Eles transportavam cerca de 40 cães vindos do Rio de Janeiro, com o intuito de entregá-los para compradores na capital paulista.
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Três homens e uma mulher foram detidos por transportarem aproximadamente 40 cachorros de raça em condições insalubres e irregulares, no Campo Belo, zona sul de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (24).
Segundo a Polícia Militar, dois veículos suspeitos foram interceptados na rua Barão de Aguiar. Dentro deles estavam quatro pessoas, sendo três homens e uma mulher.
Eles transportavam cerca de 40 cães vindos do Rio de Janeiro, com o intuito de entregá-los para compradores na capital paulista.
Em vídeos gravados pela PM é possível ver dezenas de cães enfileirados em caixas de transporte. Uma das caixas abriga dois cães, que têm pouco espaço para se movimentar.
Veja:
O local é apertado e a van abafada para uma viagem tão longa entre os estados. Por conta disso, o quarteto foi detido e encaminhado ao 27º Distrito Policial, do Campo Belo. De acordo com a PM, eles devem responder por maus-tratos. O caso ainda está sendo apresentado.
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Polícia detém grupo acusado de maus-tratos a cerca de 40 cães - meionorte.com
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Quem é Luís Miranda, o deputado youtuber que acusa o governo
no caso da Covaxin
Por
Wesley Oliveira
Brasília
24/06/2021 12:39
Luis Miranda morou nos Estados Unidos antes de voltar ao Brasil e se eleger deputado federal.| Foto: Reprodução/YouTube
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Deputado federal de primeiro mandato, Luís Cláudio Miranda
(DEM-DF) ganhou os holofotes nesta semana ao afirmar que alertou o presidente
Jair Bolsonaro sobre supostas irregularidades na compra da vacina indiana
Covaxin pelo Ministério da Saúde. As declarações chamaram atenção da CPI da
Covid, que vai ouvir o parlamentar nesta sexta-feira (25).
Luís Miranda tem a sua trajetória marcada por polêmicas
envolvendo seus negócios e por uma atuação ligada à base governista do
Congresso.
Eleito pelo Distrito Federal em 2018, o deputado foi o sexto candidato mais bem votado na capital, com pouco mais de 65 mil votos.
Miranda ganhou notoriedade com um canal que mantinha no
YouTube, onde dava dicas para o seus seguidores sobre como empreender nos
Estados Unidos. Morando no país norte-americano desde 2014, o então candidato
fez toda sua campanha eleitoral de 2018 sem estar em Brasília.
No entanto, foi justamente a sua atuação nos Estados Unidos
que gerou as principais polêmicas do deputado. Em 2019, uma reportagem do
Fantástico, da TV Globo, mostrou supostas vítimas que alegaram ter sofrido
golpes milionários após investirem em negócios que Miranda mantinha no Estados
Unidos. Uma das pessoas entrevistadas pela emissora disse que teve um prejuízo
de cerca de R$ 150 mil.
No mesmo ano, a Justiça do Distrito Federal aceitou denúncia
de estelionato contra o deputado em ação envolvendo o uso de cheques falsos
para o pagamento de dívidas. Ele nega as acusações.
O deputado também foi proprietário da Fitcorpus, uma rede de
clínicas de estéticas que foi à falência em meio a supostos calotes e 26 ações
na Justiça provenientes de pacientes, sócios e ex-funcionários. Antes de fechar
as portas, a clínica tinha sido proibida de realizar qualquer tipo de
procedimento cirúrgico pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal.
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Luis Miranda foi acusado de compra de votos
Em outra polêmica, os suplentes de Miranda registraram uma
denúncia contra o parlamentar por suposta compra de votos durante sua campanha
eleitoral, em 2018. Os denunciantes alegaram que ele realizou o sorteio de dois
celulares aos seguidores que mais interagissem em uma live transmitida em 14 de
agosto daquele ano – dois dias antes do começo oficial da campanha.
A acusação ainda afirmava que Miranda usou o próprio cartão
de crédito para patrocinar o post do sorteio na internet e que essas despesas
deveriam ter sido pagas por meio de uma conta exclusiva da campanha.
No entanto, Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito
Federal rejeitou as acusações e decidiu manter o mandato do parlamentar. A
Justiça Eleitoral entendeu que não houve provas robustas que configurassem
compra de votos ou de que houve impulsionamento irregular.
Em 2019, o deputado foi acusado pelo Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por suspeita de estelionato. Segundo a
denúncia, Miranda e outras duas pessoas teriam apresentado um cheque falso para
pagar uma dívida de aluguel, em 2010.
O deputado era o fiador de um imóvel na capital do país.
Porém, nem ele nem o locatário teriam quitado os aluguéis, o que resultou em
uma ação de despejo movida pela empresa dona do imóvel. Uma das supostas
vítimas acabou retirando as acusações, o que fez a promotoria pedir a extinção
da ação.
“Provei minha inocência. Nesse processo, o próprio locatário
disse que jamais causei prejuízo a ele. Ganhei na Justiça e lavei a minha honra
nessa ação absurda”, disse Miranda ao jornal Folha de S.Paulo.
Luis Miranda tem atuação pró-governo na Câmara
Dentro do Congresso, Luís Miranda teve sua atuação marcada
pelo apoio à maioria das pautas do governo Bolsonaro. Um levantamento feito
pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou que, até o momento, o deputado teve um
atuação de 95% alinhada ao governo.
Durante a disputa pela presidência da Câmara no começo deste
ano, Miranda encampou a candidatura de Arthur Lira (PP-AL), mesmo com o DEM do
então presidente Rodrigo Maia (RJ) estando no grupo de Baleia Rossi (MDB-SP).
Miranda foi um dos democratas que atuou nos bastidores para que a legenda
saísse do bloco de Rossi, o que acabou rachando o grupo de Maia.
Entre os seus projetos apresentados, o deputado pediu que as
atividades industriais, de construção civil, salões de beleza e barbearias e
academias de esporte fossem consideradas essenciais durante a pandemia – uma
pauta alinhada com a do governo. Outro proíbe reajuste de tarifas de pedágio
durante a crise sanitária. Ambos aguardam votação.
Presidente da Frente Parlamentar da Reforma Tributária, Luís
Miranda chegou a ser cotado no começo deste ano para ser o relator da proposta
na Casa. No entanto, o deputado não conseguiu apoio da sua legenda para o
cargo.
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Entenda a denúncia do caso Covaxin
Luís Miranda, contudo, definitivamente virou um nome com
projeção nacional ao afirmar que alertou o presidente Jair Bolsonaro e o
ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello sobre supostas irregularidades na compra
da Covaxin pelo Ministério da Saúde. A pasta negociou 20 milhões de doses do
imunizante por meio da empresa Precisa Medicamentos, representante da
farmacêutica indiana Bharat Biotech no Brasil.
"No dia 20 de março, fui pessoalmente, com o servidor
da Saúde que é meu irmão, e levamos toda a documentação para ele
[Bolsonaro]", afirmou o deputado ao site O Antagonista. O irmão do
parlamentar é Luís Ricardo Fernandes Miranda, chefe da divisão de importação do
Ministério da Saúde, que relatou ter sofrido pressão incomum para assinar o
contrato em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF). A covaxin ainda não
teve aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O preço do imunizante, de US$ 15 (R$ 80,70) por dose, teria
sido 1.000% mais alto do que o estimado pela própria fabricante, seis meses
antes – informação que é negada pelo governo.
O contrato de compra das 20 milhões de doses da Covaxin por
R$ 1,6 bilhão já era alvo de um inquérito civil público aberto pela
Procuradoria da República no Distrito Federal e averiguava a prática de
improbidade administrativa.
Comparada com outras vacinas adquiridas pelo Brasil até o
momento, a Covaxin é a mais cara. Os imunizantes da Pfizer e Janssen custaram,
em média, US$ 10 (R$56,30), enquanto as doses fornecidas pela
Oxford-AstraZeneca custaram cerca de US$ 3,16 (R$ 19,87).
Com os indícios de irregularidades no contrato, a
procuradora da República Luciana Loureiro de Oliveira, responsável pelo
inquérito, solicitou que o caso seja investigado na esfera criminal. De acordo
com o despacho, Loureiro aponta para “interesses divorciados do interesse
público” e questiona o valor do contrato para compra do imunizante para
justificar o pedido de investigação criminal.
As supostas irregularidades no contrato também são alvo de
investigação da CPI da Covid e do Tribunal de Contas da União (TCU).
Na quarta-feira (24), o ministro da Secretaria-Geral da
Presidência, Onyx Lorenzoni, afirmou que o governo pedirá para a Polícia
Federal (PF) e para a Controladoria-Geral da União (CGU) investigarem o irmão
de Miranda e as declarações feitas pelo deputado.
“O senhor presidente da República determinou ao
ministro-chefe da Casa Civil que a Polícia Federal abra uma investigação sobre
as declarações do deputado Luis Miranda, sobre as atividades do seu irmão,
servidor público do Ministério da Saúde, e sobre todas essas circunstâncias
expostas no dia de hoje”, afirmou Onyx.
Miranda afirmou que as declarações dadas pelo o ministro da
Secretaria-Geral da Presidência no Palácio do Planalto mostram
"desespero".
“Os documentos são internos do Ministério da Saúde. O que a
gente fez claramente foi apresentar os documentos que estão no processo de
importação do Ministério da Saúde. A fala dele [Onyx] é de quem está
desesperado e agora, mais do que nunca, me preocupei. Na minha opinião, ele
sabe que tem alguma coisa de errado. A fala do Onyx é de desesperado”, disse
Miranda ao jornal O Globo.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/luis-miranda-quem-e-o-deputado-youtuber-que-acusa-o-governo-no-caso-da-covaxin/
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