terça-feira, 6 de março de 2018

GTA real: jovens saem de carro atirando nas pessoas em MG

Quatro pessoas ficaram feridas por tiros de chumbinho por jovens que se inspiraram em videogame; em janeiro um homem foi preso com uma réplica de 'Lucile' arma do vilão de 'The Walking Dead'.



6 mar 2018 11h34
atualizado às 11h46

Dois adolescentes foram detidos enquanto brincavam de GTA nas ruas da cidade de Elói Mendes, no interior de Minas Gerais, distante quase 330 quilômetros de Belo Horizonte. Os dois tinham 17 e 14 anos e saíram de carro pelas ruas atirando com uma espingarda de chumbinho. Quatro pessoas ficaram feridas.






Espingarda de chumbinho apreendida com os adolescentes
Espingarda de chumbinho apreendida com os adolescentes
Foto: Divulgação/PMMG

A brincadeira por muito pouco não terminou pior para a dupla, segundo afirmou o delegado Ed Elvis Garcia. "Poderiam ter sido vitimados com tiro da polícia, porque não tem como numa ação dessa, com o pouco de informação que você tem, fazer essa análise e ter um melhor desfecho", disse.

Publicidade

Pelo menos 10 tiros foram disparados contra quatro pessoas, estabelecimento comerciais e veículos. Entre os feridos está um homem que foi atingido no peito e precisou fazer uma cirurgia. As outras três pessoas tinham ferimentos no braço, quadril e cintura.

A Polícia Militar abordou os dois, que chegaram a negar num primeiro momento, mas confessaram ter feito os disparos na tentativa de reproduzir as cenas do jogo da série Grand Theft Auto . A arma, uma espingarda de chumbinho calibre 22 foi encontrada debaixo da cama do mais novo.

Imagens do circuito de segurança de casas e lojas da região onde as pessoas foram feridas mostram o carro que os dois estavam transitando pela via.

Lançado em 1998 o jogo sempre foi alvo de polêmicas em todo o planeta por causa de suas cenas violentas e ter como principal objetivo ser o "chefe" na cidade onde mora. Para conseguir o "respeito" ele agride, rouba carros e mata pessoas por onde passa. A quinta versão chegou a ter sua venda interrompida na Austrália.

Imitação de 'Lucile' apreendida






Taco encorado com arame farpado apreendido pela polícia
Taco encorado com arame farpado apreendido pela polícia
Foto: Divulgação/PMMG

Em Ouro Fino, no fim de janeiro, um homem foi preso e teve um bastão apreendido pela Polícia Militar. O dono estava dentro de um carro numa região conhecida por ser ponto de venda de drogas. Durante a revista da PM ele disse que o taco de beisebol enrolado em arame farpado era somente um enfeite.

A polícia conseguiu pegá-lo antes que ele se sentisse como o vilão Negan, da série The Walking Dead , que usa a arma para matar um desafeto e “educar” os sobreviventes.

Videogames, TV e riscos à saúde


Um estudo do Departamento de Ciência da Computação, Instituto de Matemática e Estatística da USP mostrou que a agressividade e comportamento antissocial são apenas alguns dos problemas causados pela exposição ou acesso a imagens de violência.

"Em situações de emergência, de raiva profunda ou de stress, em que o sujeito age inconscientemente, sua ação pode seguir as que foram condicionadas pela TV ou pelos jogos eletrônicos. Só que o ser humano age tanto mais humanamente quanto mais consciente é sua ação, isto é, quanto mais refletir e prever as consequências antes de agir. Ações inconscientes são típicas dos animais, que jamais refletem sobre as futuras consequências de seus atos."

Entre outros riscos e problemas sociais estão o excesso de peso e obesidade, problemas de atenção e hiperatividade, depressão, medo e confusão entre fantasia e realidade.





Game Grand Theft Auto
Game Grand Theft Auto
Foto: Reprodução



Mãe e padrasto chutaram e pisaram em criança antes de matá-la, diz delegado








postado em 06/03/2018 09:27 / atualizado em 06/03/2018 09:33



Luana Alves de Oliveira e Wesley Messias de Souza responderão por homicídio qualificado(foto: (foto: Antonio Cunha/CB/D.A Press))

“Se ela não queria a criança, por que não deixou que a minha mãe cuidasse?” O questionamento de Jéssica Maria Nascimento de Almeida, 24 anos, é de uma tia que não entende a morte do sobrinho Henzo Gabriel da Silva de Oliveira, 2 anos e 11 meses. A criança morreu espancada pela mãe e pelo padrasto, segundo a investigação da Polícia Civil de Santo Antônio do Descoberto (GO). O assassinato, cometido ontem pela manhã, chocou familiares e assustou os moradores do município a 52km do DF. Os acusados Luana Alves de Oliveira, 21, e Wesley Messias de Souza, 23, estão presos.

Com a voz embargada, Jéssica, irmã do pai da vítima, contou que a avó e outra tia de Henzo, que está grávida, foram hospitalizadas após a morte. Segundo a mulher, era comum Luana passar temporadas na casa dos parentes do ex-marido, em Águas Lindas. Ela chegava sem avisar e, ao partir, passava muito tempo sem dar notícia. “Ela (Luana) brigava com a criança, mas não judiava. Se isso acontecia, era longe da gente. Quando estava com a minha mãe, ela também não se separava do filho. Era uma pessoa que não parava em relacionamentos. O meu irmão está sem reação. Não conseguimos entender o que aconteceu. Henzo não tinha culpa de nada”, lamenta.
Continua depois da publicidade
Irmã do padrasto Wesley, Mônica Messias de Souza visitou o casal horas antes. “O meu irmão gostava da criança. Era dedicado. Quando os encontrei, o bebê estava de banho tomado. O Henzo era um amor, e eu o tratava como sobrinho. Era dócil e, quando chegava lá em casa, me pedia pirulito”, conta. 

Os vizinhos do casal se surpreenderam com o caso, apesar a família ter se mudado para a região havia um mês. “Não tinha contato com eles, mas uma notícia como essa é muito triste”, afirma um homem que não quis se identificar. Uma mulher acredita que a chuva pode ter abafado o barulho da briga. “Em uma situação dessas, você escuta o choro, mas estava chovendo muito”, ressalta.

Versões

O casal morava na Quadra 50 do Setor de Mansões Bitencourt, na casa do pai de Wesley, que dormia na hora do espancamento. O delegado responsável pelo caso, Pablo Santos Batista, disse que as contradições no depoimento de Luana levam a polícia a concluir que ela também agrediu o filho. “No hospital, quando os policiais indagaram a mãe, ela acusou o companheiro, mas, quando perguntaram onde ele estava, de início, ela não falou. A PM foi à casa onde moravam, e ele ainda tentou fugir. A partir daí, o casal passou a se acusar”, relata.

Segundo Pablo, os conflitos começaram com o choro de Henzo, que se recusava a dormir na sala. Mãe e padrasto, então, o levaram para o quarto, onde o agrediram. “Eles o teriam enrolado no cobertor, chutado e pisado na criança. Às 5h, o sogro foi beber água e decidiu olhar o menino. Viu que ele não se mexia nem respirava e chamou o casal. Quando a mãe chegou ao hospital, a criança estava morta. O padrasto confessou e entregou a mãe. O sogro disse que, às vezes, eles eram agressivos na hora de corrigir a criança. Eu achei que, por ser mãe, ela estaria mais desesperada”, diz.

Os acusados responderão por homicídio qualificado (motivo torpe), e podem pegar até 30 anos de prisão — até então, não tinham passagem pela polícia. Ouvidos pela TV Brasília, o casal apresentou versões conflitantes. Wesley disse que Luana teria matado o bebê. “Eu perguntei se era por causa da nossa relação que ela batia demais na criança. Toda vez que ela ia dormir, enrolava a criança todinha e, tipo assim, o menino sufocado (sic). O policial falou que ele (Henzo) tinha fratura, roxo na cara. Isso foi ela que deve ter batido nele. Eu bati nele de cipó. Foi só uma vez. Para ele ir para o quarto. Ele era obediente. Quando eu batia, ele obedecia. Ela não bateu nele. Ela o matou”, acusa.

Na entrevista, Luana culpou Wesley: “Eu não matei o meu filho. Foi o meu esposo que o agrediu. Ele que maltratou o meu filho. Tem pouco tempo que estamos juntos. Um mês. Acordei hoje de manhã, quando fui olhar o meu filho, ele estava lá morto. Peguei o meu filho e fui para o hospital. Eu estou presa, mas é por culpa dele. Ele destruiu a minha vida. Eu nunca passei por isso”.

O psicólogo e especialista em análise do comportamento Carlos Augusto de Medeiros avalia que a noção de proteção é uma questão mais cultural do que instintiva. “O nosso comportamento é afetado por diferentes fatores, como a genética, o que aprendemos e a cultura. Vivemos em uma cultura machista, em que é estimulado ter um homem chefiando a casa. Também há a cultura da mãe de proteger os filhos. Quando esses valores entram em conflito, é preciso escolher. A depender da história de vida, do que entendem como violência, muitas vezes, o sucesso de um relacionamento se sobrepõe ao cuidado com o filho”, analisa.
Memória

Vítimas na infância

Na última sexta-feira, um caso semelhante ao de Santo Antônio do Descoberto repercutiu nacionalmente. O casal Phelipe Douglas Alves, 25 anos, e Débora Rolim da Silva, 24, é suspeito de espancar e matar a filha Emanuelly Aghata da Silva, 5, em Itapetininga (SP). Os dois estão presos preventivamente desde sábado. De acordo com a Polícia Civil, os pais acionaram o Samu, alegando que a filha teve convulsões ao cair da cama. A equipe médica, no entanto, suspeitou dos hematomas no corpo da criança e acionou a polícia. Débora tem outros dois filhos.

* Também no estado de São Paulo, a menina Isabella Nardoni, então com 5 anos, foi asfixiada e jogada da janela do apartamento da família, no sexto andar do Edifício London, na zona norte de São Paulo, na noite de 29 de março de 2008. Acusados do crime, o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta da criança, Anna Carolina Jatobá, foram condenados, respectivamente, a 31 anos e 1 mês, e a 26 anos e 8 meses de reclusão. Desde julho do ano passado, Anna Carolina foi beneficiada com a progressão de regime para semiaberto.

Crimes violentos

Apesar da queda nos índices de violência, crimes violentos continuam a assustar o DF. Na noite de domingo, o Corpo de Bombeiros encontrou um o corpo de uma mulher carbonizado dentro de um contêiner na QE 7 do Guará. O delegado-chefe da 4ª Delegacia de Polícia (Guará 2), Jhonson Kenedy Monteiro, disse que, por causa do nível de carbonização da vítima, os peritos ainda não conseguiram identificá-la. O delegado disse que há um suspeito. Na madrugada de ontem, uma mulher tentou matar o marido com uma facada no pescoço. O crime aconteceu na casa da família, na QS 12 do Riacho Fundo 1.


Mãe e padrasto chutaram e pisaram em criança antes de matá-la, diz delegado - Nacional - Estado de Minas



Criminosos levaram cerca de US$ 5 milhões que iriam de Viracopos para Suíça, diz PF

Do UOL, em São Paulo

 Ouvir texto

0:00
 Imprimir Comunicar erro

A Polícia Federal informou, nesta segunda-feira (5), que os criminosos que invadiram a área de carga do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (93 km de São Paulo), na noite anterior, roubaram cerca de US$ 5 milhões (R$ 16,3 milhões) em espécie. Ninguém foi preso.
Segundo a PF, o dinheiro foi embarcado no aeroporto de Guarulhos (SP) e tinha como destino a cidade de Zurique, na Suíça. Antes de ir para a Europa, porém, o avião da empresa alemã Lufthansa fez uma escala em Viracopos. O motivo da parada não foi informado pela polícia. 
A Lufthansa confirma o assalto ao avião cargueiro de registro D-ALCF, mas diz, entretanto que o voo LH8263/04 não tinha parada prevista para Zurique. Segundo a companhia aérea, o avião sairia de Viracopos para Dacar, no Senegal, com destino final em Frankfurt, na Alemanha. Procurada, a PF diz que apura a divergência.
Na ação, pelo menos cinco homens armados com fuzis invadiram a área de carga do aeroporto de Viracopos e roubaram o dinheiro. Ninguém ficou ferido. Os criminosos usaram uma caminhonete Hilux com adesivos semelhantes aos da empresa responsável pela segurança do terminal.
A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a ação e periciou o local. Na delegacia da PF de Campinas, no bairro Guanabara, as testemunhas estavam sendo ouvidas nesta tarde. Pela manhã, foram coletados depoimentos de quem estava no local no momento do assalto. À tarde, foram ouvidos responsáveis das empresas que prestam serviços no terminal de cargas.
Um dos pontos que a investigação busca desvendar é porque a carga de dinheiro foi retirada do avião em Viracopos para ser transferida a um carro forte se seguiria destino na mesma aeronave.
As imagens do circuito de segurança estão sendo analisadas pela PF. A corporação pediu ao Aeroporto Viracopos que o conteúdo seja mantido sob sigilo.

Como foi o roubo

O roubo aconteceu por volta das 21h40 do domingo. O acesso ocorreu pelo Portão 18, que fica próximo ao Jardim Planalto, com acesso pela rodovia Santos Dummont. O grupo teria derrubado o alambrado para entrar com o veículo clonado.
Denny Cesare/Código19/Estadão Conteúdo
As investigações sobre a ocorrência no aeroporto são lideradas pela Polícia Federal
Eles seguiram por uma estrada interna contornando a pista em direção ao terminal de cargas. Ao se depararem com uma viatura da segurança, renderam dois vigilantes do aeroporto. Quando o grupo chegou na pista, a carga estava sendo transferida do avião para um carro forte. Na fuga, dois portões foram destruídos. 
O grupo roubou o carregamento destinado à empresa de valores Brink's. Em nota, a empresa "informa que está à disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos", mas não explicou porque a encomenda estava sendo retirada do avião.
Também em nota, a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos S.A., que administra o terminal, indicou que "vai colaborar com as autoridades policiais para que o crime seja esclarecido".
Viracopos é o maior terminal de cargas do país. Ao todo, passaram pelo aeroporto 16 mil toneladas em janeiro deste ano. O setor de cargas expressas movimentou 484 toneladas no mesmo período.
Denny Cesare/Código19/Estadão Conteúdo
A carga pertencia à empresa de valores Brink's
criminosos-levaram-cerca-de-us-5-milhoes-que-iriam-de-viracopos-para-suica-diz-pf.htm

Veja também







Nenhum comentário:

Postar um comentário