sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Criança de 3 anos tem parte do pênis amputada após cirurgia de fimose em MG e pai se desespera: 'fui pro chão'

Cirurgião foi encontrado morto em casa dias após o procedimento, segundo a Prefeitura, que ainda não possui laudo com a causa da morte. Pai conta que ao pedir para trocar curativo viu uma gaze enrolada simulando o pênis: 'Quando levantou a gaze não tinha pênis visível'. Pai só descobriu situação ao transferir o filho para outra unidade.

Por Zana Ferreira, G1 Vales de Minas Gerais — Vales de Minas Gerais
 
Um menino de 3 anos teve parte do pênis amputada após fazer uma cirurgia de fimose em Malacacheta (MG). O pai da criança contou que o cirurgião não admitiu e só teve a confirmação quando transferiu a criança para um hospital de Teófilo Otoni, que a submeteu a uma cirurgia de reconstrução da parte que sobrou do membro.

"Lá eu fui chamado para uma sala, onde me disseram 'infelizmente houve a amputação do pênis do seu filho'. Aí eu fui pro chão, passei mal'”.


O cirurgião responsável pela cirurgia de fimose, que é a retirada do excesso de pele no pênis, morreu em casa dias após o procedimento, que ocorreu no Hospital Municipal Dr. Carlos Marx. A confirmação da morte do médico foi dada pela Prefeitura de Malacacheta , que disse não ter sido emitido ainda o laudo com a causa da morte do cirurgião.

A secretaria de Saúde informou ao G1 que, além do cirurgião, ainda participaram do procedimento um anestesista, um enfermeiro, um instrumentador e dois circulantes de sala. A secretaria disse ainda que solicitou a abertura de um procedimento administrativo.


O pai explicou que após pedir a enfermeira para trocar o curativo sujo de sangue, não conseguir visualizar o membro.



“Eu deixei o meu filho no hospital e minha mãe ficou de acompanhante. Eu fui para uma reunião de trabalho e quando retornei soube que tinha algo errado. A cirurgia que deveria ter durado uns trinta minutos levou cerca de quatro horas. Quando tirou o primeiro esparadrapo, tinha tipo uma gaze enrolada simulando que o pênis estaria ali no meio. Tudo ensanguentado. Quando levantou a gaze não tinha pênis visível. Fiquei doido, falei que isso não era normal".


O pais conta que chamou o médico de plantão, porque o médico que tinha operado havia ido embora, e ele falou que não podia avaliar porque não tinha participado da cirurgia.


"Eu pressionei: 'doutor, posso ficar tranquilo que tá tudo normal, então?'. E ele disse 'não, eu não falei isso, só digo que não tenho condições de avaliar porque não participei da cirurgia'”, conta.
O pai foi ainda atrás do prefeito e do secretário de saúde do município

“Eu mostrei a foto do meu filho e perguntei 'isso é normal?'. Eu vi que ele [secretário de saúde] ficou espantado, mas continuou dizendo que estava tudo bem. Horas depois apareceu o médico que fez a cirurgia e disse que estava normal, disse 'daqui dez dias vai começar a desinchar e vai dar pra ver o pênis dele'”.


Como a criança continuava a reclamar de dores, no dia seguinte o pai assinou um termo de responsabilidade e transferiu a criança por conta própria para o hospital de Teófilo Otoni.


Na unidade, o menino passou por dois novos procedimentos cirúrgicos para avaliar o estado em que se encontrava e, em seguida, para a reconstrução do coto. O pai conta que o laudo do segundo hospital apontou que houve laceração do prepúcio do menino e diz que somente no futuro poderá saber se o filho poderá recorrer a uma prótese.


A conta da internação no hospital em Teófilo Otoni ficou em quase R$ 10 mil e o pai diz que precisou pegar dinheiro emprestado para pagar, pois não recebeu apoio ou assistência do município no primeiro momento. Disse ainda que somente semanas depois, após o caso ter sido repercutido na mídia, a Prefeitura o ressarciu dos custos da segunda internação, mas que não tem prestado assistência à criança.



Ao G1, a Secretaria de Saúde disse que tem prestado apoio através das visitas domiciliares realizadas pela Equipe de Saúde da Família e ofertando consultas médicas e atendimento psicológico. Informou ainda que o pai da criança foi ressarcido dos custos hospitalares no dia 4 de outubro e que tem contribuído com a Superintendência Regional de Saúde de Teófilo, através do Núcleo de Segurança do Paciente, para a investigação do ocorrido.

Investigação



A avó da criança procurou o promotor Roberto Vieira dos Santos, e o Ministério Público solicitou que a Polícia Civil investigasse o caso. O inquérito foi aberto uma semana após a cirurgia que amputou parte do pênis do garoto. O MP aguarda a conclusão das investigações para avaliar quais providências serão tomadas.


A delegada Mariana Grassi Colin informou que está sendo apurado o crime de lesão corporal. Segundo ela, os familiares já foram ouvidos e agora está ouvindo membros da equipe que participaram da cirurgia. A intenção é apurar se o erro foi apenas do médico que o operou ou mais pessoas teriam contribuído para os danos sofridos pela criança.

Reparação



O menino ainda se recupera da cirurgia de reconstrução do coto. Segundo o pai, a criança continua sendo acompanhada pelo médico que fez a segunda cirurgia.

“Agora é acompanhar a recuperação dele. É preciso ver como ele vai reagir, cuidar que ele receba os estímulos necessários para se desenvolver, para que sejam minimizados os danos”.

O pai ainda precisa lidar com muitas perguntas que permanecem sem respostas a respeito da amputação indevida e as consequências dela, mas disse ter certeza de que será longa a batalha que o filho enfrentará para lidar com os danos do erro ao qual foi submetido.


Para arcar com custos do tratamento de saúde da criança, o pai criou uma vaquinha virtual pedindo contribuições a quem possa ajudar. Até o momento a campanha já arrecadou R$ 10.300 na internet.



“Deus tem colocado as pessoas certas no caminho e isso que tem nos dado força para encarar o que for preciso. Tenho milhares de perguntas. O que mais me deixa indignado é que os médicos que atenderam ele em Teófilo Otoni disseram que se o meu filho tivesse recebido atendimento correto desde o primeiro momento, podiam ter minimizado os danos. Se não tivessem omitido que algo havia dado errado na cirurgia, meu filho poderia ter sofrido menos. Agora quero saber o que aconteceu, quero justiça e quero que isso não aconteça com nenhuma outra criança”, conclui o pai.

                                                                          

Jovem morre em acidente na BR-116

Testemunha afirma que condutor de Ford Pampa fez ultrapassagem proibida e, ao retornar para mão de direção, perdeu o controle e causou acidente

08 de outubro, de 2019 | 18:10
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Indícios no local apontam que Gonçalo, motorista da Pampa, perdeu o controle e bateu contra o caminhão

Indícios no local apontam que Gonçalo, motorista da Pampa, perdeu o controle e bateu contra o caminhão

Um acidente no início da tarde desta terça-feira (8), na br-116, a cinco quilômetros da saída de Governador Valadares para Teófilo Otoni deixou uma pessoa morta. A colisão envolveu um caminhão Mercedes Benz e uma Ford Pampa, conduzida por Gonçalo Brito Gonçalves, de 28 anos.

As causas do acidente ainda serão definidas pela perícia da Polícia Civil. Entretanto, indícios no local apontam que Gonçalo perdeu o controle e bateu contra o caminhão.

A principal testemunha do acidente é o motorista do caminhão. Conforme o profissional o condutor da Pampa fazia uma ultrapassagem em local proibido, quando tentou retornar para a pista, perdeu o controle da direção.

O carro bateu de frente com o caminhão. Um ônibus que vinha logo atrás do caminhão também acabou se envolvendo no acidente. (Com informações de Rede Alerta / Alex Eller)

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Morre mais uma vítima do acidente entre carreta e ônibus na BR-381

Divulgação Corpo de Bombeiros/Reprodução
Reinaldo era uma das vítimas feridas no acidente ocorrido na BR-381


Reinaldo era uma das vítimas feridas no acidente ocorrido na BR-381

Morreu nesta segunda-feira (16) no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, a terceira vítima do acidente que envolveu um ônibus e um caminhão que puxava uma carreta na manhã do dia 11 deste mês. Reinaldo Teixeira da Silva, de 67 anos, era umas das pessoas que se feriram na colisão ocorrida na BR-381, entre Belo Oriente e Naque. Duas mulheres que tinham descido do coletivo e estavam do lado de fora foram atingidas pelo ônibus empurrado pelo impacto da carreta, na traseira.


Conforme noticiou o Diário do Aço, por volta das 5h da quarta-feira passada um caminhão que trafegava sentido a Governador Valadares atingiu a traseira de um ônibus, que seguia de São Paulo para o estado de Pernambuco. O ônibus, segundo relatos das testemunhas aos bombeiros militares, havia parado na rodovia ao apresentar problemas mecânicos. O local em um acostamento estreito.

Pouco depois, a carreta colidiu na traseira do ônibus. No impacto, o veículo atingido foi arremessado para a frente e atropelou os passageiros que tinham descido e um motorista que também se encontrava na parte externa. Morreram no local Carla Janaína Costa da Silva, de 42, e Maria Luci Vieira Filho, de 40 anos, cujos corpos ficaram debaixo do coletivo. Esta última foi identificada apenas no Instituto Médico-Legal de Ipatinga.

Os outros feridos, cinco passageiros e um motorista auxiliar, foram socorridos pelas equipes do SAMU e do Corpo de Bombeiros Militar. Reinaldo Teixeira não resistiu e morreu no fim da manhã desta segunda-feira. As causas do acidente estão sendo avaliadas pela perícia da Polícia Civil, caso registrado pela Polícia Rodoviária Federal.

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Casal é preso transportando mais de R$ 2 milhões em pasta base de cocaína

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Durante a madrugada desta segunda-feira (16), por volta das 2h30, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que faziam uma fiscalização no km 744 da BR-354 apreenderam mais de 21 quilos de pasta base de cocaína no interior de um VW Virtus com placas de Belo Horizonte,


Durante a abordagem, o condutor apresentou nervosismo, o que levou a uma inspeção mais detalhada do veículo, sendo localizado 20 barras de pasta base de cocaína envoltos duplamente em balões de soprar de várias cores dentro do tanque de combustível.

Após a pesagem, a droga totalizou aproximadamente 21,5 quilos, equivalendo a um prejuízo de mais de R$ 2,7 milhões ao tráfico de drogas.

O casal disse que alugou o carro, e levaria a mercadoria de São Paulo (SP) para o São Lourenço (MG). "A ação foi fruto de um trabalho integrado da PRF nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro", informou a PRF.

Ocorrência foi encaminhada para a delegacia da Polícia Civil de São Lourenço. O crime de tráfico de drogas tem pena de reclusão que pode chegar a 15 anos de prisão.

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