quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Bruno Covas sanciona aumento de 46,6% do próprio salário em São Paulo

 Remuneração do prefeito passa de R$ 24,1 mil para R$ 35,4 mil. Vencimentos de secretários e do vice-prefeito também foram aumentados

ATUALIZADO 24/12/2020 12:08

debate tv cultura candidatos eleicao sp 2020RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, sancionou nesta quinta-feira (24/12) projeto de lei que garante aumento de 46,6% ao próprio salário. A remuneração do mandatário passa de R$ 24,1 mil para R$ 35,4 mil. A sanção foi publicada no Diário Oficial do Município de São Paulo.

A previsão é de que o Projeto de Lei nº 173/2018, que virou a Lei nº 17.543, entre em vigor a partir de janeiro de 2022. O salário do vice-prefeito também será aumentado, passando para mais de R$ 31 mil.

Além disso, os salários dos secretários municipais também vão ser reajustados. A remuneração sai de R$ 19,3 mil e para R$ 30,1 mil. Isso significa aumento de 55,5%.

O salário do prefeito era uma espécie de trava ao aumento de outros cargos do serviço público, que ficavam impedidos de receber mais de R$ 24,1 mil.

O PL foi apresentado pelos vereadores Milton Leite (DEM), Rodrigo Goulart (PSD), Arselino Tatto (PT) e Celso Jatene (PL). Na documentação do projeto, os parlamentares alegam que o Executivo teve perdas em seus subsídios com a inflação dos últimos anos e que o impacto orçamentário seria mínimo.

Segundo o vereador Fábio Riva, a medida é justa, porque o prefeito não recebe aumento há oito anos. “O IGP nesse período foi de 100,41%, isso é uma reposição inflacionária bem inferior”, declarou.

Em nota enviada ao Metrópoles, a Prefeitura de São Paulo informou que ” o teto salarial do município, que só entrará em vigência em 2022, está defasado desde 2012, ano da última correção. Nesse período, que completa 8 anos, a inflação acumulada chegou a 63,11% pelo IPCA e 100,41% pelo IGP”.

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