Cappelli reconheceu que o comandante chegou a ir à campo para atuar contra os vândalos, mas afirmou que tropas não o obedeceram
atualizado 27/01/2023 13:48
O interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli, disse que o então comandante-geral da Polícia Militar do DF (PMDF), coronel Fábio Augusto Vieira, “perdeu a capacidade de comando das tropas ao longo do dia 8 de janeiro”.
A afirmação foi feita durante apresentação do relatório da intervenção nesta sexta-feira (27/1). O coronel está preso por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, no âmbito da investigação de eventual omissão ou conivência da chefia da PMDF durante a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.
Fábio Augusto Vieira foi pessoalmente atuar contra os extremistas, mas não foi respeitado pelos subordinados. “Fez apelos que foram ignorados e que não foram atendidos”, ressaltou Cappelli.
“Na hora que a polícia é politizada pelo Poder Público, quem assume o comando tem sua capacidade de comando seriamente atingida. Então, aqui não vai nenhum julgamento. Aqui é registro de fato.”
Para o interventor, o comandante atuou individualmente. “Há inquérito no STF, apuração na Corregedoria da Polícia Militar que vai apurar a conduta não só do comandante, mas também do subcomandante nessa questão”, afirmou.
Depoimento
Em depoimento à Polícia Federal, o ex-comandante-geral afirmou que o Exército Brasileiro impediu a ação dos PMs para conter os extremistas durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Segundo o coronel, o Exército, a todo momento, “discordou da operação”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário