terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Bolsonaro comemorou morte de profissional da Saúde

 Após suspensão de testes da CoronaVac, Bolsonaro diz que “ganhou” de Doria

Comentário feito em post no Facebook

Anvisa determinou interrupção de testes

O presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto; no Facebook, ele disse que "ganhou" com a decisão da Anvisa de suspender testes da CoronaVacSérgio Lima/Poder360 - 7.out.2020


10.nov.2020 (terça-feira) - 9h48

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta 3ª feira (10.nov.2020), que a suspensão dos testes da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, é mais uma medida que representa sua vitória sobre a gestão do governador João Doria (PSDB).

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O comentário foi feito no Facebook em resposta a 1 usuário da rede social, que questionou o presidente sobre se o Brasil também compraria a CoronaVac caso a ciência comprovasse que ela pode imunizar a população de forma segura.

“Morte, invalidez e anomalia… Esta é a vacina que o Dória (sic) queria obrigar a todos os paulistanos a tomá-la (sic). O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, respondeu o presidente.

Olhe o que o Mito escreveu.....Abaixo

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Bolsonaro e Doria são adversários políticos. Ambos divergem sobre a a obrigatoriedade da aplicação da vacina assim que ela estiver disponível. O tucano diz que irá exigir a imunização em São Paulo. Já o presidente afirma que o governo federal não tornará a vacinação obrigatória e que cabe ao Ministério da Saúde recomendação dessa natureza.

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Megale rebate Bolsonaro e diz que ele comemorou morte de voluntário. Watch later. Share. Copy link ...
13 de nov. de 2020 · Vídeo enviado por Rádio BandNews FM


O presidente se manifesta contra a vacina desenvolvida pela Sinovac com o Butantan. Em 21 de outubro, depois de o Ministério da Saúde anunciar que iria adquirir as doses da CoronaVac, Bolsonaro decidiu cancelar o acordo. A reportagem do Poder360 apurou que o chefe do Executivo enviou mensagens a ministros com o seguinte teor: “Alerto que não compraremos vacina da China. Bem como meu governo não mantém diálogo com João Doria sobre covid-19″. No mesmo dia, o presidente publicou nota em seus perfis nas redes sociais e exigiu a eficácia do imunizante.

A CoronaVac está na 3ª e última fase de testes. De acordo com o Instituto Butantan, a segurança da substância já está comprovada. Falta agora ter certeza sobre sua eficácia.

SUSPENSÃO DA CORONAVAC

A suspensão dos estudos clínicos da CoronaVac foi anunciada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na noite dessa 2ª feira (9.nov.2020). O imunizante é desenvolvido no Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech.

Segundo a Anvisa, a medida ocorre por causa de 1 “evento adverso grave” do dia 29 de outubro, mas não informou o que teria acontecido. Com a interrupção dos testes, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado com o imunizante.

Em nota, o Instituto Butantan afirmou que foi “surpreendido” pela decisão da agência. Disse que está “apurando em detalhes o que houve com o andamento dos estudos“. Declarou estar à disposição para esclarecimentos da agência. Realizará uma entrevista para jornalista nesta 3ª feira (10.nov), às 11h, na sede do instituto.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que “lamenta ter sido informado pela imprensa e não diretamente pela Anvisa, como normalmente ocorre em procedimentos clínicos desta natureza, sobre a interrupção dos testes da vacina CoronaVac”.

Ainda nessa 2ª feira (9.nov), o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que o voluntário que apresentou reação durante os testes da vacina Coronavac morreu, mas que o óbito não teria relação com a vacina. À TV Cultura, Dimas Covas disse ter estranhado a decisão da Anvisa de suspender os testes com o imunizante.

“Em 1º lugar, a Anvisa foi notificada de um óbito, não de um efeito adverso. Isso é diferente. Nós até estranhamos um pouco essa decisão da Anvisa, porque é um óbito não relacionado à vacina. Ou seja, como são mais de 10 mil voluntários nesse momento, pode acontecer óbitos. Nesse momento, [o voluntário] pode ter um acidente de trânsito e morrer”, afirmou.

“É um óbito não relacionado à vacina. Ou seja, como são mais de 10 mil voluntários nesse momento, podem acontecer mortes, pode ter um acidente de trânsito e morrer. E é o caso aqui. Ocorreu um óbito que não tem relação com a vacinaPortanto, não existe nenhum momento (ou motivo) para interrupção do estudo clínico”, disse.

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