Luís Eduardo Gomes Três membros do Diretório Central de
Estudantes (DCE) da UFRGS registraram nesta terça-feira (1) um boletim de ocorrência
na Delegacia de Combate à Intolerância contra a atuação da Guarda Municipal de
Porto Alegre durante um protesto realizado por estudantes no dia 12 de maio,
ocasião em que o ministro da Educação, Milton […]
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Sul 21
Membros do DCE da UFRGS denunciam racismo e repressão por parte da Guarda Municipal | Foto: Divulgação
Luís Eduardo Gomes
Três membros do Diretório Central de Estudantes (DCE) da
UFRGS registraram nesta terça-feira (1) um boletim de ocorrência na Delegacia
de Combate à Intolerância contra a atuação da Guarda Municipal de Porto Alegre
durante um protesto realizado por estudantes no dia 12 de maio, ocasião em que
o ministro da Educação, Milton Ribeiro, esteve na cidade de Porto Alegre.
Na ocorrência, eles denunciam guardas municipais por
preconceito de raça e cor e por reprimirem com força excessiva o protesto do
grupo de estudantes que ocorreu diante da sede de Rádio Guaíba, emissora a qual
o ministro concedeu entrevista na tarde de 12 de maio. O boletim registra que
os estudantes denunciaram que o “ato foi reprimido pela Guarda Municipal, a
qual teria marcado os participantes negros do ato, reprimindo-os de forma mais
contundente, tentando prendê-los e imputando-lhes crimes não ocorridos quando
no Palácio da Polícia”.
Em nota, os estudantes dizem que foram agredidos por
integrantes da comitiva do ministro e pela Guarda Municipal que utilizou spray
de pimenta, tiros de borracha e arma de choque taser contra eles e os demais
participantes do protesto.
Dirigente do DCE, o estudante que denuncia ter sido alvo de
racismo, Daniel Oliveira explica que o protesto foi organizado “em cima da
hora” por um grupo de oito jovens, quando eles descobriram que o ministro
estaria em Porto Alegre naquele dia. Ele diz que o grupo estendeu uma faixa
diante da comitiva de Milton Ribeiro quando ele chegava no prédio da Rádio
Guaíba e que a Guarda Municipal estava no local para acompanhar o ministro.
“Quando chegou a Guarda Municipal, tentaram dispensar a
turma. Uma parte, se eu não me engano dois ou três, entraram dentro do prédio
da rádio para se proteger, e a Guarda foi para cima. No momento que um guarda
vem para cima de mim, ele bota a mão na arma de fogo e só solta quando eu
questiono qual era a necessidade da arma de fogo naquele momento e o que ele
estava afim de fazer. Perguntei diversas vezes se ele iria atirar. Aí, ele
tirou e pegou o spray de pimenta e começou a usar”, diz.
Daniel conta que um colega, Gustavo Seixas, foi preso neste
momento e que, por isso, decidiram que encerrariam o ato. Simultaneamente, uma
nova viatura da Guarda Municipal teria chegado ao local. “A gente anunciou o
final do protesto porque o Gustavo já estava preso, algemado e rendido no chão.
O Júlio [Câmara] saiu com as duas mãos para cima, anunciando o fim do protesto,
e eles pegaram ele, colocaram na parede e deram dois tiros do lado para ele
ficar parado. Aí prenderam o Júlio sem nenhuma necessidade”, diz. “Nesse
momento, o guarda municipal que estava desde o início tentando me perseguir,
atravessa a rua apontando para mim e tenta me dar um chute nas pernas para que
eu caia, nesse momento eu saia correndo”.
O jovem relata que, após as prisões serem efetuadas, ele e
outra dirigente do DCE acompanharam a viatura da Guarda que levava os dois
colegas presos até o Palácio da Palácio, local em que ele próprio seria preso
na sequência. Na versão de Daniel, enquanto esperava a liberação dos colegas,
viu que um dos guardas municipais estava falando por telefone com um membro da
comitiva do ministro e que este homem estaria identificando quais foram as
ações dos manifestantes. Daniel diz que o homem o acusou de agressão com um chute.
“Só que em nenhum momento eu me aproximei desse homem, não tem nenhuma imagem
minha sequer próximo a ele para ele me imputar esse tipo de crime de agressão”,
diz.
Daniel afirma que não fez qualquer menção de resistência à
prisão, mesmo assim também foi algemado. “Antes deles virem até mim, para me
prenderem, fizeram uma série de comentários. ‘Ah, o negãozinho é o mais
perigoso, tu deveria estar preso junto com eles'”, diz. “Eu não encontro
nenhuma resposta para que o aconteceu comigo naquele dia. Houve três prisões em
três momentos diferentes do protesto naquele dia. Uma quando o protesto estava
rolando, a segunda quando a gente já tinha anunciado o fim do protesto e só
queríamos saber para onde o nosso companheiro estava indo, e a terceira foi a minha,
que, na opinião de todo mundo, é a mais absurda. Foi lá no Palácio da Polícia,
sem nenhuma motivação, sem eu ter cometido nenhum crime e, sentada ao meu lado,
havia uma companheira de DCE da UFRGS que é branca, estava no ato, eles sabiam,
e não foi presa. Fora o que eles me disseram. Então, não tem onde eu encontrar
[uma explicação] a não ser no racismo, que alicerça a nossa sociedade, o motivo
para a minha prisão”.
A reportagem procurou a assessoria da Secretaria de
Segurança Pública de Porto Alegre, que informou que não iria se manifestar
sobre o registro de ocorrência.
Militar que acusou Haddad por kit gay é condenado a 12 anos
por distribuir pornografia infantil
17/06/2021 - 13h24
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Não falha
Da Redação
Jorge Antônio Batalino Riguette ficou conhecido quando foi
alvo de busca e apreensão a pedido do FBI, acusado de ser um dos maiores
distribuidores de pornografia infantil na internet.
O militar brasileiro, de 67 anos, agora foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão em regime fechado.
Elogios à ditadura
Justiça condena brasileiro acusado pelo FBI de pedofilia
pela internet
Do Conjur
A 1ª Vara Federal de Nova Friburgo condenou o analista de
sistema Jorge Antônio Batalino Riguette, apontado pelo FBI como um dos 100
maiores distribuidores de pornografia infantil na internet, a 12 anos e 11
meses de reclusão, em regime fechado.
Ao acatar pedido do Ministério Público Federal, o juiz
federal Artur Emílio de Carvalho Pinto afirma que, segundo investigação do FBI,
no período de 15 a 21/09/2017, foi verificado que Riguette era um dos 100
maiores distribuidores de arquivos exclusivos de pornografia infantil por meio
de várias redes de internet.
“Algumas dessas imagens evidenciam cenas de abuso sexual de
adolescentes e de crianças, inclusive de tenra idade, situação que não pode ser
ignorada pelo Poder Judiciário. Além disso, nos interrogatórios (policial e
judicial), o réu afirmou que ‘cursou alguns anos da faculdade de Direito’,
deixando claro que sabia da ilicitude do ato de armazenar e
compartilhar/disponibilizar tais arquivos, possuindo conhecimento especializado
em informática”, diz.
Segundo o magistrado, o armazenamento de fotos revela que esta circunstância não foi
aleatória ou acidental, mas fruto de uma deliberada e intensa atividade
empreendida pelo réu.
“Em relação aos fatos narrados, Riguette compartilhou, pela
internet, pelo menos, 197 arquivos em bancos de dados internacionais como de
exploração sexual de crianças/adolescentes, contendo cenas de sexo explícito ou
pornográficas envolvendo crianças e adolescentes, utilizando-se de programas de
compartilhamento de arquivos”, aponta.
Apoie o VIOMUNDO
Para o procurador da República João Felipe Villa do Miu,
responsável pela ação, crimes cibernéticos que vitimizam crianças e
adolescentes vem merecendo atuação prioritária no mundo todo.
“Nessa investigação, o condenado, que é programador, montou
em seu apartamento verdadeiro ‘bunker‘ para transmissão e armazenamento de
arquivos criminosos. Polícia Federal e MPF agiram com eficiência na fase
investigativa e processual, para permitir que a Justiça cumprisse seu papel com
rapidez.” Com informações da Assessoria de Comunicação da Procuradoria da
República no Rio de Janeiro.
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