Delegado Rivaldo Barbosa, suspeito de atrapalhar investigações, continua na capital. Presídios para onde serão transferidos não vão ser divulgados por motivos de segurança, segundo Ministério da Justiça.Por Isabela Camargo, Fábio Amato, GloboNews e TV Globo
Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, suspeitos de
envolvimento nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson
Gomes em 2018, foram transferidos de Brasília na manhã desta quarta-feira (27).
O delegado Rivaldo Barbosa, suspeito de atrapalhar as investigações, permanece
preso na Penitenciária Federal de Brasília, considerada de segurança máxima.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, os presídios para onde eles serão transferidos não vão ser divulgados por motivos de segurança.
Irmãos Domingos e Chiquinho Brazão são transferidos de Brasília na manhã desta quarta-feira (27). — Foto: Emerson Soares/TV Globo
Os três alvos foram trazidos do Rio de Janeiro para Brasília
neste domingo (25). Eles passaram por exames no Instituto Médico Legal (IML)
antes de serem transferidos para a Penitenciária Federal da capital.
Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, e o delegado Rivaldo
Barbosa foram alvos de mandados de prisão preventiva expedidos pelo ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) (saiba mais abaixo).
Nesta segunda-feira (25), a Primeira Turma do Supremo
Tribunal Federal (STF) confirmou, em placar unânime de 5 votos a 0, a decisão
do ministro Alexandre de Moraes que levou a prisão de três suspeitos de
arquitetar e ordenar o assassinato da vereadora.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Congresso vai analisar a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) afirmou, na terça-feira (26), que houve um pedido de vista — mais tempo para análise — e, por isso, a votação em Plenário pode ficar para a segunda semana de abril.
Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, acusados de mandar matar Marielle Franco — Foto: Reprodução.
Foram presos:
Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado;
Chiquinho Brazão, deputado federal (União-RJ) e vereador à época do crime;
Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio que comandou, por um período, as investigações.
Domingos foi citado no processo desde o primeiro ano das investigações, em 2018, e chegou a depor no caso três meses após o atentado. Os Brazão sempre negaram envolvimento no crime. Ubiratan Guedes, advogado de Domingos, declarou “ter certeza absoluta” de que seu cliente é inocente. O g1 tenta contato com a defesa dos demais envolvidos.
Os presos passaram por audiência de custódia — de maneira remota — na sede da PF no Rio, fizeram exames de corpo de delito no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) e serão encaminhados para a Penitenciária Federal de Brasília.
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