Estudo apresentado pela Fundamento Grupo de Comunicação apontou que 87% das pessoas acompanham as notícias diariamente
A Fundamento Grupo de Comunicação divulgou os resultados da terceira edição da pesquisa "Como o brasileiro se informa?", em um evento realizado no auditório da ESPM, nesta quarta-feira (7).
O estudo, realizado pela Fundamento Análises, contou com apoio institucional da Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e do Instituto Palavra Aberta, além do apoio institucional da ESPM, tem como objetivo traçar um panorama de como os brasileiros estão de informando e apontar as fontes que são consideradas confiáveis.
No total, o levantamento ouviu mais mil entrevistados entre os dias 5 de junho a 4 de julho de 2024 e levou em consideração pessoas maiores de 18 anos, todas as regiões do país, gênero, classe social, grau de escolaridade e ocupação.
“Com a realização dessa terceira edição da pesquisa, procuramos contribuir para a reflexão em torno do consumo de notícias, trazendo um panorama de como os brasileiros hoje se informam, em que fontes confiam e como avaliam os desafios que se impõem no futuro próximo para a manutenção de uma sociedade democrática, com acesso à informação de qualidade”, afirmou Marta Dourado, CEO da Fundamento Grupo de Comunicação.
Segundo os dados apresentados, 87% das pessoas afirmaram que acompanham notícias diariamente. Destes, o público com mais de 60 anos são os que mais acompanham (96%), contra as pessoas entre 18 e 29 anos, que são os que menos se informam constantemente (57).
Por outro lado, 9% apontaram que se informam de duas a quatro vezes por semana, contra 3% que responderam que nunca acompanham.
Entre os meios mais usados pelos entrevistados, a mídia tradicional aparece em primeiro lugar, incluindo sites de jornais, revistas, rádios e canais de TV, com 29% da preferência. Em seguida, estão os sites de notícias (24%), redes sociais (21%), canais de TV por assinatura (11%), podcasts (3%), jornais impressos (2%) e, por fim, grupos de Whatsapp (1%).
No recorte de escolaridade, os dados mostraram que os entrevistados que possuem ensino fundamental estão entre o público que mais acessam os sites de notícias (40%) e as redes sociais (50%).
Onde a confiança está — e não está
O estudo também questionou quais são as principais fontes de informação dos entrevistados. No Top5, 108 deles apontaram para o UOL, 98 para o ICL, 83 para a GloboNews, 67 para o G1.
Já a lista das dez principais, também aparecem Jovem Pan, com 51, Brasil 247, com 43, CNN, com 41, Revista Oeste, com 40, e, por fim, a Folha de S.Paulo, com 26, empatado com O Estado de S. Paulo.
Quando levado em consideração a idade dos entrevistados, o público entre 18 e 29 anos afirmaram que a sua principal fonte de informação é o G1, enquanto as pessoas entre 30 e 49 anos optam pelo UOL, as de 50 até mais de 60 anos pelo ICL Notícias.
Em relação a confiança, 13% dos entrevistados apontaram que "sempre" confiam no jornal impresso, enquanto 11% acreditam nos sites de notícias e de jornais, rádios, revistas e TVs, 9% nas TVs por assinatura e rádios e 8% nas TVs abertas.
Por outro lado, 35% dos respondentes admitiram que não confiam nas redes sociais e 64% nos grupos de Whatsapp, mostrando que as mídias tradicionais ainda lideram a confiança da população.
Outro dado mostrado através da pesquisa, é que as pessoas estão mais desconfiadas em relação as notícias que recebem. Dos entrevistados, 42% afirmaram que sempre desconfiam de alguma informação recebida.
O uso da IA nas notícias também é algo que tem preocupado a população e 42% dos entrevistados afirmaram que já receberam conteúdo informativo criado através da tecnologia, mas o que chama a atenção é o dado de que 43% deles não sabem dizer se já receberam esse tipo de conteúdo.
“A pesquisa demonstra que nada suplanta a informação e a credibilidade de veículos tradicionais e sérios. A Inteligência Artificial tem colaborado na disseminação de fake news e precisamos combatê-las com uma legislação e regulamentação mais consistente”, concluiu Regina Bucco, Diretora Executiva da ANER.
https://propmark.com.br/midias-tradicionais-e-redes-sociais-como-os-brasileiros-se-informam/
A FDA (Food and Drug Administration), agência responsável pela supervisão de fármacos e alimentos nos EUA, está estudando proibir o óleo vegetal bromado. Também conhecido como BVO, ele é um componente usado em refrigerantes cítricos e seu emprego foi recentemente considerado ilegal na Califórnia.
Em nota, o órgão norte-americano concluiu que "o uso pretendido de BVO em alimentos não é mais considerado seguro após os resultados dos estudos conduzidos em colaboração com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) terem encontrado potencial para efeitos adversos à saúde em humanos."
Além da Califórnia, o aditivo em questão também já é proibido no Brasil. A Coca-Cola, por exemplo, afirmou em comunicado publicado no site brasileiro da marca que os produtos comercializados no país não utilizam óleo vegetal bromado:
O uso desta substância não está previsto pela legislação brasileira, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
O que é o óleo vegetal bromado?
É um óleo vegetal modificado com bromo. O bromo, por sua vez, é um elemento natural que pode ser utilizado como alternativa ao cloro em piscinas e, historicamente, já foi utilizado como sedativo.
Usado há mais de 100 anos. Segundo a FDA, o óleo vegetal bromado, ou BVO, tem sido usado como ingrediente alimentar desde a década de 1920. O aditivo costuma ser usado em bebidas isotônicas e refrigerantes com sabor de limão, laranja, abacaxi e outras frutas cítricas.
Responsável por emulsionar sabores cítricos. O componente evita que os ingredientes —os sabores de frutas, especificamente— se separem nas bebidas e flutuem para o topo durante o transporte e armazenamento.
Regras de uso no mundo. Nos EUA, a FDA removeu o aditivo de sua lista geralmente reconhecida como segura no final da década de 1960, mas decidiu que não havia evidências suficientes para uma proibição no momento. Em vez disso, o órgão limitou as quantidades aceitáveis de BVO em bebidas a 15 partes por milhão. No Brasil, Japão e alguns países da Europa a substância é proibida.
Riscos à saúde. Um estudo publicado pela FDA em maio de 2022 na revista Food and Chemical Toxicology avaliou os potenciais efeitos à saúde relacionados ao consumo de BVO em roedores. A pesquisa sugere que a exposição oral ao BVO está associada ao aumento dos níveis de bromo nos tecidos e que, em níveis elevados de exposição, a tireoide é um órgão alvo de potenciais efeitos negativos para a saúde.
Uso diminuindo. Também de acordo com a agência reguladora dos EUA, com o tempo, muitos fabricantes de bebidas reformularam os seus produtos para substituir o BVO por um ingrediente alternativo. Hoje, poucas bebidas nos país contêm o aditivo.
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