Rafaella Azevedo, de 38 anos, teria agredido Aline da Silva antes dela ser baleada três vezes por Marcius Resener
Por Bruna Martins — Rio de Janeiro
Aline da Silva de Oliveira, de 41 anos, estava com o filho
na hora que foi assassinada
Rafaella Azevedo Calheiros Regis, de 38 anos, está sendo
investigada junto ao namorado Marcius Resener, de 39, pelo assassinato de Aline
da Silva de Oliveira, ex-companheira dele. A vítima foi morta no dia 5 de maio,
quando saiu para buscar o filho em uma escola de Bangu. Ela foi baleada três
vezes na frente do menino, sequestrado pelo pai em seguida. De acordo com a
denúncia do Ministério Público, Rafaella teria ajudado Marcius a matar Aline,
agredindo-a antes dos tiros.
Aline vivia um histórico de violência doméstica com Marcius,
que não aceitou bem o fim da relação e a perda da guarda do filho. De acordo
com a advogada Michele Monsores, Aline foi agredida diversas vezes por ele,
violentada, mantida em cárcere privado e afastada do filho por quase dois anos,
quando Marcius o sequestrou e ficou mudando de endereço constantemente para
evitar ser encontrado.
De acordo com a denúncia, a motivação para o feminicídio foi
o "inconformismo do denunciado (Marcius) com o fato de a vítima (Aline)
ter obtido a guarda unilateral do filho deles". O Ministério Público
entende que a agressão de Rafaella contra Aline foi uma distração que assegurou
"a execução de outro crime", já que a vítima não teve reação para se
defender de Marcius, escondido dentro de um carro.
Após matar a ex-companheira, o agressor fugiu com o filho e
chegou a disparar contra policiais que o estavam perseguindo. Marcius e
Rafaella foram presos em flagrante e aguardam condenação. No início deste ano,
ele também havia sido denunciado por sequestro e cárcere privado do menino,
crimes iniciados em 2021, durante a disputa de guarda.
A criança ficou desaparecida com o pai por 1 ano e 4 meses e
foi encontrada em Brasília em fevereiro deste ano. Durante esse tempo, Aline
fez publicações e buscou ajuda da Fundação para a Infância e Adolescência,
responsável por emitir cartazes de crianças desaparecidas.
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