Vítima, de 50, contou que sofre agressões do companheiro a pelo menos 14 anos. Contou que nesta segunda foi agredida com socos, enforcada e ameaçada de morte com um facão.
Por Fran Ribeiro, g1 Vales de Minas Gerais
17/07/2023 10h31
Atualizado há 20 horas
Uma mulher, de 50 anos, ligou para polícia na madrugada desta segunda-feira (17), em Governador Valadares, pedindo um hambúrguer. O atendente percebeu que se tratava de um código para denunciar violência doméstica e mandou uma viatura no apartamento da vítima que fica no bairro Vera cruz.
Segundo a Polícia Militar, a mulher não teve tempo de
informar qual seria o bloco, por isso, o COPOM retornou a ligação.
O suspeito, de 49 anos, atendeu e questionou o motivo da
chamada, o militar disse que era o entregador do lanche e que estava do lado de
fora do apartamento. O homem então desligou a ligação.
Conforme o boletim de ocorrência, a equipe permaneceu no
local para tentar identificar o bloco e o apartamento. Minutos depois, eles
ouviram os gritos da vítima.
Já no apartamento, os policiais bateram na porta do
apartamento, enquanto outros se posicionaram na sacada do prédio.
O homem abriu a porta e segundo o BO, ele questionou os
militares se eles tinham mandado para entrar no imóvel. Após as negativas de
deixar os policiais entrarem, eles conseguiram puxar o homem para a parte de
fora do condomínio. Ele resistiu a prisão, mas, foi algemado e levado para a
delegacia.
No BO, consta que por causa da resistência do suspeito o
sargento que tentou imobilizar o homem sofreu escoriações nas mãos.
A mulher disso aos policiais que sofre violência doméstica
há pelo menos 14 anos. Contou também que vinha sendo agredida e ameaçada com um
facão há dias. Disse ainda que, o companheiro faz uso de crack e a mantém
trancada no quarto sem poder sair.
A vítima contou que nesta segunda foi agredida com socos no
estômago, enforcada e ameaçada de morte caso a polícia fosse chamada.
Ainda conforme o boletim, a mulher apresentava certa
confusão mental e ficou com medo do marido e não quis se dirigir até a delegacia
e fazer a representação contra o suspeito.
Alegou que ele tinha uma arma que não foi encontrada após a
autorização de busca por ela no imóvel.
Em conversa com o homem, ele disse aos policiais que não
ficaria muito tempo preso e quando perguntado se mataria a mulher, ele
respondeu que: "tudo pode acontecer".
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