um "criminoso condenado" como foi feito. "Não pode defender criminoso condenado, não. Eu estou falando de um criminoso condenado. Luiz Inácio Lula da Silva é criminoso condenado pelo Poder Judiciário brasileiro. Agora é a volta da verdadeira democracia, que tem dois lados e não a democracia da esquerda, que ficava patrulhando  quem tinha o pensamento diferente. Agora é a verdadeira democracia, com o Bolsonaro e todos nós que os elegemos, defendendo que todos tem (sic) direitos, não é só a esquerda brasileira que tem direito de se manifestar não. Aqui é Bolsonaro", declarou o coronel, que foi aplaudido por pessoas que o cercavam.


Confusão na cerimônia de diplomação em Minas. Eleitos se desentendem e partem para agressão. Veja as imagens exclusivas da Tv Assembleia.


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Mesmo após a confusão, os deputados eleitos foram receber os diplomas com a placa "Lula Livre" e outras fazendo sinais de arma.
Deputados trocam socos em diplomação após petista exibir 'Lula livre' | JORNAL O TEMPO

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