Jovem, de 21 anos, disse à polícia que estava no quarto, deitado, quando viu alguém se aproximar e atirar pela janela. A tentativa de homicídio deve ser investigada.
Por g1 Vales de Minas Gerais
02/05/2023 15h41
Atualizado há 15 horas
Um jovem, de 21 anos, sofreu cinco tiros na madrugada desta
terça-feira (2), no bairro Santana, em Manhuaçu. De acordo com a Polícia
Militar, a vítima estava em casa quando foi atingida no peito, no pescoço, na
mão e no braço. Os militares procuram pelo autor do crime.
À PM, a vítima disse que estava deitada no quarto quando percebeu alguém se aproximando na janela e, em seguida, ouviu os disparos. Ela relatou ainda que não conseguiu identificar quem estava atirando.
Segundo a PM, o SAMU foi acionado ao local e a vítima não corre risco de morte.
Os militares também informaram que a vítima não tem passagens pela polícia. As causas da tentativa de homicídio deve ser investigada.
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PF apreende celular de Bolsonaro: o que acontece agora? Como é a perícia?
Jair Bolsonaro falou com jornalistas sobre ação da Polícia Federal realizada na manhã desta quarta-feira (3)Imagem: Jovem Pan News/Reprodução de vídeo
A PF (Polícia Federal) apreendeu hoje (3) o celular de Jair
Bolsonaro (PL) em sua casa, em Brasília, em uma operação que investiga se houve
adulteração de dados de vacinação do ex-presidente envolvendo a covid-19.
Bolsonaro negou a suspeita, e não forneceu códigos de desbloqueio
do celular: "meu telefone não tem senha, não tenho nada a esconder sobre
nada", afirmou. Veja a seguir perguntas e respostas sobre como funciona a
análise de dados de um celular.
O que acontece agora?
Em posse do aparelho, os peritos da PF buscarão indícios que
auxiliem na investigação. Dependendo do que for encontrado, as pegadas digitais
podem beneficiar ou serem usadas como provas contra o investigado.
O ex-presidente terá o celular analisado mediante a
autorização da Justiça, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF
(Supremo Tribunal Federal). Invadir o telefone alheio sem aval judicial é crime
e pode anular uma investigação, segundo a APCF (Associação Nacional dos Peritos
Criminais Federais).
No caso de Bolsonaro, os agentes da PF deverão buscar elementos relacionados à possível adulteração de dados do cartão de vacinação associados ao ex-presidente, conforme determina a ordem de Moraes.
Como é feita a perícia?
Uma fase importante da análise pericial do celular do investigado é saber o que tem guardado no aparelho.
O primeiro passo após ter o celular em mãos é desbloqueá-lo,
se for o caso, e colocá-lo no modo avião, desligando wi-fi e GPS. Isso ajuda a
impedir que outras pessoas consigam acessar o aparelho de maneira remota, o que
pode atrapalhar o andamento da investigação.
A segunda etapa é usar ferramentas especializadas. Os investigadores puxam para uma máquina, geralmente um computador ligado a um servidor de dados, as informações que constam na memória do aparelho.
Após isso, os peritos organizam os dados por tipo de item:
foto, vídeo, áudios, conversas de aplicativo de mensagens. Isso, segundo
investigadores ouvidos por Tilt, em reportagem especial publicada em 2021,
ajuda a focar em determinado tipo de arquivo para depois partir para outro, e
não analisar tudo só de uma vez.
E se alguém apagou algum dado, já era?
De forma geral, caso algum investigado tenha se adiantado à apreensão e apagado dados do celular, como imagens ou vídeos recebidos, a perícia ainda tem chance de recuperar as informações. Contudo, isso deixa o trabalho mais dificultoso e vira uma corrida contra o tempo.
Mais de 90% dos dados que são deletados dos aplicativos e
sistemas continuam no aparelho. Você só move de uma pasta para outra, que
funciona como lixeira. Os aplicativos precisam ter certeza que de fato o dado
foi deletado, então conforme vai passando o tempo, periodicamente, o próprio
aplicativo sobrepõe os arquivos e apaga os antigos.
Hiago Kin, presidente da Abraseci (Associação Brasileira de
Segurança Cibernética)
O mesmo serve para dados de programas que possuem armazenamento de dados na nuvem. A perícia também vasculha informações desse tipo.
Dependendo da situação, os peritos conseguem chegar até
mesmo em conversas apagadas de WhatsApp. Um grande trunfo das perícias também
costuma ser o backup, que fica fora do WhatsApp, no próprio dispositivo ou em
serviços como Google Drive e iCloud.
E se acharem indícios de outro crime?
O perigo deverá comunicar às autoridades policiais competentes para avaliar a inclusão desses itens no processo atual ou se outro inquérito deve ser aberto.
"Já na ordem judicial é preciso dizer por que quer
aquela informação. E não é falar 'acho que tem alguma coisa lá'. Precisa
existir a suspeita do crime tal e pedir uma apreensão por motivo tal",
explicou Evandro Lorens, diretor da APCF, em entrevista anterior a Tilt.
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