Governador fala em “violência extrema" e delegado considera maior assalto já feito em SC
Polícia Civil não descarta que a
ação foi cometida por quadrilha de São Paulo
01/12/2020 | 12:43
Correio do Povo
Dez veículos de luxo, usados na fuga, foram abandonados em um milharal em Nova Veneza
Dez veículos de luxo, usados na
fuga, foram abandonados em um milharal em Nova Veneza | Foto: PMSC / Divulgação
/ CP
O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, considerou o ataque a banco em Cricíuma como de “uma violência extrema”. No final da manhã desta terça-feira, ele participou de uma entrevista coletiva à imprensa junto com o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, e comandos da Polícia Militar, Polícia Civil e Instituto Geral de Perícias, na cidade. "Não é comum no cotidiano de Santa Catarina”, observou o governador. "Santa Catarina não tolera esse tipo de episódio, nossas forças de segurança darão pronta resposta a esses criminosos", garantiu. Já o prefeito Clésio Salvaro afirmou que a cidade “viveu algo surreal” e “um momento de terror”. O ataque com explosivos foi cometido por uma quadrilha fortemente armada entre a noite de segunda e madrugada desta terça-feira.
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Para o delegado Anselmo Cruz, da
Diretoria Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil, trata-se do
maior roubo já registrado em Santa Catarina. Ele destacou o trabalho de
investigação para reunir elementos e vestígios que levem à identificação dos
autores que planejaram o ataque com vários meses de antecedência e que “isso de
pronto já remete a grupos de fora do estado”.
“Sabemos que esse tipo de ação é proveniente
de fora, especialmente de São Paulo. Não de integrantes de facções criminosas,
mas de indivíduos que já são assaltantes e alguns até conhecidos de São Paulo.
Possivelmente, são responsáveis pelas ações mais violentas no Brasil nos
últimos anos”, avaliou. Anselmo Cruz não descartou mesmo assim a participação
de criminosos catarinenses.
“Se o propósito dos bandidos era o
de vir aqui roubar o dinheiro e provocar o terror, eles conseguiram”, admitiu,
mas manifestou a confiança na segurança pública catarinense. “Eles vão pagar
por este terror que provocaram...Tenho certeza que a polícia vai encontrá-los,
recuperar o dinheiro e vão pagar pelo crime que cometeram”, enfatizou o
prefeito de Criciúma.
Durante o ataque, Clésio Salvaro
contou que pediu nas redes sociais para que a população ficasse dentro das
residências “A cidade neste momento está sitiada. São criminosos muito bem
preparados. Certamente vieram de outros estados da federação. Recomenda-se que
você fique em casa”, disse. “Criciúma é alvo de um assalto de grandes
proporções. Junto às autoridades militares e forças de segurança, seguimos
monitorando e acompanhando o desenrolar dos fatos. Fiquem em casa. Muito
cuidado”, complementou na ocasião.
Governador fala em “violência extrema" e delegado considera maior assalto já feito em SC
PM flagra Luiz Vidas, ex-candidato a vereador em BH, em negociação de compra e venda de arma
Uma denúncia anônima levou os militares até os suspeitos e flagrou uma negociação de compra e venda de arma. Um cigarro de maconha também foi encontrado.
O Partido Social Cristão (PSC) também foi procurado pela reportagem, por volta das 2h50. O G1 aguarda posicionamento sobre o caso.
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