Casos são investigados, sob sigilo, pelo Ministério Público Federal. Durante semanas, a nossa reportagem ouviu os relatos das vítimas
Até hoje, costuma ser convidado para solenidades
presidenciais importantes, e se coloca sempre ao lado de Jair Bolsonaro. Há
duas semanas, por exemplo, ocupou lugar de destaque na cerimônia realizada na
Bolsa de Valores de São Paulo para que fosse batido o martelo da privatização
da Eletrobrás. Um pouco antes, quando o presidente foi a Pernambuco para
sobrevoar áreas atingidas por enchentes e anunciar o envio de recursos federais
para o estado, lá estava ele. Na live da semana passada, era convidado de
honra, paramentado com um colete estampado com a logomarca da Caixa. Nesta
terça-feira (28/6), ele acompanhou Bolsonaro na entrega de moradias populares
em Maceió.
Graças à visibilidade que ganhou a partir da entrada para o governo, Pedro Guimarães planejava até sair candidato a deputado ou a senador nas próximas eleições. Acabou desistindo depois de ser apresentado a pesquisas pouco animadoras sobre suas chances de vitória.
Carioca, antes de chegar a Brasília Guimarães já havia
percorrido uma longa trajetória no mercado financeiro. Ocupou cargos elevados
em bancos importantes e em fundos de investimentos. Ao assumir a Caixa, o economista
fez questão de ecoar o discurso que elegeu Bolsonaro. Quando o governo ainda
não tinha se aliado ao Centrão, dizia que era preciso agir contra a roubalheira
dos indicados do grupo que haviam ocupado altos cargos no banco durante a era
petista.
Com um estilo um tanto exótico de administrar, causou
polêmica tempos atrás ao aparecer em vídeos ordenando que empregados da
instituição fizessem flexões durante uma cerimônia pública, a pretexto de
motivá-los. Acabou processado por constranger os subordinados indevidamente.
Técnicas semelhantes de “motivação” chegaram a ser usadas por ele no dia a dia
no imenso edifício que abriga a sede nacional da Caixa, na região central de
Brasília.
Por um período, quando decidia descer pelas escadas as duas
dezenas de andares que separam o seu gabinete do térreo, saía colhendo os
funcionários que encontrava pelo caminho à espera do elevador e os convocava
para acompanhá-lo no “exercício”. Não restava alternativa para quem recebia o
chamado: dizer não à convocação do presidente em seus expedientes quase
militares poderia virar um problema.
Nos bastidores da Caixa, já há algum tempo correm relatos de
que, para além dessas questionáveis sessões de coaching impostas aos
empregados, Guimarães coleciona episódios de assédio sexual dentro do banco.
Nada, porém, havia avançado para providências capazes de colocar em xeque sua
permanência no cargo. Até agora.
No fim do ano passado, um grupo de funcionárias decidiu
romper o silêncio e denunciar as situações pelas quais passaram. Há mais de um
mês, a coluna vem colhendo os relatos de algumas dessas mulheres. Todas elas
trabalham ou trabalharam em equipes que servem diretamente ao gabinete da
presidência da Caixa. Cinco concordaram em dar entrevistas, desde que suas
identidades fossem preservadas. Elas dizem que se sentiram abusadas por Pedro
Guimarães em diferentes ocasiões, sempre durante compromissos de trabalho.
Os depoimentos são fortes. As mulheres relatam toques
íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites heterodoxos,
incompatíveis com o que deveria ser o normal na relação entre o presidente do
maior banco público brasileiro e funcionárias sob seu comando.
A iniciativa dessas mulheres levou à abertura de uma
investigação que está em andamento, sob sigilo, no Ministério Público Federal.
Algumas das funcionárias que concordaram em falar para esta reportagem já
prestaram declarações oficialmente aos procuradores. Outras deverão ser
convidadas a depor em breve. Este é o primeiro caso público de assédio sexual
envolvendo um alto funcionário do governo Jair Bolsonaro.
Vários dos testemunhos estão relacionados a viagens
realizadas por Pedro Guimarães como parte do programa Caixa Mais Brasil, criado
por ele para descentralizar a gestão e dar mais visibilidade ao banco pelo país
afora. Desde janeiro de 2019, foram realizadas mais de 140 visitas a cidades de
todas as regiões.
Com outros executivos e um séquito de funcionários – e
funcionárias – que o acompanham a partir de Brasília, Guimarães visita
agências, se reúne com autoridades locais e conhece projetos sociais
financiados pelo banco. As viagens ocorrem principalmente nos finais de semana.
O presidente, seus auxiliares mais próximos e os demais
funcionários que integram a comitiva ficam hospedados em hotéis e participam de
eventos e confraternizações durante os quais, de acordo com os depoimentos,
ocorreram vários dos episódios.
A seguir, reproduzimos os principais relatos obtidos nas
entrevistas realizadas com as funcionárias da Caixa que concordaram em falar –
algumas, vale dizer, ocupam posições relevantes na estrutura do banco. Elas
terão as identidades preservadas, como pediram, e serão identificadas ao longo
do texto por nomes fictícios. Detalhes das situações que as mulheres narram
foram subtraídos para evitar que, a partir dos relatos, elas possam ser
reconhecidas. Pedro Guimarães foi procurado pela coluna, mas não aceitou falar
até a publicação desta reportagem. A Caixa enviou uma nota na qual diz não ter
conhecimento das denúncias (leia a íntegra ao final da reportagem).
“Dono das mulheres”
Ana afirma que, a depender da proximidade que tem com
algumas das mulheres, Pedro Guimarães passa a se sentir “dono” delas. “É comum
ele pegar na cintura, pegar no pescoço. Já aconteceu comigo e com várias
colegas”, diz. “Ele trata as mulheres que estão perto como se fossem dele.” A
reportagem teve acesso a registros que corroboram o relato, mas optou por não
exibi-los para não expor a funcionária envolvida. Ana relata que, diante de
negativas das subordinadas, ele insiste: “Ele já tentou várias vezes avançar o
sinal comigo. É uma pessoa que não sabe escutar não”. “Quando escuta, vira a
cara e passa a ignorar. Quando me encontrava, nem me cumprimentava mais”,
completa.
“Discos voadores”
Dentro da Caixa, uma prática apontada como comum na atual
gestão deu origem a um epíteto: “discos voadores”. Assim são chamadas as
mulheres que, durante as viagens pelo país, despertam a atenção do presidente
do banco a ponto de ele chamá-las para atuar em Brasília. Por vezes, diz uma
das mulheres, funcionárias são promovidas hierarquicamente mesmo sem preencher
os requisitos necessários e acabam transferidas para a sede, por conveniência
de Guimarães.
“Mulher bonita é sempre escolhida para viajar”
A escolha das mulheres que integram a comitiva de Pedro
Guimarães nas viagens do programa Caixa Mais Brasil é feita diretamente pelo
gabinete dele, denunciam as funcionárias. As selecionadas são comunicadas,
segundo Ana, como quem recebe a notícia de que acabou de ganhar um prêmio. E o
critério da seleção, diz Valéria, outra funcionária, é definido de acordo com
as preferências de Guimarães: “Tem um padrão. Mulher bonita é sempre escolhida
para viajar”. “Ele convida para as viagens as mulheres que acha interessantes”,
afirma.
“Você gosta de sauna?”
Entre os relatos há algo que aparece em mais de uma oportunidade: convites, durante as viagens, para as funcionárias irem à piscina ou à sauna na companhia do presidente do banco nos horários de folga na agenda. “Ele me chamou para ir para sauna com ele. Perguntou: ‘Você gosta de sauna?’. Eu disse: ‘Presidente, eu não gosto’. Se eu tivesse respondido que gosto, ele daria prosseguimento à conversa. De que forma eu falo não? Então, eu tenho que falar que não gosto. É humilhante. Ele constrange”, diz Thaís. Ela afirma que, na mesma viagem, Guimarães a beliscou. Thaís diz que aquela foi uma das primeiras vezes em que foi destacada para viajar com o presidente da Caixa. “Ele praticamente nunca tinha me visto antes.” Beatriz, mais uma das funcionárias que se sentiram assediadas, relata que, depois de Guimarães puxar conversa sobre suas habilidades de nadador (na juventude, ele chegou a participar de competições), também recebeu um convite que classifica como estranho para nadar. “Eu falei que não ia”, diz. Ela afirma que recusou por ter entendido que havia segundas intenções no chamado.
“E se o presidente quiser transar com você?”
Cristina diz que, em outra viagem, duas funcionárias da
equipe foram chamadas para ir à piscina do hotel encontrar Pedro Guimarães. Ao
chegar lá, entenderam qual era a ideia. Primeiro, elas se sentiram
constrangidas a assistir à performance dele na piscina. “Ele parecia um boto,
se exibindo. Era uma espécie de dança do acasalamento”, diz ela. Depois,
afirma, uma das mulheres ouviu uma proposta indecente, feita por uma pessoa bem
próxima a Guimarães: “E se o presidente quiser transar com você?”.
Chamados para ir ao quarto
Outro ponto presente nos relatos são os chamados – tarde da
noite, inclusive – para funcionárias irem ao quarto de Pedro Guimarães. Duas
delas dizem já ter recebido pedidos para que levassem a ele itens dos quais
estava precisando com suposta urgência: remédio, carregador de celular, bolsa
que havia ficado no carro. “Ele pede carregador de celular, sal de fruta,
remédios”, diz Beatriz. Ao chegar ao quarto, dizem as funcionárias, vem o
constrangimento.
“Toma um banho e vem aqui para a gente conversar”
Beatriz relata que, em uma dessas situações, esteve na porta
do quarto de Guimarães para entregar o que ele pedira e, então, foi convidada a
voltar na sequência para “discutir a carreira”. “Ele falou assim: ‘Vai lá, toma
um banho e vem aqui depois para a gente conversar sobre sua carreira’. Não
entendi. Na porta do quarto dele. Ele do lado de dentro (do quarto) e eu um
metro para fora. Falei assim: ‘Depois a gente conversa, presidente’. Achei
aquilo um absurdo. Não ia entrar no quarto dele. Fui para meu quarto e entrei
em pânico”. Em outra ocasião, ao atender o chamado, a funcionária encontrou
Guimarães de samba-canção: “Ele abriu a porta com um short, parecia que estava
sem cueca. Não estava decente. A sensação que tinha era que estava sem (cueca).
Muito ruim a sensação”. “É hostil”, diz Ana, a outra funcionária que relata já
ter sido chamada à noite para ir ao quarto de hotel em que Guimarães estava
para entregar um carregador de celular. Beatriz afirma que tem crises de pânico
quando é escalada para novas viagens. “Tenho pânico de ter que trabalhar com
ele. Tenho medo da pessoa. Agora eu tento literalmente me esconder nas
agendas”, afirma. “Agora, quando viajo, coloco cadeira na porta do quarto. Fico
com medo de alguém bater.”
“Se ele tem o poder, você tem que fazer”
Todos os relatos têm como pano de fundo a relação de poder e
a posição de mando de Guimarães. “A posição em que ele se coloca deixa as
mulheres muito constrangidas. Se ele tem o poder, você tem que fazer, tem que
fazer o que ele mandar, independentemente do que seja”, afirma Thaís, a
funcionária que diz ter sido convidada por ele para ir à sauna e, na mesma
viagem, recebeu um beliscão. “Ele chega de forma muita invasiva e
constrangedora”, prossegue.
“Conceito deturpado de meritocracia”
A lógica das abordagens, dizem as mulheres, é sempre a
mesma. Elas afirmam que Guimarães trabalha com a ideia de que quem aceita as
investidas pode ganhar vantagens, como ascensão na carreira. “Sempre tem
perguntas do tipo: ‘Quero saber se você está comigo ou não, se eu posso contar
com você’”, diz Cristina. “É um conceito deturpado de meritocracia. Para ele,
meritocracia é atendê-lo”, afirma Valéria.
“Vou botar aí na frente”
Thaís conta que, durante um evento em uma viagem ao
Nordeste, Guimarães se aproximou. Queria que ela guardasse um cartão e o
telefone celular dele. “Ele veio com o cartão de acesso do quarto e o celular,
querendo que eu guardasse. Eu falei: ‘Presidente, minha mão está ocupada”.
Thaís estava segurando um presente que Guimarães havia acabado de ganhar. Foi
então que ele reagiu de uma maneira que a surpreendeu – e a fez, depois,
considerar que aquele era um caso de assédio. “Ele veio e enfiou o celular e o
cartão no meu bolso e falou: ‘Eu vou botar aí na frente’. Na hora, não tive
reação. Pensei: ‘Botar na frente? Fiquei meio assim…”, afirma. “Foi nessa
mesma viagem que, mais tarde, ele me chamou para ir para a sauna”, diz ela.
“Ele passou a mão em mim”
Beatriz afirma que, para além dos convites para nadar e dos
chamados para ir ao quarto de Guimarães, foi surpreendida durante outra viagem,
desta vez para uma capital da região Sudeste. Ela afirma que, depois de
concluídos os trabalhos, ele estava deixando o salão onde havia jantado quando
a chamou para repassar a agenda do dia seguinte e, de repente, enquanto
caminhavam, avançou o sinal. “Ele passou a mão em mim. Foi um absurdo. Ele
apertou minha bunda. Literalmente isso”, afirma. Ao fazer o relato, Beatriz
chora. “Nunca precisei disso na minha vida para ganhar cargo. Prefiro até não ter
cargo, mas nunca precisei disso.” Beatriz conta que, na hora, saiu de perto do
chefe a passos largos. E que, assustada, procurou um colega que estava nas
proximidades. “Falei com esse colega: ‘Fica aqui falando comigo’. Ele respondeu
que não estava entendendo nada. Eu disse: ‘Não me solta, só fica conversando,
como se nada tivesse acontecido. Finge que estou tratando alguma coisa com
você. Nem olhei para trás”, relata. Era para dar tempo de Guimarães sair do
ambiente, diz ela. O colega, afirma, continuou sem entender nada. “Nem contei a
ele o que tinha acontecido. Depois, subi para o meu quarto e desabei. Chorei,
desesperada, em pânico. Ela diz que nunca falou sobre o episódio antes por
achar que o relato jamais resultaria em punição para o presidente do banco.
“Hoje ainda trabalho nas agendas de vez em quando. Mas tento não ficar perto.
Quando tenho que viajar, tenho crise de ansiedade”, afirma.
“Ninguém vai ser de ninguém”
Cristina afirma que, em uma viagem para uma importante
cidade nordestina, Pedro Guimarães convidou um grupo restrito de integrantes da
comitiva que o acompanhava para um jantar. Foram todos para um restaurante. Já
era noite. À mesa, diz ela, ele foi se empolgando. A viagem fazia parte da
programação do Caixa Mais Brasil. A certa altura, afirma Cristina, Guimarães
disse que uma das excursões seguintes do programa deveria ser para Porto
Seguro, na Bahia. E que, para essa viagem, tinha uma ideia especial: organizar
uma espécie de micareta privê, na qual ninguém seria de ninguém. “Ele disse: ‘A
gente vai fazer um carnaval fora de época (…) Ninguém vai ser de ninguém. E vai
ser com todo mundo nu’”, relata Cristina. Ela diz que, a pedido de Guimarães,
um assessor próximo anotou na agenda um lembrete para incluir a cidade baiana
na lista dos roteiros futuros. Cristina afirma que ele se virou para ela e
prometeu rasgá-la, até sangrar. “Ele me falou: ‘Vou te rasgar. Vai sangrar’”.
Na mesma ocasião, diz ela, Guimarães pôs pelo menos dois amigos que também
trabalham na Caixa para falar por telefone com as funcionárias que estavam à
mesa e começou a “arranjar casais”: “Ele dizia, apontando para nós: ‘nessa
viagem fulano vai pegar você, beltrano vai pegar você’. Foi nojento”. A
reportagem ouviu dois outros funcionários que estavam no mesmo jantar. Sob
reserva, eles confirmam o relato. Os três – Cristina e os dois colegas – já
foram ouvidos na investigação em andamento no Ministério Público.
A “mãozona” no mar
Já era tarde da noite e a programação oficial do Caixa Mais
Brasil na cidade do litoral do Nordeste havia sido concluída com êxito.
Cristina afirma que, após o jantar, Pedro Guimarães levou uma parte do grupo
que o acompanhava até a areia da praia. Logo depois, diz, ele propôs que todos
entrassem no mar para tirar uma foto. “Na hora, ele derrubou a gente na água.
Ficamos no mar por um tempo, e ele ficava circulando entre os grupos. De vez em
quando ele aparecia do meu lado. Teve uma hora em que ele chegou e perguntou:
‘Você confia em mim? Confia na minha gestão? Você está comigo agora. Vem cá, me
abraça”, afirma ela. Cristina conta que, constrangida, não sabia o que fazer.
“Aí ele disse: me abraça direito, porra. E deu umas catracadas, e passou a mão
em mim. Na hora de tirar a mão, passou a mão no meu peito”, diz a funcionária.
Valéria, que também estava no grupo, faz um relato semelhante. “Eu estava com a
roupa molhada. Ele chegou perto, disse que gostava muito de mim, perguntou se
eu estava feliz e passou a mão na minha bunda”, conta. “Foi uma mãozona. Ali,
ficou muito claro (o assédio). Foi como se ele dissesse: ‘Se você der para mim,
você vai ser promovida’”, emenda. Valéria diz que entendeu a abordagem como uma
proposta “para entrar para o clã da orgia” de Guimarães. Esse episódio consta
dos relatos levados ao conhecimento de procuradores do Ministério Público
Federal.
O medo de denunciar
As mulheres são unânimes ao responder que não denunciaram
antes as situações sobre as quais estão falando agora por medo de serem
perseguidas. Elas dizem não confiar nos canais de denúncias internas do banco –
na Caixa, há um setor, a Corregedoria, que tem entre suas atribuições a
apuração de casos do tipo. Uma das funcionárias afirma ter conhecimento do caso
de uma colega de trabalho que resolveu comunicar uma situação de assédio que
experimentou dentro da instituição, mas logo depois sua “denúncia” chegou às
mãos de funcionários do gabinete de Guimarães. “A gente tinha muito receio,
porque a corda arrebenta sempre do lado mais fraco, porque em qualquer lugar em
que vá essa denúncia ele pode ter um infiltrado. E isso afeta o resto do meu
encarreiramento, no aspecto profissional. Então, era melhor esperar passar”,
afirma Thaís. “Noventa por cento das mulheres não vão falar porque ele tem
poder”, emenda. “Quando ele percebe que tem algum caso que representa risco, chama
para perto, mantém a mulher por perto. Ou então pede às pessoas próximas para
que elas sejam observadas”, afirma Ana.
A coluna fez uma série de perguntas a Pedro Guimarães, mas
não houve respostas pontuais. A Caixa Econômica Federal enviou a seguinte nota:
“A Caixa não tem conhecimento das denúncias apresentadas
pelo veículo. A Caixa esclarece que adota medidas de eliminação de condutas
relacionadas a qualquer tipo de assédio. O banco possui um sólido sistema de
integridade, ancorado na observância dos diversos protocolos de prevenção, ao
Código de Ética e ao de Conduta, que vedam a prática de ‘qualquer tipo de
assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coação ou ameaça’. A
Caixa possui, ainda, canal de denúncias, por meio do qual são apuradas
quaisquer supostas irregularidades atribuídas à conduta de qualquer empregado,
independente da função hierárquica, que garante o anonimato, o sigilo e o
correto processamento das denúncias. Ademais, todo empregado do banco participa
da ação educacional sobre Ética e Conduta na Caixa, da reunião anual sobre
Código de Ética na sua Unidade, bem como deve assinar o Termo de Ciência de
Ética, por meio dos canais internos. A Caixa possui, ainda, a cartilha
‘Promovendo um Ambiente de Trabalho Saudável’, que visa contribuir para a
prevenção do assédio de forma ampla, com conteúdo informativo sobre esse tipo
de prática, auxiliando na conscientização, reflexão, prevenção e promoção de um
ambiente de trabalho saudável.”
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