sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Kanye West admira Hitler e já pensou em nomear álbum com o nome do ditador

 “Ele elogiava Hitler dizendo o quão incrível era ele ter conseguido acumular tanto poder e falava sobre todas as grandes coisas que ele e o Partido Nazista conseguiram para o povo alemão”, disse um executivo.


Kanye West (Foto: Matt Sayles/Invision/AP)

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Várias pessoas que já foram próximas do artista anteriormente conhecido como Kanye West disseram à CNN que ele há muito é fascinado por Adolf Hitler. Ele já quis nomear um álbum em homenagem ao líder nazista, dizem as fontes.

Um executivo de negócios que trabalhou para West, que agora atende por Ye, disse à CNN que o artista criou um ambiente de trabalho hostil, em parte por sua “obsessão” por Hitler.

“Ele elogiava Hitler dizendo o quão incrível era ele ter conseguido acumular tanto poder e falava sobre todas as grandes coisas que ele e o Partido Nazista conseguiram para o povo alemão”, disse à CNN.

O executivo deixou seu cargo e chegou a um acordo com West e algumas de suas empresas sobre reclamações no local de trabalho, incluindo assédio, que a CNN analisou. O ex-executivo pediu para não ser identificado devido a um acordo de confidencialidade e medo de represálias por parte de West. De acordo com o acordo, o músico negou as alegações do executivo.

O executivo disse à CNN que West falou abertamente sobre a leitura de “Mein Kampf” (“Minha Luta”), o manifesto autobiográfico de Hitler de 1925 e expressou sua “admiração” pelos nazistas e Hitler por seu uso de propaganda.

A fonte afirmou que as pessoas do círculo íntimo de West estavam “plenamente conscientes” de seu interesse por Hitler.

Quatro fontes disseram à CNN que West havia sugerido originalmente o título “Hitler” para seu álbum de 2018, que acabou sendo lançado como “Ye”. Eles não quiseram ser identificados, alegando preocupação profissional.

A CNN entrou em contato com West para comentar.

O Universal Music Group, dono da Def Jam, que distribuía as músicas de West, disse em comunicado à CNN na terça-feira (25) que o relacionamento da empresa com sua gravadora GOOD Music terminou no ano passado.

“Não há lugar para o antissemitismo em nossa sociedade. Estamos profundamente comprometidos em combater o antissemitismo e todas as outras formas de preconceito”, acrescentou o grupo Universal Music.

As fontes com as quais a CNN falou não tinham informações sobre por que o álbum foi chamado de “Ye”.

Van Lathan Jr., um ex-funcionário do TMZ, que confrontou West durante sua entrevista de 2018 em seus escritórios, na qual West disse que a escravidão “soa como uma escolha”, afirmou recentemente em um podcast que West também fez comentários antissemitas durante a conversa com o veículo. É por isso que Lathan disse que seus comentários atuais não o surpreenderam.

“Eu já o ouvi dizer isso antes no TMZ”, disse Lathan durante um episódio do podcast “Higher Learning” no início deste mês.

“Quero dizer, fiquei surpreso porque esse tipo de conversa antissemita é nojenta. É tipo, eu fico surpreso toda vez que alguém faz isso, certo? Mas no que diz respeito [a West], eu sabia que isso estava nele porque quando ele veio para o TMZ, ele disse essas coisas e eles tiraram da entrevista. … Ele disse algo como, ‘Eu amo Hitler, eu amo os nazistas.’ Algo nesse sentido quando ele estava lá. E eles tiraram isso da entrevista por algum motivo. Não foi minha decisão.”

Uma das fontes que falou com a CNN e esteve na entrevista ao TMZ disse que West fez uma referência favorável a Hitler.

A CNN entrou em contato com o TMZ para comentar.

A revelação da suposta história de West admirar Hitler surge em meio a uma onda de ações inflamatórias de West que começou no início deste mês. Ele vestiu uma camisa “White Lives Matter” durante seu desfile de moda Yeezy em Paris em 3 de outubro e vestiu várias modelos negras com roupas com a frase, considerada um slogan de ódio pela Liga Anti-Difamação (ADL).

Ele então postou uma conversa de texto privada no Instagram entre ele e Sean “Diddy” Combs, na qual ele alegou que Combs era “controlado pelo povo judeu”. Ele seguiu isso com um tweet no qual ele disse que iria “going death con 3 [sic] On JEWISH PEOPLE”, que teve como resultado a sua conta bloqueada no Twitter.

A retórica ofensiva de West nas últimas semanas resultou em uma queda profissional para o rapper e designer. Na terça-feira, a Adidas encerrou sua parceria de sete anos com West, chamando suas ações recentes de “inaceitáveis, odiosas e perigosas”.

Em um comunicado, a fabricante de roupas esportivas disse que “não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio” e disse que os comentários recentes de West violam os “valores de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça” da empresa.

A Balenciaga também cortou relações com West, assim como a agência de talentos CAA . A produtora MRC afirmou que estava arquivando um documentário sobre West, e a GAP anunciou que removeria a mercadoria Yeezy Gap de suas lojas e fecharia o site YeezyGap.com.

Em um post no Instagram nesta quinta-feira (27) com a legenda “LOVE SPEECH”, West parecia fazer referência às relações comerciais cortadas, escrevendo, em parte, “Perdi 2 bilhões de dólares em um dia e ainda estou vivo”.

West foi referenciado em faixas levantadas por manifestantes antissemitas em Los Angeles no último fim de semana. Seus comentários foram condenados pelo Comitê Judaico Americano e pela ADL, bem como por vários líderes políticos e celebridades, incluindo sua ex-esposa, Kim Kardashian.

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