sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Rússia liberta repórter na maior troca de prisioneiros com os EUA desde a Guerra Fria; Biden fala em 'façanha da diplomacia'

 Washington e Moscou trocaram nesta quinta 26 de prisioneiros, em negociação com participação de Alemanha, Turquia e Noruega. Evan Gershkovich, repórter do jornal "The Wall Street Journal", foi preso em março de 2023 acusado de espionagem.Por g1

Grupo que estava na Rússia e foi envolvido em troca de prisioneiros com os EUA — Foto: Reprodução

Grupo que estava na Rússia e foi envolvido em troca de prisioneiros com os EUA — Foto: Reprodução

O jornalista norte-americano Evan Gershkovich, repórter do jornal "The Wall Street Journal" preso há mais de um ano na Rússia e condenado por espionagem, foi libertado em uma troca de prisioneiros que o governo russo e os Estados Unidos feita nesta quinta-feira (1).

 

A troca foi a maior entres os dois países desde a Guerra Fria. No total, 26 prisioneiros dos dois lados foram trocados. O presidente Joe Biden chamou a troca de "façanha da diplomacia" (veja mais abaixo).


Jornalista americano Evan Gershkovich preso na Rússia suspeito de espionagem durante audiência em Moscou — Foto: NATALIA KOLESNIKOVA / AFP

Jornalista americano Evan Gershkovich preso na Rússia suspeito de espionagem durante audiência em Moscou — Foto: NATALIA KOLESNIKOVA / AFP

Evan Gershkovich, Alsu Kurmasheva e Paul Whelan após serem libertados — Foto: U.S. Government/Handout via REUTERS

Evan Gershkovich, Alsu Kurmasheva e Paul Whelan após serem libertados — Foto: U.S. Government/Handout via REUTERS

A informação é do governo da Turquia, que participou como mediador das negociações. Ancara disse que a libertação faz parte de uma grande troca de prisioneiros entre Washington e Moscou, com participação da Alemanha, Polônia, Eslovênia e Noruega.

A troca foi feita em Ancara, e aviões militares russo e norte-americano transportando os libertados já decolaram da capital turca, ainda de acordo com o governo local. O avião da Rússia já pousou em Moscou.Reproduzir vídeo

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EUA e Rússia fazem maior troca de prisioneiros desde a Guerra Fria

Gershkovich, que é correspondente do "The Wall Street Journal" na Rússia, foi detido no início de 2023 quando fazia uma reportagem em Ecaterimburgo, cidade no centro-oeste da Rússia. O governo russo alegou que o repórter fazia

 espionagem, o que o "The Wall Street Journal" e o advogado do jornalista negaram.

O jornalista foi a julgamento este ano e foi condenado a 16 anos de prisão. Para libertá-lo, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto de perdão a Gershkovich, segundo o Kremlin.

O governo turco afirmou também que 13 prisioneiros russos serão libertados como parte da troca: dez deles estavam em prisões alemãs e outros três, em presídios dos EUA.

O presidente dos EUA, Joe Biden, além de elogiar o esforço diplomático, disse ter negociado a libertação de 16 pessoas da Rússia —três americanos e um naturalizado americano, cinco alemães e sete russos.

"Algumas dessas mulheres e homens foram injustamente detidos por anos. Todos suportaram sofrimentos e incertezas inimagináveis. Hoje, sua agonia acabou", afirmou Biden, que falou sobre a troca em uma declaração na Casa Branca ao lado de parentes dos libertados.


O presidente norte-americano também destacou a ajuda de aliados na negociação, principalmente a Alemanha, que abriu mão de prisioneiros russos no país europeu. Em troca, Berlim garantiu a libertação de um cidadão que havia sido condenado à morte em Belarus.

"O episódio de hoje prova que precisamos de amigos no mundo. Alianças nos deixam mais seguros". Biden disse também que não tratou diretamente com o presidente russo, Vladimir Putin. "Eu não preciso falar com o Putin".

"O interesse do Estado em fazer cumprir a pena de prisão de um criminoso condenado foi confrontada pela liberdade, pelo bem-estar físico e -- em alguns casos -- em última análise, pelas vidas de pessoas inocentes detidas na Rússia e de presos políticos injustamente. A nossa obrigação de proteger os cidadãos alemães e a solidariedade com os EUA foram motivações importantes", disse o porta-voz do governo alemão.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também falou sobre a troca.

"Eu acredito que todos os nossos inimigos devem ficar lá (no exterior), e todos aqueles que não são nossos inimigos devem retornar. Essa é a minha opinião", disse à agência russa Tass o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

  • Saiba quem são os libertados na maior troca de prisioneiros entre EUA e Rússia desde a Guerra Fria

Avião militar russo deixa Ancara, na Turquia, após troca de prisioneiros entre Rússia e EUA, em 1º de agosto de 2024. — Foto: Tunahan Turhan/ Reuters

Avião militar russo deixa Ancara, na Turquia, após troca de prisioneiros entre Rússia e EUA, em 1º de agosto de 2024. — Foto: Tunahan Turhan/ Reuters

O ex-fuzileiro naval norte-americano Paul Whelan, condenado em 2020 a 16 anos de prisão por espionagem, também foi libertado, ainda de acordo com Ancara.

Outro jornalista, o espanhol Pablo González, também está na lista de prisioneiros libertados, mas do lado da Rússia. González estava detido havia dois anos na Polônia acusado de espionar o governo do país para Moscou. O advogado do jornalista, que nega a acusação, disse ao jornal espanhol "El País" que ele já foi colocado em liberdade.Reproduzir vídeo

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Rússia condena jornalista dos EUA a 16 anos de prisão por espionagem


https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/08/01/russia-vai-libertar-reporter-dos-eua-em-troca-de-prisioneiros-com-washington.ghtml

                                                           


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