O governo iraniano afirmou que vai atacar Israel em retaliação pela morte de generais da Guarda Revolucionária.
Por g1
Míssil iraniano apresentado em fevereiro de 2024 — Foto: West Asia News Agency/Via Reuters
Os Estados Unidos afirmaram na sexta-feira (12) que há uma
grande chance de Irã retaliar Israel pelo ataque ao consulado iraniano na
Síria, em que morreram generais da Guarda Revolucionária do Irã. O presidente
Joe Biden afirmou que isso deve acontecer logo.
Segundo o jornal "The Wall Street Journal", Israel
está em alerta para um possível ataque direto do Irã ao seu território, que
pode ocorrer no sábado (veja mais abaixo).
O Irã tem o maior número de mísseis do Oriente Médio, segundo o gabinete do diretor do serviço de Inteligência Nacional dos EUA.
O país afirma que os mísseis são um instrumento de dissuasão –ou seja, para fazer com que países rivais mudem de ideia ao pensar em atacar—e também de retaliação contra seus inimigos geopolíticos, como os Estados Unidos e Israel.Os mísseis do Irã
Segundo a Associação para o Controle de Armas, dos EUA, os mísseis iranianos são, em grande parte, baseados nos designs das armas desenvolvidas na Rússia e na Coreia do Norte.
Em junho do ano passado, o país apresentou seus primeiros mísseis balísticos hipersônicos, segundo a agência de notícias oficial IRNA. Mísseis hipersônicos são mais rápidos —eles chegam a velocidades equivalentes a cinco vezes a velocidade do som, e são capazes de fazer trajetórias complexas, o que dificulta sua interceptação.
Na última semana, a agência de notícias semioficial ISNA
publicou um gráfico que mostra nove mísseis do Irã que, de acordo com o texto,
têm capacidade de atingir Israel. Entre eles, estão:
- 'Sejil', que pode voar a 17 mil km por hora e tem um alcance de 2.500 quilômetros.
- 'Kheibar', com alcance de 2.000 kms.
- 'Haj Qasem', com alcance de 1.400 kms (esse foi nomeado em homenagem ao comandante das forças Quds Qasem Soleimani, que morreu em um ataque dos EUA em Bagdá, no Iraque, há quatro anos).
O Irã também produz drones. Em agosto, o país disse que tinha construído um novo drone:
- O Mohajer-10, com alcance de 2.000 kms, autonomia para voar durante 24 horas e capacidade de carregar 300 quilogramas de material.
Os EUA e nações europeias são contra o programa de mísseis do Irã, mas o país afirma que vai continuar a desenvolver as armas.
Disparo de missíl durante exercício militar em outubro de 2023 — Foto: West Asia News Agency/Via Reuters
Apoio do Irã a grupos de outros países
Além de atacar diretamente alvos em outros países, o Irã tem
também uma rede de influência na região do Oriente Médio.
Esses aliados ganharam destaque desde o massacre do grupo
terrorista Hamas contra Israel, em 7 de outubro, seguido da guerra na Faixa de
Gaza.
É o caso, por exemplo, dos Houthis, no Iêmen. Desde o começo da guerra entre o grupo terrorista Hamas e Israel, os Houthis têm disparado contra navios no Mar Vermelho e também contra o território israelense.
O governo do Irã afirma que não está fornecendo armas aos Houthis.
Além dos Houthis, também há uma ligação entre os iranianos e o Hezbollah, do Líbano.
No ano passado, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, chegou a dizer que especialistas iranianos dão ajuda para melhorar os foguetes.
Na Síria, os iranianos apoiam o presidente Bashar al-Assad. E nesse, caso, houve transferência de tecnologia para mísseis de precisão e transferência de linhas de produção para o território sírio.
Expectativa de ataque do Irã
Em várias cidades israelenses o sinal de GPS está bloqueado, na tentativa de evitar ataques de mísseis ou drones. Além disso, funcionários do governo americano no país estão proibidos de deixar as cidades de Tel Aviv, Jerusalém e Bersebá.
Na Europa, Reino Unido, França e Polônia emitiram alertas
para que cidadãos não viajem ao Irã e Israel. A Alemanha pediu para que seus
cidadãos deixem o Irã por "risco de escalada". A Índia fez uma
recomendação similar. Já a Rússia está desaconselhando viagens a todo o Oriente
Médio.
Na quarta-feira (10), o governo do Irã afirmou que a ação no consulado foi como um ataque ao próprio teritório iraniano e prometeu vingança. Durante um discurso para marcar o fim do Ramadã — período sagrado para os muçulmanos — o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, voltou a prometer uma resposta ao ataque na Síria.
"Quando o regime sionista ataca um consulado iraniano na Síria, é como se tivesse atacado o solo iraniano. O regime maligno cometeu um erro e deve ser punido. E será", disse Khamenei.
Bandeira do Irã perto de prédio atacado em Damasco, na Síria, em 1º de abril de 2024. — Foto: Firas Makdesi/Reuters
'Grande ataque contra Israel'
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA também
disse que Washington garantirá que os israelenses "tenham o que precisam e
que sejam capazes de se defender".
Os Estados Unidos também examinarão o envio de forças para a
região, onde possuem milhares de soldados. O objetivo: "garantir que
estamos devidamente preparados", disse Kirby.
O presidente dos EUA, Joe Biden, advertiu na quarta-feira
que o Irã "ameaça lançar um grande ataque contra Israel".
Ele prometeu apoio "forte" ao seu principal aliado
na região, embora seu relacionamento com o primeiro-ministro israelense,
Benjamin Netanyahu, tenha sido tenso recentemente devido à situação dos civis
na guerra em Gaza entre Israel e o grupo palestino Hamas.
Ataque na Síria
No último dia 1º, Aviões militares de Israel atingiram o
consulado do Irã em Damasco, na Síria, e mataram Mohammad Reza Zahedi,
comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã, de acordo com a mídia
estatal iraniana.
A Guarda Revolucionária do Irã anunciou que sete de seus membros, entre eles três comandantes, morreram no bombardeio israelense. Segundo a organização, além de Mohammad Reza Zahedi, os comandantes mortos incluem Mohammad Hadi Haji Rahimi, nº 2 de Zahedi, e outro comandante sênior. Os três fariam parte da Força Qods, o braço de operações exteriores do grupo.
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Nikolas é um subproduto da política, diz Danilo Gentili
Gentili chamou Nikolas de "cadelinha mamadora" e relembrou o voto para revogar a prisão preventiva de Brazão, acusado de mandar matar Marielle Franco
O humorista e apresentador Danilo Gentili disse que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) é um "subproduto da política" que finge que "luta pela liberdade". A fala de Gentili é uma reação às críticas do deputado mineiro ao veto do projeto que acaba com as saídas temporárias. A proposta foi aprovada pelo Congresso Nacional e apoiada por Nikolas, mas vetada parcialmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nessa quinta-feira (11/4).
Em suas redes sociais, Nikolas criticou o veto e afirmou que o presidente Lula era "defensor de bandido".
Ao compartilhar a declaração de Nikolas, Gentili afirmou que caso o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ou o "Bananinha", em referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), pedissem para Nikolas votar a favor da manutenção das saidinhas, ele votaria. No mesmo comentário Gentili também relembrou que Nikolas votou para revogar a prisão preventiva do também deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).
Nikolas sobre voto para soltar Brazão: 'Não poderia votar
diferente'
"Se o Valdemar mensaleiro ou o Bananinha mandar você vota a favor da saidinha também, igual vc votou pra soltar o Brazão. Você é essa cadelinha mamadora. Seu negócio é tentar censurar e fingir que luta pela liberdade. Vc é só um subproduto da política. Só
Saidinhas
O presidente Lula vetou parcialmente o projeto que acaba com as saídas temporárias de presos. Com isso, ele manteve as saidinhas para que os detentos possam visitar familiares em datas comemorativas. O Congresso Nacional pode derrubar o veto presidencial, podendo reestabelecer as restrições.
Lideranças do Congresso Nacional já dão como certa a
derrubada do veto.
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