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quarta-feira, 15 de junho de 2022
Na América Latina, Brasil só deve crescer mais que Haiti e Paraguai este ano, aponta Banco Mundial
Levantamento não inclui dados da Venezuela, por falta de confiabilidade nos levantamentos. Inflação de 2 dígitos e investimento baixo devem brecar PIB brasileiro.
Por Laura Naime, g1
07/06/2022
O Brasil começou o ano com um crescimento sólido da economia – uma alta de 1% de janeiro a março sobre o trimestre anterior, segundo dados do IBGE. Mas essa expansão deve perder força graças à inflação de dois dígitos e ao investimento baixo, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (7) pelo Banco Mundial.
Com isso, após um crescimento esperado de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB) este ano, a economia do país deve crescer apenas 0,8% em 2023 – menos de 1/3 da alta de 3% esperada para a economia global, e de metade da alta de 1,9% prevista para a América Latina.
Considerando os países da América Latina e Caribe, o Brasil só deve crescer mais este ano que o Haiti (-0,4%) e o Paraguai (0,7%), entre os países com previsões feitas pelo Banco Mundial(o banco não divulga dados sobre a Venezuela por falta de confiabilidade). Já a projeção de alta de 0,8% no PIB brasileiro para o próximo ano é a menor entre os países da região, empatada com a do Chile.
Assim, o crescimento brasileiro, tanto este ano quanto no próximo, deve ser menor que as altas esperadas para o México e a Argentina: enquanto o primeiro deve crescer 1,7% e 1,9% em 2022 e 2023, respectivamente, o segundo deve ver altas de 4,5% e 2,5%.
segundo deve ver altas de 4,5% e 2,5%.
Entre as maiores economia de cada região, as expansões projetadas para a economia brasileira deste ano e do próximo só perdem para os dados da Rússia, segundo os números do Banco Mundial
Estimativas para o PIB das maiores economias de cada região
Desempenho esperado para o Brasil entre os locais selecionados só é melhor que o da Rússia.
Rússia.
2022
2023
Federação Russa
−8,9%
−2,0%
BRASIL
1,5%
0,8%
México
1,7%
1,9%
Japão
1,7%
1,3%
África do Sul
2,1%
1,5%
Turquia
2,3%
3,2%
Estados Unidos
2,5%
2,4%
Zona do Euro
2,5%
1,9%
Economias avançadas
2,6%
2,2%
Tailândia
2,9%
4,3%
Mundo
2,9%
3,0%
Angola
3,1%
3,3%
República Árabe do Egito
3,3%
6,1%
Nigéria
3,4%
3,2%
Emergentes e em desenvolvimento
3,4%
4,2%
República Islâmica do Irã
3,7%
2,7%
Polônia
3,9%
3,6%
Paquistão
4,3%
4,0%
China
4,3%
5,2%
Argentina
4,5%
2,5%
Indonésia
5,1%
5,3%
Bangladesh
6,4%
6,7%
Arábia Saudita
7,0%
3,8%
Índia
7,5%
7,1%
Projeções globais e risco de stagflação
No relatório divulgado nesta terça, o Banco Mundial aponta que, em paralelo aos danos causados pela pandemia de Covid-19, a invasão russa na Ucrânia aumentou a desaceleração da economia global, que está ingressando em um período potencialmente prolongado de crescimento fraco e inflação elevada.
"Isso eleva o risco de estagflação, com possíveis consequências prejudiciais tanto para as economias de média como de baixa renda", diz o relatório.
O crescimento global tem previsão de alta de 2,9% em 2022 – bem abaixo dos 5,7% de 2021. Em janeiro, o Banco Mundial estimava uma alta de 4,1% no PIB global este ano.
Segundo a instituição, esse ritmo de crescimento deve perdurar até 2023-24, já que a guerra na Ucrânia interfere nas atividades, nos investimentos e no comércio no curto prazo, a demanda reprimida desaparece e a acomodação da política fiscal e monetária é suspensa.
O banco estima ainda que, por conta dos danos causados pela pandemia e pela guerra, o nível de renda per capita nas economias em desenvolvimento este ano ficará aproximadamente 5% abaixo das tendências pré-pandêmicas.
"A guerra na Ucrânia, os períodos de confinamento na China, as interrupções na cadeia de abastecimento e o risco de estagflação estão prejudicando o crescimento. Para muitos países, será difícil evitar a recessão,” declarou em nota David Malpass, presidente do Grupo Banco Mundial.
Uma operação entre a Polícia Militar mineira, Polícia Militar de São Paulo e o Ministério Público resultou na prisão de um casal em Campinas, no estado de São Paulo, na manhã desta terça-feira (14). Eles eram procurados pela Polícia mineira por envolvimento no tráfico de drogas e homicídios em Itabira, no Centro do estado.
Segundo informações, o homem de 34 anos e a mulher, de 27, moravam no bairro Água Fresca, em Itabira. Eles eram um dos principais fornecedores de drogas na região e trabalhavam com o apoio de outros traficantes de todo o país.
Após o mandado de prisão para a dupla ser expedido, eles fugiram para Campinas, onde utilizavam documentos falsos. O casal chegou a abrir uma empresa com o novo nome.
O casal foi preso e está à disposição da Justiça.
Outra prisão em São Paulo
A Polícia Civil prendeu, na manhã desta terça-feira (14), o suspeito de matar uma professora de 45 anos em Pará de Minas. Ele foi preso na região central de São Paulo.
A vítima estava desaparecida desde o dia 7 de maio. Uma semana após o desaparecimento ser comunicado, o corpo dela foi encontrado em Pequi, cidade vizinha de Pará de Minas, carbonizado e sem identificação. O IML identificou o corpo como sendo da professora.
Nesta segunda-feira (13), os investigadores obtiveram a informação de que o suspeito estava hospedado em um hotel de São Paulo. Com o mandado de prisão preventiva, eles conseguiram efetuar a prisão do investigado, ex-companheiro da vítima, que não ofereceu resistência.
O suspeito de 38 anos foi encaminhado para uma Delegacia de São Paulo, onde foi ouvido e, depois, levado para o sistema prisional.
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