Autor dos disparos teria atirado do alto de um prédio na cidade de Highland Park, no estado de Illinois, segundo informações da emissora ABC News
"Estamos ajudando a polícia de Highland Park após o tiroteio no desfile", informou no Twitter o gabinete do xerife do condado de Lake.
"A festa de 4 de julho está cancelada, evite o centro de Highland Park", acrescentaram as autoridades deste município do estado de Illinois em sua página no Facebook.
De acordo com a mídia local, várias pessoas foram atingidas pelos tiros, mas nenhuma fonte oficial ofereceu um balanço de vítimas.
Brad Schneider, um representante de Illinois na Câmara baixa do Congresso, estava nesta cidade rica às margens do Lago Michigan quando os tiros foram disparados.
Publicado em05/07/22 19:47Atualizado em05/07/22 19:55
MP abre investigação sobre Nikolas Ferreira por expor aluna
trans em banheiro escolar
Luísa MarzulloTamanho do textoA A A
O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG)
instaurou inquérito para investigar vídeo publicado por vereador Nikolas
Ferreira (PL-MG) que foi considerado transfóbico nas redes sociais. A
representação foi feita pelas vereadoras Bella Gonçalves (PSOL-MG) e Iza
Lourença (PSOL-MG) e a Aliança Nacional LGBTI. O bolsonarista é acusado de
LGBTFobia e violação do artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
por expor uma jovem de 14 anos nas redes sociais. Na gravação, o vereador pede
o boicote de uma escola privada de Belo Horizonte por permitir que uma aluna
transgênero use o banheiro feminino. Ferreira chega a mostrar o momento em que
a menor de idade é questionada por sua irmã, também estudante, dentro do
toalete e menciona o nome da instituição de ensino.
- Eu faço aqui minha propaganda contrária. Se você está com
um filho dentro do Santa Maria, tire seu filho desse colégio. Não preciso nem
falar que dentro da sala de aula, com relação a matéria de história, ocorre
doutrinação. Travesti no banheiro da escola da minha irmã - diz, no vídeo que,
no Instagram, teve o compartilhamento restringido pela plataforma.
Em entrevista ao GLOBO, a vereadora Bella Gonçalves falou
sobre a situação de constrangimento vivida pela jovem que foi acolhida pela
comunidade escolar.
- Recebemos denúncias de pais da escola, por mais que a
identidade dela não tenha sido revelada, todos da nossa comunidade sabem quem
é. Foi um constrangimento e precisamos lutar contra a violência com a população
LGBT - afirma Bella.
Após a denúncia, Bella revelou que as ameaças da bolha
bolsonarista aumentaram e, por isso, chegou a sair escoltada da Câmara. No
entanto, ela diz que os episódios são frequentes desde o início do mandato.
- A estratégia do Nikolas é estimular os ataques nas redes,
basta ver os últimos vídeos. Ele quase sempre distorce falas nossas na
tribuna. É uma violência política com as mulheres da Casa. Hoje mesmo ele disse
que todos os dias "me dá uma coça" no plenário - explica a psolista.
Na gravação divulgada, o vereador mostra o vídeo que foi
feito por sua irmã, de 16 anos, que também é aluna. Dentro do banheiro da
escola, a jovem questiona a menina trans e diz que ela não poderia estar no
sanitário feminino e a mesma retruca que a lei permite. A faxineira da
instituição interrompe a discussão e pede para deixar a menor fazer uso do
local. Ao GLOBO, o Colégio Santa Maria Minas informou que acompanha os fatos,
no intuito de proteger a estudante e toma as providências necessárias para
entender como "se deu a captação indevida de imagens em espaço privativo
do Colégio e de uma exposição inadequada e desrespeitosa da Instituição e de
seus membros".
Além do MP, Bella Gonçalves e Iza Lourença pretendem
denunciar a atitude do bolsonarista no conselho de Ética da Câmara e abrir um
procedimento por quebra de decoro parlamentar, o que poderia acarretar na
cassação do mandato de Nikolas Ferreira.
Além das psolistas, a vereadora Duda Salabert (PDT) também
se manifestou sobre a atitude de Ferreira no Twitter e prometeu acionar o MP, o
que já foi feito: " A violência exemplifica - além do preconceito odioso -
que escolas estão pouco preparadas para tratar a diversidade e o respeito às
identidades LGBT+", escreveu.
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