Guilherme de Pádua e amigos milicianos não são os únicos assassinos que Jair Bolsonaro tolera, perdoa e cultiva.
Em 1999, quando deputado, ele ficou contra a cassação do mandato do ex-deputado Talvane Albuquerque.
O plenário da Câmara estava sob a presidência de Michel Temer. O suplente Talvane era acusado de mandar matar a titular Ceci Cunha.
Talvane admitiu que conhecia Maurício Guedes, o “Chapéu de Couro”, pistoleiro envolvido na morte de Ceci com diversos outros crimes nas costas.
Tucana, Ceci Cunha era cotada para vice-governadora de Alagoas e fora eleita deputada federal. Em 16 de novembro de 1998, Chapéu de Couro invadiu a festa de sua diplomação na casa do cunhado, em Maceió.
Além de Ceci, morreram seu marido Juvenal Cunha da Silva, o cunhado Iran Carlos Maranhão e a mãe do cunhado, Ítala Neyde Maranhão.
Em janeiro de 2012, Talvane Albuquerque foi condenado a 103 anos e 4 meses de reclusão como autor intelectual do crime. Segundo a investigação, ele não se conformava em ter ficado como primeiro suplente e decidiu matar um deputado para assumir a vaga, o que ocorreu até a cassação.
Em depoimento a uma comissão da Câmara, Talvane confessou que mandava dinheiro para os familiares de Chapéu de Couro.
Num discurso célebre, Bolsonaro afirmou que tinha “consciência pesarosa de votar pela cassação desse parlamentar, porque amanhã qualquer um de nós pode estar no lugar dele”.
“Quem aqui nunca teve contato ou conversou com um marginal?”, arrematou.
Foi um dos 29 parlamentares a votar pela manutenção do cargo de Albuquerque. O placar: 427 votos a favor da cassação, 21 abstinências e um voto em branco.
Apenas Bolsonaro defendeu o assassino em plenário.
Em maio de 2021, Talvane Albuquerque teve a pena reduzida para 92 anos, nove meses e 27 dias. Cinco meses depois, conseguiu progressão de pena para o regime semiaberto e foi para casa.
Tiroteio termina com um morto e três feridos em Central de Minas
Crime aconteceu depois de um desentendimento em uma festa no distrito de Ferruginha.
Por Fran Ribeiro, g1 Vales de Minas Gerais
14/08/2022 16h11
Um jovem, de 25 anos morreu e outros três com idades, de 19, 20 e 23 anos, ficaram feridos depois de um tiroteio nesse sábado (13), no distrito de Floresta, em Central de Minas.
De acordo com o boletim de ocorrência, as quatro vítimas estavam em uma festa no distrito de Ferruginha, quando um homem "cantou" a namorada da vítima fatal, João Paulo Dias de Oliveira. Ele e um amigo foram tirar satisfações com esse homem, mas não chegaram a brigar.
Depois da situação, as vítimas resolveram voltar para Central de Minas. Chegando no distrito de Floresta, elas viram uma moto com dois homens se aproximando do carro que elas estavam, e o garupa começou a atirar contra eles. Em seguida, a dupla fugiu sentido Mantenópolis/ES.
Durante o tiroteio, um dos ocupantes do carro, um jovem, de 19 anos, saiu do veículo correndo, ele conseguiu carona no trevo do distrito de Floresta e foi até o hospital Jesus Menino. Ele foi atingido com um tiro de raspão na coxa e no braço, foi atendido e liberado.
Ainda no carro, um dos amigos, de 23 anos, que estava no banco de trás, assumiu a direção porque João Paulo estava completamente ensanguentado e desacordado no banco do motorista. Ele seguiu para o hospital Jesus Menino, somente na unidade de saúde ele viu que também tinha sido atingido no glúteo direito.
João Paulo chegou morto ao hospital. Ele foi atingido por três disparos de arma de fogo.
Ainda de acordo com BO, a jovem, de 20 anos, namorada da vítima, estava em pânico, gritando e chorando e não conseguia falar nada sobre o crime. Ela teve um corte profundo na cabeça, foi medicada e permaneceu internada na unidade.
A perícia de Polícia Civil de Governador Valadares foi até o hospital para realizar a perícia no corpo da vítima fatal e no veículo. O perito encontrou uma bucha de maconha e um pino de cocaína, além de dois celulares, dentro do carro.
Os materiais foram apreendidos. O veículo foi entregue a um familiar da vítima.
Ainda de acordo com o BO, os dois jovens, de 19 e 23 anos, tem passagens por tráfico e uso de drogas.
Após verificação de imagens de câmeras de circuito de segurança do distrito Floresta, os policiais observaram a chegada dos suspeitos de moto e o carona disparando contra as vítimas.
As imagens foram encaminhadas para a Polícia Civil. Os jovens disseram não se lembrar da fisionomia do homem que cantou a jovem, e não conseguiram ver quem estava na moto.
Os suspeitos não foram identificados. A polícia segue nas buscas.
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