terça-feira, 28 de junho de 2022

PM apreende toneladas de maconha em mansão na Pampulha, em BH

 Estoque da droga era vigiado por apenas uma pessoa. Segundo o suspeito, duas a três toneladas de maconha seriam distribuídas na Região Metropolitana de BH

27/06/2022 17:00 - atualizado 27/06/2022 18:44


O guardião das drogas, preso em flagrante, afirmou que a maconha veio do Paraguai e seria distribuída em Belo Horizonte e Região Metropolitana(foto: Polícia Militar)

A Polícia Militar apreendeu na tarde desta segunda-feira (27/6) entre duas e três toneladas de maconha em uma mansão na orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. Um indivíduo que fazia a guarda da droga foi preso pelos militares.
 
A mansão utilizada para armazenamento da substância foi localizada por ações coordenadas de inteligência da Polícia Militar. Ao chegar à residência, por volta das 13h, os policiais da 3ª Companhia Independente de Policiamento Especializado abordaram um indivíduo em um veículo e encontraram pequenas quantidades de maconha.
Dentro da mansão, os militares contaram com o auxílio de cães farejadores para ter acesso a uma grande quantidade do entorpecente. Segundo o indivíduo preso em flagrante, são entre duas e três toneladas de maconha.
 
A droga originária do Paraguai seria distribuída em Belo Horizonte e na Região Metropolitana. O homem preso pelos policiais afirmou que recebia 7 mil reais por mês para fazer a guarda da substância. Ele será encaminhado para a Polícia Federal.

O capitão Ricardo Lima, da 3ª Companhia Independente de Policiamento Especializado, disse se tratar da maior apreensão de maconha na mesma operação em 2022. Segundo ele, os envolvidos no esquema provavelmente fazem parte de uma organização criminosa bem consolidada.
 
“A logística de trazer as drogas de fora do país e alugar uma casa na orla da Lagoa da Pampulha sem nenhuma suspeita indica que não estamos lidando com amadores. São pessoas que já têm experiência no tráfico internacional de drogas”.


*Estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Arruda

 https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2022/06/27/interna_gerais,1376277/pm-apreende-toneladas-de-maconha-em-mansao-na-pampulha-em-bh.shtml

                                                                   


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Licenças para armas crescem quase cinco vezes no governo Bolsonaro; Exército tem 674 mil autorizações ativas, mostra Anuário

Apesar de ter 14% da população brasileira, segundo IBGE, a região Sul tem 25% dos registros de caçador, atirador e colecionador (CAC) de armas emitidos no Brasil. Dados são do Anuário de Segurança Pública.

Por Victor Farias, g1 — São Paulo

 

28/06/2022 10h00  Atualizado há um mês

O número de pessoas com certificado de registro de armas de fogo cresceu 474% durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Os dados são do Anuário de Segurança Pública, com base em informações do Exército, e levam em consideração registros para atividades de caçador, atirador desportivo e colecionar (CAC) até 1º de julho de 2022. Há ainda outros tipos de registros, que também notificaram crescimento.

 

Em 2018, antes de Bolsonaro assumir, o número de pessoas com registros CAC era de 117,5 mil. Ou seja, 56 brasileiros a cada 100 mil possuíam licença para armas. Agora há 673,8 mil registros. Isso quer dizer que, a cada cem mil pessoas, 314 têm a autorização.

 

 

Os pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Isabel Figueiredo, Ivan Marques e David Marques alertam para o aumento "descontrolado" do número de armas e munição em circulação, incluindo as de alta poder destrutivo, como fuzis. E as potenciais consequências, como o desvio de armas regulares para o crime.

 

"Em síntese, há um conjunto de ingredientes que desconsideram as evidências científicas sobre o impacto de longo prazo que armas de fogo e munições exercem na sociedade brasileira e que preparam o país para um cenário literalmente explosivo", afirmam os pesquisadores.

 

CACs predominam no Sul

O mais populoso estado do país, São Paulo, concentra a maior parte dos registros CAC (26%), seguido pelo grupo que inclui Paraná e Santa Catarina (16% do total). O outro estado do Sul do país, Rio Grande do Sul, representa 11% do total.

 

Ou seja, apesar de ter 14% da população brasileira, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021, a região Sul tem 25% dos registros CAC no Brasil.

 

Número de armas de fogo com registros ativos em acervos CAC

 

Regiões Atirador desportivo        Caçador               Colecionador     Total

Brasil     765.990                99.446   91.915   957.351

1ª RM (RJ e ES) 25.987   1.016     11.640   38.643

2ª RM (SP)         213.490                10.908   43.171   267.569

3ª RM (RS)         95.120   41.227   7.661     144.008

4ª RM (MG, exceto Triângulo Mineiro)  49.032   2.983     4.151     56.166

5ª RM (PR e SC) 140.565                14.483   6.233     161.281

6ª RM (BA e SE) 25.614   134         1.165     26.913

7ª RM (PE, RN, PB e AL) 33.611   418         3.835     37.864

8ª RM (MA, PA e AP)      17.418   197         1.113     18.728

9ª RM (MT e MS)             28.533   11.140   2.189     41.862

10ª RM (CE e PI)               27.959   69           1.189     29.217

11ª RM (DF, GO, TO e Triângulo Mineiro)             90.090   16.769   9.137     115.996

12ª RM (AM, AC, RO e RR)           18.571   102         431         19.104

Fonte: SIGMA/Exército Brasileiro — Anuário de Segurança Pública

Mais armas particulares do que públicas

Além dos registros CAC, com base no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, o Anuário aponta um crescimento no número de posses de arma ativos no Brasil. De 2017 a 2021, a quantidade cresceu 133,6%, passando de 638 mil para 1,5 milhão. Em relação ao porte, a variação de 2020 a 2021 foi de 15,9%, passando de 48,6 mil pessoas autorizadas para 56,3 mil.

 

 

O número de registros de armas ativos na Polícia Federal aumentou 20,8% entre 2020 e 2021, passando de 1,2 milhão para 1,5 milhão. A maior parte dessas armas são pistolas (454 mil), seguidas por espingardas (172 mil).

 

Registros de arma de fogo ativos na PF

 

Brasil e Unidades da Federação 2020      2021

Brasil     1.233.745             1.490.323

Acre      12.931   15.778

Alagoas 16.239   18.245

Amapá 5.502     6.076

Amazonas          10.217   11.805

Bahia     41.416   48.471

Ceará    21.504   25.316

Distrito Federal 232.859                243.806

Espírito Santo   29.227   41.106

Goiás    53.551   64.137

Maranhão          17.029   22.119

Mato Grosso     35.942   52.380

Mato Grosso do Sul        19.177   24.645

Minas Gerais     109.507                142.662

Pará       25.908   35.483

Paraíba 16.552   19.345

Paraná  73.463   90.218

Pernambuco     28.198   34.394

Piauí      11.368   13.801

Rio de Janeiro   53.161   66.969

Rio Grande do Norte      16.169   19.282

Rio Grande do Sul            118.515                145.115

Rondônia            21.518   29.821

Roraima               4.366     5.679

Santa Catarina  78.007   95.282

São Paulo            162.967                194.331

Sergipe 8.644     11.287

Tocantins            9.808     12.770

Fonte: SINARM/Polícia Federal — Anuário da Segurança Pública

Os dados mostram que há mais armas de fogo em poder de particulares do que em estoques institucionais de órgãos públicos, como as polícias civis, federal, rodoviária federal e guardas municipais, além de instituições como Tribunais de Justiça e Ministério Público.

 

Das 1.490.323 armas de fogo com registro ativo em 2021, apenas 384.685 estavam ligadas a órgãos públicos, segundo o Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal. Quando analisados os dados de cidadãos, também é possível notar que o Sul do Brasil tem uma proporção alta de registros, em relação à população da região. 

 

Empresas de segurança privada (especializadas ou orgânicas) ou outros tipos de pessoas jurídicas (empresas comerciais, revendedores, importadores, etc.) somaram 275.598 armas. Servidores públicos com direito a porte por prerrogativa de função possuíam 130.545, enquanto caçadores de subsistência e cidadãos somaram 698.576 armas.

 

O Exército não divulgou os estoques institucionais das forças armadas, polícias militares e corpos de bombeiros militares estaduais. Mas informou que, em 2022, havia 1.781.590 registros ativos em estoques particulares, sendo 957.351 em posse de CACs.

 

Os dados do exército incluem as CAC e armamentos usados por policiais, bombeiros, militares, integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

 

 

1 em cada 3 armas está irregular

De acordo com a Polícia Federal, 1.542.168 armas de fogo estão com a licença expirada, mostra o Anuário. Como não deixam de existir após a data de vencimento do registro, essas armas se tornam irregulares.

 

"Podemos considerar que o total de armas de fogo em acervos particulares é de 4.429.396, entre registros regulares (Sinarm e Sigma) e irregulares (no Sinarm). Entre outros aspectos, isso significa dizer que de cada 3 armas de fogo em estoques particulares, 1 está em situação irregular", afirmam os pesquisadores.

Apreensões caem

O levantamento do Anuário indica que houve uma redução de 2,1% no número de armas apreendidas entre 2020 e 2021 — de 114 mil para 112 mil. Os dados são da Polícia Federal e das secretarias estaduais.

 

O número de registros ocorrência de posse ilegal também caiu: eram 11,2 por 100 mil habitantes, e chegaram a 10,6, uma redução de 4,9%. Já os registros de porte ilegal de arma cresceram. A taxa por 100 mil habitantes era de 14,4 em 2020 e passou para 14,6 em 2021, um aumento de 1,6%.

 

Os pesquisadores do FBSP afirmam que a fiscalização das armas e munições é falho e seus problemas começam já nas atribuições do Exército e da Polícia Federal, mas envolvem também a falta de recursos e de dados de monitoramento.

 

 

"Não é de hoje a defasagem de sistemas e a incapacidade de investigar armas desviadas ao crime. Com exceção do heroico trabalho realizado pela Polícia Federal em rastrear munições marcadas e armas de fogo, é raro o trabalho investigativo sobre armas e munições encontradas em cenas de crime por parte das polícias civis estaduais. O que gera impunidade para crimes como tráfico de armas ou desvios do mercado legal para o ilegal."

 

O que diz a lei

A lei em vigor permite que os atiradores comprem até 60 armas, sendo que 30 de uso restrito, como fuzis. Além da compra anual de até 180 mil balas.

 

Os caçadores podem comprar até 30 armas, 15 delas de uso restrito e até seis mil balas.

 

Já para os colecionadores a lei não impõe um limite. Diz apenas que eles podem comprar até cinco peças de cada modelo de arma, e também seis mil balas.

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2022/06/28/licencas-para-armas-crescem-quase-cinco-vezes-no-governo-bolsonaro-exercito-tem-674-mil-autorizacoes-ativas-mostra-anuario.ghtml

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