Por Nidal al-Mughrabi
GAZA (Reuters) - Muitas vezes lesionados em saltos de alto risco sobre obstáculos em cemitérios e prédios abandonados, os entusiastas do parkour em Gaza agora podem praticar seu esporte em terreno mais seguro.
Foi inaugurada a primeira academia de parkour do território palestino --equipada com caixas de madeira, sobre as quais os jovens podem dar voltas e reviravoltas, e colchões para aterrisagem das manobras.
Desenvolvido na França, o esporte urbano dinâmico criou raízes em Gaza há cerca de 15 anos. Ele proporciona senso de liberdade de movimento em uma área mergulhada em conflito com o vizinho Israel, que bloqueia o enclave citando questões de segurança.
"Faço parkour há 13 anos. Durante esses 13 anos, sofri várias lesões, a pior foi no meu pulso, e isso me impediu de praticar por um ano", disse Jehad Abu Sultan, 32, um dos dois técnicos na nova academia Wallrunners.
Cerca de 70 atletas, do sexo masculino e feminino, com idades entre 6 e 26 anos, estão inscritos no curso gratuito de três meses. Dezenas estão em listas de espera.
Abu Sultan, co-fundador do primeiro grupo de parkour de Gaza, começou a praticar suas acrobacias em um cemitério no campo de refugiados Khan Younis do território. Ele disse que ferimentos forçaram alguns de seus colegas a desistir.
"Não havia segurança e proteção. Agora, com este salão e esta primeira academia, podemos evitar lesões", declarou ele.
Mohammad Al-Masri, de 17 anos, disse que a polícia costumava persegui-lo quando ele e outros praticavam parkour nas escolas. "Eu tinha medo", afirmou. "Agora estou aqui, praticando de forma segura."
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