BLACK DOLPHIN
Dois foram detidos em MG; um suspeito de BH foi preso no ES; São Paulo teve 46 presos; Rio Grande do Sul, três; e um foi detido no RJ
Cinquenta e três pessoas foram presas hoje em decorrência da operação policial Black Dolphin, de combate ao tráfico e à exploração sexual de crianças, coordenada pela Polícia Civil de São Paulo e realizada também em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Dois dos suspeitos foram detidos em Minas Gerais, e um morador de BH acabou preso em Serra (ES).
Com 29 anos, o homem foi localizado em um hotel onde estava hospedado, durante viagem a trabalho, e detido pela Polícia Militar (PM) capixaba. Ele trabalha na área de telecomunicações e foi encontrado por meio de informações repassadas a policiais por familiares do suspeito, que estavam na casa onde ele mora, um apartamento na avenida Portugal, no bairro Itapoã, na região da Pampulha, em BH, alvo de cumprimento de mandado de busca e apreensão.
No apartamento, estavam a mãe, o pai e um irmão do homem, que negaram saber das denúncias. No local, foram apreendidos CDs, uma CPU com armazenamento de pornografia infantil, um monitor, pendrives e dois HDs.
Em Minas Gerais, duas pessoas foram presas nas próprias residências. Uma detenção foi em Lavras, no Sul. O outro preso, localizado em Santos Dumont, na Zona da Mata, alegou trabalhar com manutenção de computadores.
Delegado da Policia Civil de Minas Gerais, Diego Lopes explicou que os alvos da operação em Minas Gerais foram considerados como presos em flagrante, uma vez que foi encontrada pornografia infantil em seus computadores e discos externos, com programas usados para a distribuição destes materiais. De acordo com a corporação, muito material eletrônico, como HDs, pendrives, fotografias e computadores foram apreendidos e vão passar por perícia.
Outros Estados
Em São Paulo, foram presos 46 suspeitos. Três homens foram detidos no Rio Grande do Sul. No Rio de Janeiro, segundo a Polícia Federal (PF), que também atuou na megaoperação, uma pessoa foi presa em flagrante na região Norte da capital fluminense, por possuir imagens de abuso sexual infantil.
Segundo o coordenador do Centro de Inteligência da Polícia Civil de São José do Rio Preto (SP), Alexandre Del Nero Arid, a investigação vai elucidar se os detidos na operação vão responder também por organização criminosa ou por associação criminosa, o que vai depender do nível de ligação entre os detidos e da forma com que eles trocavam o conteúdo pornográfico. Essa parte da investigação está a cargo da Polícia Civil de Ribeirão Preto.
Relembre
As investigações começaram em 2018, quando os policiais descobriram que um suspeito de pedofilia no Brasil pretendia vender a sobrinha para exploradores sexuais na Rússia. O plano dele, segundo a apuração da corporação, era levar a criança ao parque da Disney da Europa e entregá-la aos criminosos, alegando que a criança teria desaparecido no atrativo turístico. O trabalho da polícia de monitorar os suspeitos levou a uma rede de pedófilos que, além de serem suspeitos de sequestro e tráfico, teriam produzido, vendido e comprado material pornografico infantil.
De acordo com a legislação brasileira, “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente” pode gerar pena de três a seis anos de reclusão, além de multa.
A megaoperação tinha como objetivo cumprir 222 mandados de busca e apreensão e de prisão.
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