Suspeito se misturou aos atletas e esperou o momento da oração para assassinar Ronaldo Augusto Souza Alves de Amorim, de 26 anos.
Por g1 Vales de Minas Gerais
17/07/2023
Ronaldo Augusto Souza
Alves de Amorim, de 26 anos, morto em campo antes da partida — Foto: Redes sociais
Um jogador, de 26 anos, foi morto a tiros minutos antes de uma partida de futebol pela Copa União dos Vales, nesse sábado (16), no Centro de Franciscópolis. Ronaldo Augusto Souza Alves de Amorim, chegou a ser socorrido, levado para o hospital em Malacacheta, mas não resistiu.
Segundo o boletim de ocorrência, testemunhas contaram que um
homem entrou no gramado e se misturou aos jogadores da equipe de Carlos Chagas
que se preparava para jogar. Ele conversou com os jogadores como se tivesse
esperando o melhor momento para cometer o crime.
No momento em que os jogadores e reuniram para fazer uma
oração antes da partida, o assassino se aproveitou do momento e atirou várias
vezes em Ronaldo.
O atleta conseguiu correr por aproximadamente 50 metros, mas foi perseguido. Ele caiu nos fundos do campo onde foi atingido mais duas vezes na cabeça; um total de 10 tiros, segundo o BO.
Ainda conforme as testemunhas, depois do crime o assassino fugiu pelo portão de saída onde era esperado por um comparsa de moto. A dupla seguiu sentido a cidade de Poté.
A vítima foi socorrida e levada para a Policlínica Municipal
de Franciscópolis, mas devido aos ferimentos, foi encaminhada ao Hospital
Municipal Doutor Carlos Marx em Malacacheta, onde não resistiu aos ferimentos.
Conforme o BO, imagens de circuito de segurança de um bar
que fica em frente ao campo registraram a chegada e a fuga dos criminosos.
A partir das imagens e de informações recolhidas durante as diligências, os policiais identificaram um suspeito, de 31 anos, que, segundo a PM, é integrante de uma organização criminosa que atua na zona norte de Teófilo Otoni e cidades vizinhas.
Além dele, outros três suspeitos, de 23 e 29 anos, que podem
ter dado cobertura para crime também foram identificados.
Até o momento deles foi preso. A polícia investiga a motivação do crime.
A coordenação da Copa União dos Vales divulgou nas redes
sociais nota de pesar pela morte do jogador e comunicando a suspensão de todos
os jogos da 3ª rodada da competição.
Nota pesar da coordenação da Copa União dos Vales — Foto: Redes sociais
Vídeos do Leste e Nordeste de Minas Gerais
Investigador envolvido no caso de escrivã encontrada morta tira licença da Polícia Civil
A instituição 'concedeu licença para tratamento de saúde'
para Celso Trindade de Andrade. Ele era investigador na delegacia em que
Rafaela Drumond atuava como escrivã, em Carandaí, e é apontado pela família
dela como um dos responsáveis pelo assédio que ela sofria.
Por Rodrigo Salgado, g1 Minas — Belo Horizonte
18/07/2023
Rafaela Drumond, escrivã da Polícia Civil que morreu em Barbacena — Foto: Reprodução/Redes Sociais
O investigador Celso Trindade de Andrade tirou licença da
Polícia Civil de Minas Gerais para tratamento de saúde. Ele era colega de
trabalho da escrivã Rafaela Drumond, encontrada morta em junho, e é apontado
pela família dela como um dos responsáveis pelo assédio que ela sofria no
ambiente de trabalho.
De acordo com publicação no Diário Oficial desta terça-feira (18), a licença foi concedida a partir de 4 de julho, com validade de 60 dias. Isso significa que Celso Trindade de Andrade fica fora da instituição até 2 de setembro.
Rafaela Drumond foi encontrada morta em Antônio Carlos, no
Campo das Vertentes, em 9 de junho. Ela denunciou episódios de assédio moral e
sexual no ambiente de trabalho em áudios e vídeos. Eles foram enviados a amigos
e relatados a superiores. Os materiais estão sob posse da Polícia Civil, que
investiga se houve indução ao suicídio.
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que "devido ao Código de Ética Médica, não informa os motivos da concessão de licença para tratamento de saúde dos servidores".
No último dia 12, o investigador e o delegado Itamar Cláudio Netto, ambos colegas de Rafaela, haviam sido transferidos de unidade pela segunda vez.
Antes, em junho, os dois foram alocados de Carandaí, onde trabalhavam com a escrivã, para Conselheiro Lafaiete. Depois, Celso foi destinado para Congonhas e Itamar para Belo Vale, ambas as cidades na Região Central de Minas.
Investigação de morte de escrivã em MG completa um mês sem
conclusão; veja o que se sabe
Os familiares da escrivã dizem que vão pedir explicações à Corregedoria da Polícia Civil, responsável pelas investigações do caso, e ao Ministério Público de Minas Gerais, que acompanha as apurações.
"Eu quero que a Polícia dê explicações. Qual é a doença
que ele está? A gente quer saber qual é o CID [código da classificação
internacional de doenças]", diz a advogada Raquel Fernandes.
Em 29 de junho, Itamar e Celso prestaram depoimento sobre o caso. Em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no último dia 7, a família de Rafaela Drumond pediu o afastamento da dupla.
A família de Rafaela, após ter conhecimento dos áudios e vídeos deixados por ela, atribui os assédios ao delegado Itamar Cláudio Netto e ao investigador Celso Trindade de Andrade.
Nos materiais deixados, entretanto, a escrivã não citou o nome deles. A Polícia Civil não informou oficialmente quem são os investigados no caso.
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