Com 30 mandados de prisão, operação mira organização ligada ao tráfico internacional de drogas
Foto: PCPR
Publicação
04/05/2023 - 07:10
Editoria
Segurança Pública
A Polícia Civil do Paraná (PCPR), a Polícia Federal (PF) e a
Receita Federal estão nas ruas com a missão de cumprir 117 ordens judiciais
contra uma organização criminosa ligada ao tráfico internacional e
interestadual de drogas. A ação conta com mais de 500 policiais e auditores
federais.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR), a Polícia Federal (PF) e a
Receita Federal cumpriram 26 mandados de prisão preventiva e realizaram prisões
em flagrante dentro de uma megaoperação contra o tráfico internacional de
drogas realizada nesta quinta-feira (4). Foram presos 28 integrantes da
organização criminosa até agora. A ação, denominada DOWNFALL, ainda está em
andamento.
Os policiais apreenderam, até o momento, 36 veículos, armas,
joias, mais de R$ 2,1 milhões em espécie, US$ 126 mil, R$ 228.170,46 em cheques,
além de 210 quilos de cocaína. Três pessoas seguem foragidas. A ação acontece
simultaneamente no Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo.
Também foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de
imóveis, bloqueio de bens e valores existentes nas contas bancárias e
aplicações financeiras dos investigados, que totalizam um valor estimado em
mais de R$ 1 bilhão. A ação conta com 500 policiais entre civis e federais e
ainda com o apoio de 25 auditores da Receita Federal.
INVESTIGAÇÕES – A PCPR iniciou a investigação para apurar
crimes de homicídios que vinham ocorrendo em Paranaguá e constatou que o
aumento da violência estava relacionado à disputa pelo controle do tráfico de
drogas no local.
Na ocasião, verificou-se que um dos criminosos mais
procurados do Estado, com extensa ficha criminal e registros por diversos
crimes, como tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma
de fogo e organização criminosa, seria o responsável por financiar esses
homicídios, fornecendo armas e munições para execução de integrantes de grupos
rivais.
Esse indivíduo estava foragido desde 2016, em virtude de
três mandados de prisão expedidos pela Justiça Estadual do Paraná, mas foi preso
em 16 de agosto de 2021 com documentos falsos em uma clínica de cirurgia
plástica em São Paulo, em ação coordenada pela PCPR.
A investigação constatou a relação direta da organização
criminosa com as ações violentas em Paranaguá e no Litoral, sendo responsável,
inclusive, por um atentado com incêndio de dois veículos na Delegacia de
Polícia de Matinhos em 16 de abril de 2020.
Esses veículos estavam envolvidos em um duplo homicídio a
tiros de fuzil calibre 556, pistola 9 mm e espingarda calibre 12 ocorrido em
Matinhos, no dia 13 de abril de 2020.
Durante a investigação constatou-se que, além de sua atuação
no tráfico interno e outros crimes, o líder da organização criminosa também
atuava no tráfico internacional de drogas, desencadeando um trabalho conjunto
entre a PCPR e a Polícia Federal.
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da safra e atendeu motoristas
As investigações revelaram que a organização criminosa
constituiu uma complexa estrutura logística para operacionalizar as ações de
narcotráfico, que abrange desde a produção da droga no Exterior, o posterior
ingresso e transporte dentro do território nacional, distribuição interna,
preparação e o envio dos carregamentos de cocaína para o outros países
utilizando principalmente o modal marítimo.
Grande parte da droga movimentada pelo grupo tinha como
destino os portos da Europa e, para isto, atuavam predominantemente na região
de Paranaguá, local de onde exportavam grandes quantidades de cocaína através
da contaminação de contêineres, ocultação em cargas lícitas, em refrigeradores
de contêineres, uso de mergulhadores para inserir a droga em compartimento
submerso dos navios, entre outros métodos.
Foram realizadas diversas apreensões de carregamentos de
cocaína vinculados a atuação desta organização criminosa e, por meio de um
trabalho conjunto, também foram realizadas prisões em flagrante e apreensões de
droga no decorrer da investigação, totalizando aproximadamente 5,2 toneladas de
cocaína.
Os lucros obtidos com essas atividades criminosas também
estavam sendo usados para subsidiar a ampliação da estrutura logística do
grupo, mediante aquisição de aeronaves, barcos, empresas, imóveis, entre outros
instrumentos destinados a fomentar a expansão das suas ações, além de armas de
fogo e munições para intensificar o poderio bélico e a capacidade de
intimidação em face de outros grupos criminosos.
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ao crime na fronteira
LAVAGEM DE DINHEIRO – As investigações revelaram ainda que
lideranças dessa organização empregavam diversas metodologias para ocultar e
dissimular a procedência ilícita dos seus vultosos ganhos financeiros e do
patrimônio multimilionário constituído a partir dos crimes perpetrados.
Nesse contexto, apurou-se que o principal esquema financeiro
para promover a lavagem do dinheiro proveniente do tráfico internacional de
drogas era o investimento no setor imobiliário do litoral de Santa Catarina.
Os investimentos consistiam na aquisição de apartamentos de
alto padrão e financiamento com o dinheiro ilícito para construção de
empreendimentos imobiliários, o que era feito com a conivência de algumas
construtoras e empresas envolvidas no esquema criminoso e que foram alvos da
ação de hoje.
Essas empresas são suspeitas de realizarem negócios
jurídicos fraudulentos ou não declarados que foram custeados com recursos
oriundos do tráfico internacional de drogas, com indícios de que os
representantes tinham conhecimento da procedência ilícita dos valores que
subsidiaram as transações.
As investigações também constataram pagamentos de imóveis de
luxo com altas quantias de dinheiro em espécie, sem a devida comunicação aos
órgãos competentes, bem como a utilização de interpostas pessoas para ocultar a
identidade do real adquirente.
CRIMES – Os investigados na operação responderão, cada qual
dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de pertinência a
organização criminosa, tráfico internacional de drogas e associação para fins
de tráfico, com penas que podem chegar a 50 anos de reclusão, bem como pelo
crime de lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 10 anos de reclusão
por cada ação perpetrada.
NOME DA OPERAÇÃO – O nome da operação, DOWNFALL, faz alusão
à efetiva desarticulação da organização criminosa, o que só foi possível em
razão da cooperação entre as instituições.
Militares chegaram ao local após recebimento de denúncias anônimas. Crack, cocaína e maconha foram encontrados. De acordo com a Polícia Militar a presa tem passagens por diferentes crimes.
Por g1 Vales
Drogas foram apreendidas pela polícia e encaminhadas para um delegacia — Foto: Polícia Militar
Uma jovem, de 22 anos, foi presa por tráfico de drogas na tarde desta quarta-feira (3) no bairro Bela Vista, em Mathias Lobato, durante operação da Polícia Militar. Além de detê-la, a PM encontrou 21 pedras de crack, 22 pinos de cocaína e cinco buchas de maconha. O material estava escondido em um monte de areia em frente à casa dela.
Os militares chegaram ao local após denúncias anônimas de
moradores que apontaram que a presa estaria vendendo drogas na casa dela e que
os entorpecentes ficavam no monte de areia.
Segundo a PM, quando os militares chegaram ao local, fizeram
um monitoramento e flagraram a jovem indo até a areia duas vezes, pegando
objetos e os entregando a algumas pessoas.
Depois disso, a jovem entrou para casa e tentou fugir pelos
fundos quando viu a viatura. Os policiais iniciaram as buscas por ela, além de
realizarem a verificação dos materiais presentes na areia. Durante a
verificação, eles encontraram as drogas, distribuídas dentro de sacolas
plásticas.
As buscas pela jovem continuaram e ela foi encontrada
minutos depois em uma mata próxima ao local. De acordo com a PM, ela tem
passagens por tráfico de drogas, homicídio, porte ilegal de arma de fogo,
ameaça e lesão corporal.
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