quinta-feira, 16 de março de 2017

GV tem protestos contra a reforma da previdência


Manifestantes se assentaram no chão para impedir a saída dos ônibus (Foto: Leonardo Morais/Axah)
Professores da rede estadual, índios e policiais civis lideraram os protestos contra a reforma da previdência, nesta quarta-feira (15) , em Governador Valadares (MG).
Logo cedo, passageiros do transporte coletivo foram surpreendidos pela falta dos ônibus. É que a porta da garagem da Empresa Valadarense, no bairro Vila Bretas, amanheceu ocupada por manifestantes.  Assentados no chão, eles impediram a saída da frota do serviço de transporte coletivo. Circularam apenas os veículos que haviam saído da garagem antes da chegada dos participantes do protesto. A movimentação foi acompanhada de perto por policiais militares.
Professores
Entre os manifestantes, estavam representantes sindicais de diversas categorias, integrantes de movimentos populares e professores. As escolas da rede estadual não funcionaram.”Nossa estratégia ao parar os ônibus foi fazer com que trabalhadores de diversos setores não tivessem como chegar ao trabalho; e assim, impedir o funcionamento de empresas importantes”, explicou o diretor do Sind-UTE, Rafael Toledo.
A mobilização dos professores não se resume ao dia 15 de março. Essa é a data  para o início de uma greve nacional da Educação contra a reforma da previdência e em defesa do Piso e pelo cumprimento dos acordos assumidos em Minas Gerais pelo governo do Estado.
Policiais Civis
Na porta da delegacia regional, no centro da cidade, policiais civis fizeram duas horas de protesto contra a reforma da previdência. “A população brasileira precisa entender que essa história de que a previdência está quebrada não é verdade. A previdência arrecada o suficiente, até sobra e muito. Não há rombo. O governo é que lança mão da maior parte dos recursos e a população nem fica sabendo para onde esse dinheiro vai”, afirmou o diretor do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol),José Renato.
Investigadores, delegados e escrivães aderiram ao movimento. Mas, os policiais informaram que mantiveram o funcionamento dos serviços em cinquenta por cento, enquanto durava a paralisação.
Índios na linha férrea
Na linha férrea, no trecho que passa ao lado do bairro Altinópolis, índios da aldeia Pataxó, da cidade de Açucena queimaram pedaços de madeira e interditaram a passagem do trem. O vice-cacique Clenis Brás, analisou que “a reforma da previdência não vai ser ruim só para uma parte das pessoas não, mas toda a população brasileira”.

Índios interditaram a linha férrea no trecho do bairro Altinópolis ( Foto: Leonardo Morais/Axah)
A proposta do governo federal
Na  proposta de reforma da previdência, o governo federal fixa a idade mínima de 65 para requerer aposentadoria e eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos. Vão ser afetados todos os trabalhadores ativos: homens a partir de 50 anos e mulheres com 45 anos ou mais vão ser enquadrados em normas mais suaves, mas com tempo adicional para requerer o benefício. Aposentados e aqueles que completarem os requisitos para pedir o benefício até a aprovação da reforma não vão ser afetados.


Índio Pataxó durante interdição da ferrovia em GV (Foto: Leonardo Moraix/Axah)

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