Mensagens mostram descontrole de agressor antes de atacar
procuradora
Agente administrativa da Prefeitura de Registro aponta
comportamento de Demétrius Macedo dias antes de agredir procuradora: "Foi
assustador"
Giulia Ventura
24/06/2022 9:07,atualizado 24/06/2022 16:12
Procuradora-geral SP mensagensReprodução
São Paulo – Funcionários da Prefeitura de Registro, no interior de São Paulo, já notavam há semanas um comportamento agressivo do procurador Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, preso por agredir sua chefe.
Em uma conversa obtida pelo G1, a agente administrativa
Thainan Maria Tanaka chamou a procuradora-geral Gabriela Samadello Monteiro de
Barros para avisar que o homem tinha entrado no escritório “transtornado”.
“O doutor Demétrius acabou de vir aqui, era 17h33, a ‘Pri’
[funcionária] falou com ele: ‘Voltou, doutor?’, mas ele nem a respondeu. Foi
direto na sua sala e, depois, enfiou a cabeça na sala da doutora Kátia. Veio
para ‘quebrar o pau’, estava transtornado!”, disse em um aplicativo de
mensagens, no último dia 27.
O procurador Demétrius Oliveira Macedo espancou na segunda
(20/6) sua chefe a procuradora-geral do município Gabriela Samadello Monteiro
de Barros
O procurador Demétrius Oliveira Macedo espancou, na
segunda-feira (20/6), sua chefe – a procuradora-geral do município de Registro,
Gabriela Samadello Monteiro de BarrosReprodução
Conversa procuradora-geral agredida SP
Funcionária relata comportamento agressivo de Demétrius dias
antes das agressõesReprodução
Conversa procuradora-geral agredida SP
Gabriela Samadello Monteiro de Barros diz que vai pedir pelo
afastamento do procurador e que teve pesadelosReprodução
procuradora espancada agredida registro sao paulo
Gabriela Samadello foi agredida de forma brutal por
Demétrius OliveiraReprodução
Homem agride procuradora
Vídeo mostra homem agredindo procuradoraReprodução
Solteiro e sem filhos, Demétrius Oliveira de Macedo tem 34
anos e recebia um salário bruto de cerca de R$ 9,2 mil como procurador da
prefeitura de Registro
Solteiro e sem filhos, Demétrius Oliveira de Macedo tem 34
anos e recebia um salário bruto de cerca de R$ 9,2 mil como procurador da
prefeitura de RegistroReprodução
Demétrius Oliveira Macedo, 34 anos, foi preso pela Polícia
Civil na manhã desta quinta-feira (23/6) no Hospital Santa Mônica, em São Paulo
Demétrius Oliveira Macedo, 34 anos, foi preso pela Polícia
Civil na manhã desta quinta-feira (23/6) no Hospital Santa Mônica, em São
PauloReprodução
O procurador Demétrius Oliveira Macedo espancou na segunda
(20/6) sua chefe a procuradora-geral do município Gabriela Samadello Monteiro
de Barros
O procurador Demétrius Oliveira Macedo espancou, na
segunda-feira (20/6), sua chefe – a procuradora-geral do município de Registro,
Gabriela Samadello Monteiro de BarrosReprodução
Conversa procuradora-geral agredida SP
Funcionária relata comportamento agressivo de Demétrius dias antes das agressõesReprodução
A troca de mensagens revela ainda que os funcionários tinham
medo de Macedo e que sua presença lhes causava ansiedade.
Thainan relatou à procuradora-geral que um dos colegas,
identificado como Lucas, teria trancado a porta para evitar que Macedo entrasse
no local. “Lucas trancou a porta. Estamos dando um tempo para sair. Veio seco
atrás de vocês. Foi assustador”, disse.
No dia 30 de maio, Gabriela afirmou: “Preciso fazer alguma
coisa”.
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Civil na manhã desta quinta-feira (23/6) no Hospital Santa Mônica, em São Paulo
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de 39 anos, começou a ser agredida inicialmente com socos e uma cotovelada no
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Na tarde do último dia 20, Gabriela Samadello Monteiro de
Barros, de 39 anos, foi brutalmente agredida por Macedo.
Ao Metrópoles, a procuradora-geral relatou que a sequência
de agressões durou 20 minutos e que, além de socos e chutes, foi arremessada na
parede.
“Ele tomou conhecimento de uma comissão que conduziria um
processo administrativo contra ele. Eu acho que ele visualizou uma publicação
no Diário Oficial e ficou furioso”, conta.
Demétrius Oliveira Macedo foi preso na manhã de quinta-feira
(23/6), no hospital psiquiátrico Santa Mônica, na capital de São Paulo.
Na fotografia colorida, a mulher aparece com a cabeça
abaixada e a mão na testa
A Campanha Mulher, Você não Está Só foi criada para
atendimento, acolhimento e proteção às mulheres em situação de violência que
pode ter sido consequência, ou simplesmente agravada, pelo isolamento
resultante da pandemia. Basta ligar para (61) 99415-0635Hugo Barreto/Metrópoles
Na fotografia em preto e branco a boca da mulher está
tampada com uma fita
Getty Images
Na fotografia colorida, o homem aparece na frente ameaçando
agredir a mulher que tenta se proteger no chão
A violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta que
cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico a ela, tanto no
âmbito público como no privadoHugo Barreto/Metrópoles
Na ilustração colorida, uma mulher aparece com a mão
levantando pedindo para que a violência acabe
Esse tipo de agressão pode ocorrer de diferentes formas:
física, psicológica, sexual, patrimonial ou moralArte/Metrópoles
Fotografia colorida. Mulher tampa os olhos e a boca
A violência psicológica caracteriza-se por qualquer conduta
que cause dano emocional, como chantagem, insulto ou humilhaçãoHugo
Barreto/Metrópoles
Fotografia colorida. Mulher aparece deitada no chão com os
braços estendidosviolência contra mulher
Já a violência sexual é aquela em que a vítima é obrigada a
manter ou presenciar relação sexual não consensual. O impedimento de uso de
métodos contraceptivos e imposição de aborto, matrimônio ou prostituição também
são violências desse tipoiStock
Fotografia em preto e branco. Mulher tampa o rosto com as
mãos
A violência patrimonial diz respeito à retenção, subtração,
destruição parcial ou total dos bens ou recursos da mulher. Acusação de
traição, invasão de propriedade e xingamentos são exemplos de violência moralIStock
tentando se fugir de agressão da sombra do homem
A violência pode ocorrer no âmbito doméstico, familiar e em
qualquer relação íntima de afeto. Toda mulher que seja vítima de agressão deve
ser protegida pela leiImagem ilustrativa
Na fotografia colorida, a mulher aparece com a boca sendo
tampada por uma mão roxa
Segundo a Secretaria da Mulher, a cada 2 segundos uma mulher
é vítima de violência no Brasil. A pasta orienta que ameaças, violência, abuso
sexual e confinamento devem ser denunciadosiStock
Na fotografia colorida, a mulher aparece de costas andando
na rua
A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita pelo
190 da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), na Central de Atendimento da
Mulher pelo 180 ou na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que
funciona 24hRafaela Felicciano/Metrópoles
Ilustração de violência contra a mulher
O aplicativo Proteja-se também é um meio de denúncia. Nele,
a pessoa poderá ser atendida por meio de um chat ou em libras. É possível
incluir fotos e vídeos à denúnciaMarcos Garcia/Arte Metrópoles
Na fotografia colorida, a mulher mostra um x vermelho na mão
em uma farmácia
A Campanha Sinal Vermelho é outra forma de denunciar uma
situação de violência sem precisar usar palavras. A vítima pode ir a uma
farmácia ou supermercado participante da ação e mostrar um X vermelho desenhado
em uma das suas mãos ou em um papelRafaela Felicciano/Metrópoles
Na fotografia colorida, a mulher mostra a mão levantada com
o sinal vermelho
Representantes ou entidades representativas de farmácias,
condomínios, supermercados e hotéis em todo DF que quiserem aderir à campanha
devem enviar um e-mail para sinalvermelho@mulher.df.gov.brPaulo H.
Carvalho/Agência Brasília
Na fotografia colorida, mostra-se a entrada de uma das
unidades do CEAM no DF
Os centros especializados de Atendimento às Mulheres (Ceams)
oferecem acolhimento e acompanhamento multidisciplinar. Os serviços podem ser
solicitados por meio de cadastro no Agenda DFAgência Brasília
Fotografia colorida. Homem aparece ameaçando agredir a
mulher que tenta se defender
Os núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência
Doméstica (NAFAVDs) oferecem acompanhamento psicossocial às pessoas envolvidas
em situação de violência doméstica e familiar. O NAFAVD recebe encaminhamentos
pela Justiça ou Ministério Público. Os autores de violência podem solicitar
atendimento sem encaminhamentoAgência Brasília
Na fotografia colorida, a mulher aparece com a cabeça
abaixada e a mão na testa
A Campanha Mulher, Você não Está Só foi criada para
atendimento, acolhimento e proteção às mulheres em situação de violência que
pode ter sido consequência, ou simplesmente agravada, pelo isolamento
resultante da pandemia. Basta ligar para (61) 99415-0635Hugo Barreto/Metrópoles
Na fotografia em preto e branco a boca da mulher está
tampada com uma fita
Getty Images
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