sexta-feira, 26 de maio de 2023

Quem é o principal suspeito da morte do ator Jeff Machado

 Desaparecido desde janeiro, corpo do artista foi achado dentro de um baú concretado nos fundos de um terreno, na Zona Oeste do Rio de Janeiro


Por Agência O Globo25/05/23 às 19H58 atualizado em 25/05/23 às 23H13

Há cerca de quatro anos, o ator Jefferson Machado da Costa, de 44 anos, apresentava para uma amiga de infância um novo colega. A amizade repentina dos dois começou a partir de uma proposta de emprego melhor, despertando no ator, segundo a mulher, um sonho antigo: tornar-se reconhecido no meio artístico.

Foi com essa promessa que o "novo amigo" se aproximou de Jeff, como Jefferson era chamado. Em pouco tempo, ele já frequentava a casa do artista e, aos poucos, “tomou conta da rotina do ator”, revelou a amiga ao Globo. Para a Polícia Civil, ele é o principal suspeito de matar a vítima.

O ator estava desaparecido desde o dia 27 de janeiro deste ano e só foi encontrado pela polícia na última segunda-feira, cujo corpo estava enterrado e concretado nos fundos de uma casa em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

Segundo a esteticista Cintia Helsendeger, o "novo amigo" se apresentou como produtor e fotógrafo. O primeiro encontro ocorreu porque os dois frequentavam locais em que conheciam pessoas em comum. O suspeito, segundo ela, é branco, de estatura média, usa barba e tem cerca de 40 anos. À amiga, Jeff apresentou o "produtor" como a pessoa que o “ajudaria a crescer na vida”.

— Ele me confidenciou que conheceu um homem que poderia ajudá-lo a entrar numa novela que o faria famoso. Jefferson chegou a ficar incomodado com a maneira como ele estava se aproximando. Ele me disse que o rapaz frequentava a casa dele e ficava deslumbrado com os pertences. Parecia ter inveja do Jeff — afirmou Cintia.Cintia contou que ele era visto constantemente na casa de três andares de Jeff, em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, onde o ator morava com oito cachorros. Já o "novo amigo" morava em Campo Grande, também na Zona Oeste, mesmo bairro em que a polícia localizou o corpo do ator, na última segunda-feira.

O artista estava amarrado, dentro de um baú trancado e enterrado a dois metros de profundidade. Sobre o baú, havia uma grossa base de concreto, na qual os investigadores precisaram usar uma máquina de perfurar. O corpo estava escondido nos fundos da casa.

Segundo os investigadores da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), o corpo estava em posição fetal e em estado de decomposição. Apesar disso, foi possível fazer o reconhecimento por meio de suas impressões digitais.

Viagem para São Paulo
Quando o ator despareceu, o suspeito chegou a informar para a família que Jeff teria viajado para São Paulo a trabalho, pois a mãe do ator, Maria das Dores Machado, estava achando estranho o silêncio do filho.

O artista costumava conversar com a mãe frequentemente por mensagens de voz ou ligações. Na mesma semana do sumiço, ela recebeu mensagens por escrito do número do filho, mas desconfiou da forma e dos termos usados nos diálogos.

O ator era conhecido, segundo Cintia, como alguém que “não via maldade nas pessoas”. De acordo com a amiga, o suspeito fazia questão de demonstrar que tinha interesse amoroso pelo artista. No entanto, Jeff confidenciou à amiga que só o via como amigo, pois "não fazia seu tipo".

— A última vez que nos falamos foi no dia do aniversário dele, em 19 de janeiro. Ele estava desconfiado desse amigo (por conta da rápida aproximação). Estava preocupado. Algo estava acontecendo. Ele não se sentia confortável com o jeito dele. Parecia que ele tinha inveja do Jeff. Esse amigo sempre falava mal do Jeff quando ele não estava por perto. Depois que a verdade veio à tona, eu não consegui mais contato. Ele desapareceu — disse Cintia.

https://www.folhape.com.br/noticias/quem-e-o-principal-suspeito-da-morte-do-ator-jeff-machado/272408/

                                                                       


André Fernandes cometeu crime contra Estado Democrático nos atos de 8 de janeiro, diz PF

Alexandre de Moraes remeteu o relatório à PGR para se manifestar

Escrito por Igor Cavalcanteigor.cavalcante@svm.com.br 

Legenda: Deputado fez publicações contra o STF mesmo após a invasão da Corte

Foto: Divulgação/AL-CE – Reprodução

Polícia Federal (PF) considerou crime contra o Estado Democrático de Direito as publicações do deputado federal do Ceará André Fernandes (PL) convocando aliados para um “ato contra o governo Lula" em 8 de janeiro. No dia previsto, o ato terminou como uma tentativa de golpe, com terroristas invadindo as sedes dos Três Poderes. 

Em meio aos ataques à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Palácio do Planalto, o cearense publicou imagem de partes do gabinete do ministro do STF Alexandre de Moraes, justamente o responsável pelo inquérito que investiga os atos antidemocráticos.

Nesta quinta-feira (25), o magistrado remeteu à Procuradoria-Geral da República (PGR) o relatório da Polícia Federal. Agora, cabe ao procurador Augusto Aras decidir, em até 15 dias, se denuncia ou não o deputado.

Na investigação, a PF considerou que Fernandes tentou, “com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais".

CPMI DO 8 DE JANEIRO

Apesar de ser alvo do inquérito tocado pelo STF, André Fernandes é autor do pedido de abertura da  Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, que iniciou as discussões nesta quinta-feira (25) e investiga os ataques golpistas do dia 8 de janeiro.

O cearense esteve na primeira sessão do colegiado e comentou sobre a investigação do STF. 

"Temos total interesse que seja (o 8 de janeiro) seja investigado, linha por linha, pessoa por pessoa, detalhes por detalhes. E não que aconteçam investigações dentro de quatro paredes, onde ninguém sabe o que está acontecendo. Como é o caso do Supremo Tribunal Federal, que me investiga porque eu fiz uma crítica ao ativismo judicial no dia 8 de janeiro. (Eu) não estava aqui em Brasília, mesmo assim estou dentro desse inquérito”
ANDRÉ FERNANDES (PL)
Deputado federal investigado pelo STF

POSTAGENS

O cearense fez duas publicações nas redes sociais. Na primeira, convocou para o ato. "Neste final de semana acontecerá, na Praça dos Três Poderes, o primeiro ato contra o governo Lula. Estaremos lá", escreveu André Fernandes na sua conta do Twitter em 6 de janeiro deste ano, dois dias antes dos atos terroristas.

Após a invasão do STF, em 8 de janeiro, o cearense publicou a foto de uma porta da instituição com uma placa indicando o nome de Alexandre de Moraes, ministro da Corte e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Fernandes ainda escreveu: "Quem rir vai preso". 

O deputado federal eleito pelo Ceará apagou a mensagem e mudou a identificação no Twitter.

"ATIVISMO JUDICIAL"

Procurado na época pela reportagem, André Fernandes comentou que os posts tinham apenas um tom crítico ao "ativismo judicial".

“Se fazer uma crítica ao ativismo judicial for crime, então não existe mais democracia no Brasil. Gostaria muito de depor na CPMI do 8 de janeiro, dessa vez publicamente, à luz do dia, para que o povo brasileiro veja o quão absurdo é essa investigação”, declarou ao Diário do Nordeste.

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/pontopoder/andre-fernandes-cometeu-crime-contra-estado-democratico-nos-atos-de-8-de-janeiro-diz-pf-1.3373627

                                                                          






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