Em artigo, empresário e economista Gustavo Ioschpe, que nunca votou no PT, afirma: 'Escolherei a vida e a democracia'
O economista e empresário Gustavo Ioschpe declarou que vai votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro, em artigo publicado na Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira (25/07). No texto, ele diz nunca ter votado no PT, mas que, desta vez, "a escolha é fácil"
O empresário afirma que, apesar de Lula estar longe de ser o cenário ideal, a reeleição do presidente Jair Bolsonaro só traria prejuízos para o país. "Os eventuais erros do governo petista podem ser sanados na gestão seguinte. Todavia, mais quatro anos de Bolsonaro devem gerar uma destruição em tantas áreas que perderemos uma geração", afirma.
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Ele também diz que errou ao anular seu voto nas últimas eleições. "Ambas as candidaturas me pareciam inapoiáveis (sic). Em retrospecto, vejo que errei. E não repetirei o erro. Entre a esquerda e a direita, escolherei a vida e a democracia", declarou.
Em uma analogia com o comando de um barco, ele diz que esta "não é uma eleição normal". "A escolha é entre aquele que nos fará chegar a um lugar indesejado versus um piromaníaco que está tacando fogo no navio", escreveu.
No artigo, Ioschpe cita a condução de Bolsonaro durante a pandemia, que desestimulou o uso de máscara pela população e promoveu boicote à vacinação infantil. "Poderia me estender na longa lista de crimes e patacoadas perpetrados por Bolsonaro para justificar a decisão de não votar nele, mas é desnecessário. Deveria bastar o descaso com a vida alheia para que qualquer político fosse banido", disse.
Ele ainda rebate argumentos usados por apoiadores do presidente. Para o empresário, Bolsonaro não é um bom cristão e a defesa do porte de armas contradiz seu discurso. "Se você acredita que Bolsonaro compartilha os seus valores, ou você está se enganando sobre quem você é, ou está sendo enganado sobre quem ele é", aponta.
De forma irônica, Ioschpe faz um paralelo entre a alegação de que o PT vai transformar o país em uma Venezuela e o decreto de estado de emergência, que muda a PEC dos Benefícios e expande auxílios prestados à população em ano eleitoral.
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