sábado, 28 de janeiro de 2023

Janja x Jovem Pan: declaração sobre maconha vai parar na Justiça

 A ação é referente a uma fala de Pietra Bertolazzi durante um programa da emissora no ano passado. Na ocasião, a comentarista disse que Janja usava maconha

27/01/2023 21:13







As representantes de Janja pedem retratação pública(foto: MAURO PIMENTEL / AFP)
A socióloga e primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, abriu um processo contra a Jovem Pan e a comentarista Pietra Bertolazzi por danos morais no valor de R$ 50 mil. A ação é referente a uma fala de Pietra durante um programa da emissora em setembro do ano passado. Na ocasião, a comentarista disse que Janja usava maconha.
"Enquanto você tem a Janja abraçando Pabllo Vittar, fumando maconha, fazendo sei lá o que, você tem uma mulher impecável representando a direita, seus valores, a bondade, a beleza. Um monte de artista maconhista ali, que não sabe para onde vai, de onde vem, com uma ânsia enorme por brilho fácil e por dinheiro fácil, também. Todos abraçando a Janja, porque é este tipo de valor que ela demonstra", disse Pietra.
 
Segundo o portal "UOL", que teve acesso ao processo, a ação corre na 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo e é conduzida apenas por advogadas mulheres. Além da indenização por danos morais, as representantes de Janja pedem retratação pública, retirada do vídeo que contém a ofensa das redes sociais e pagamento das custas processuais e despesas com advogados de 20% sobre o valor da causa.
 
O juiz Cassio Pereira Brisola, do TJSP, deu 15 dias de prazo para que Pietra Bertolazzi e a Jovem Pan apresentem defesa.

https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2023/01/27/interna_politica,1450230/janja-x-jovem-pan-declaracao-sobre-maconha-vai-parar-na-justica.shtml

                                                                       


  

Defesa diz que hematomas e vídeo provam que policiais rodoviários espancaram lanterneiro

Jairon Pereira de Souza da Silva fez exame de corpo de delito poucas horas após ocorrência e IML concluiu que não houve sinais de agressão.

Por g1 Tocantins e TV Anhanguera

 25/01/2023 13h08  Atualizado há 5 meses

Momento em que equipe é da PRF agride homem negro em Palmas — Foto: Divulgação 

Depois que o laudo pericial não identificou sinais de agressão contra Jairon Pereira de Souza da Silva, de 36 anos, a defesa da vítima contestou o resultado do exame de corpo de delito feito pelo Instituto Médico Legal de Palmas (IML) já que ele ficou com hematomas e há imagens da ação. A vítima foi abordada por policiais rodoviários federais em um posto da região sul de Palmas.

 

Na noite de 6 de janeiro deste ano, Jairon estava trafegando pela BR-010, em Taquaralto, aparentemente sob efeito de álcool e uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) deu sinal de parada.

Laudo do IML diz que agentes da PRF não agrediram lanterneiro; defesa da vítima contesta

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Por também estar com a documentação irregular, não obedeceu e só foi parar em um posto de combustível no Aureny I. No local, pelo menos dois policiais rodoviários o tiraram do veículo e o agrediram com chutes e socos. Imagens do momento da abordagem circularam nas redes sociais.

 

O resultado desse exame pericial, concluído no dia 9 de janeiro e assinado pelo médico legista Sergio de Moraes, cita o relato de Jairon sobre chutes nas costas e na coxa esquerda. Entretanto, a conclusão é que não houve sinais externos de agressão física e lesão corporal. 

O lanterneiro Jairon Pereira de Souza da Silva contou o que aconteceu na noite da agressão — Foto: TV Anhanguera/Reprodução

 

 A advogada Maria de Fátima Dourado, que faz parte da defesa de Jairon, recebeu o resultado com surpresa, já que os vídeos e as marcas que ficaram no corpo comprovam o espancamento.

 

“Nas imagens do vídeo, as fotos dos hematomas elas mostram claramente as agressões que o Jairon sofreu. Não resta dúvida de que ele sofreu uma violência física por parte dos policiais rodoviários federais, então é uma grande surpresa o laudo de lesões corporais não identificar nenhuma lesão à na vítima”, disse.

 

Maria de Fátima também afirmou que vai usar outros elementos do inquérito para provar que houve lesão corporal. “Vai ser basicamente através de depoimento testemunhal, fotografias e o próprio vídeo né que mostra quando ele foi agredido”.

 

A advogada ainda citou que a investigação enfrenta mais um problema grave, já que os policiais rodoviários tentaram mudar depoimento na delegacia e fraudar o boletim de ocorrência depois que a situação no posto de combustível foi flagrada.

 

Trecho do documento emitido pelo IML no dia 9 de janeiro deste ano — Foto: Divulgação

 

O que diz o IML

O diretor do IML de Palmas, Eduardo Godinho, disse que o resultado pode ter sido prejudicado pelo curto período de tempo entre a chegada à delegacia e a hora da análise.

 

“Da lesão, a delegacia, a fazer o exame cautelar, o exame de lesão corporal, ela demorou mais ou menos duas horas e quarenta e três horas. Nesse período ainda não apresenta lesões visíveis para que o perito possa determinar que há lesão, ou hematoma ou qualquer outra coisa dessa natureza”, disse.

 

Godinho também afirmou que Jairon poderá voltar ao IML para fazer novos exames periciais relacionados à agressão. “Ele poderia vir aqui e fazer o exame complementar. Ele poderia ir na delegacia solicitar o exame complementar. E não que não possa ser feita hoje também. Nós aqui, aguardamos ele, se ele tiver interesse de vir ao IML para fazer exames complementares”.

 

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Marcas

Apesar do resultado do exame, em entrevista à TV Anhanguera no dia 11 de janeiro, o lanterneiro contou o que aconteceu na noite de agressões. Explicou que realmente havia ingerido bebida alcoólica e que estava com a documentação irregular. Mas achou que houve exagero na abordagem policial.

 

“Eu errei porque tentei escapar para eles não pegarem. Peguei a 010 [BR] porque eu moro em Taquaralto. Eu queria parar, mas já tinha fugido e eles atrás [...] e fui parar em um lugar claro”, disse.

 

Os quatro policiais rodoviários envolvidos na ocorrência são Matheus Fernandes de Brito, Walley Xavier Ramalho, Leonardo Leopoldino Torres e Danilo Campos Teixeira. Segundo a PRF, eles ainda estão afastados das atividades nas ruas. Todos são investigados pela corregedoria e também em um inquérito da Polícia Federal.

 

Vídeo mostra homem sendo agredido durante abordagem da PRF em Palmas — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

 

Relembre o caso

Segundo boletim de ocorrência registrado sobre o caso, os policiais teriam dado ordem de parada para a vítima ainda na BR-010, em Taquaralto. Isso porque o homem aparentava embriaguez e ainda trafegou pela contramão. Quando chegou ao posto do Aureny I, eles o abordaram e o agrediram.

 

Quatro policiais rodoviários levaram o homem para a 1ª Central de Atendimento por volta das 23h. Eles alegaram os crimes de embriaguez ao volante, desobediência e pelo menos oito infrações de trânsito.

 

Segundo a Polícia Civil, o delegado plantonista estipulou uma fiança, que foi paga, e encaminhou a vítima para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito, já que ele falou dos socos e chutes que recebeu. Depois disso, foi liberado.

 

O delegado Thiago Vaz Resplandes, que atendeu a ocorrência, chegou a informar a Justiça que os policiais rodoviários tentaram mudar depoimento e fraudar o boletim de ocorrência após um vídeo de agressão viralizar na internet.

 

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