Encontro foi motivado por suspeita de 12 mortes provocadas pela doença.
Superintendência Regional de Saúde quer fortalecer vacinação na região.
Para discutir propostas de ação e prevenção contra a febre amarela, a Superintendência Regional de Saúde de Teófilo Otoni se reuniu na manhã desta segunda-feira (9) com representantes de cinco municípios do Vale do Mucuri. A medida se tornou necessária após a ocorrência de 12 mortes em hospitais da região com a suspeita dessa doença.
A superintende Márcia Otoni aponta que ainda não há a confirmação de que se trata de febre amarela, mas a vacinação será reforçada na região. “Estamos trabalhando com essa suspeição e é importante focar as ações porque febre amarela tem prevenção, a principal é a vacinação.
A principal ação agora é a busca ativa dos indivíduos que não foram vacinados, que nós chamamos de susceptíveis, aquele que ao longo da vida não tomaram duas doses de vacinas. É preciso que todos os indivíduos cheguem na vida adulta com duas doses da vacinação”, destaca.
A principal ação agora é a busca ativa dos indivíduos que não foram vacinados, que nós chamamos de susceptíveis, aquele que ao longo da vida não tomaram duas doses de vacinas. É preciso que todos os indivíduos cheguem na vida adulta com duas doses da vacinação”, destaca.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Teófilo Otoni, entre os mortos não há nenhum morador da cidade, apenas de municípios vizinhos como Ladainha, Malacacheta e Poté. O secretário José Roberto Corrêa explica os indícios que levam a crer, até o momento, que se trata de um surto de febre amarela na região.
“Primeiro porque as pessoas são todas moradoras da zona rural. Segundo porque depois que ocorreu as primeiras mortes com investigação se identificou casos de macacos mortos nas matas dessas regiões onde estão os casos que nós já falamos. Então se o macaco morreu, é provável que ele estava doente de febre amarela. Então como as pessoas vão à área silvestre para trabalhar, o risco de contaminação humano é grande e a gente está relacionando a morte dos macacos e de pessoas também com a febre amarela. Só precisamos confirmar isso com os exames que devem chegar nessas próximas 48 horas e que foram feitos na Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte”, aponta o secretário.
Outros casos
Neste ano, além das 12 mortes investigadas na microrregião de Teófilo Otoni, outras cinco mortes na microrregião de Caratinga também estão sendo analisadas com suspeita de febre amarela. Segundo a Secretaria de Saúde, entre 19 de dezembro e 5 de janeiro, cinco pessoas morreram após serem internadas no Pronto Atendimento Microrregional, com sintomas semelhantes a febre amarela silvestre.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, durante coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (9), em Belo Horizonte, foram notificados 23 casos suspeitos no estado, sendo que destes, 16 são casos prováveis de febre amarela, cujos pacientes apresentaram critério de caso suspeito, segundo o Guia de Vigilância em Saúde e com exame laboratorial preliminar reagente.
Como medida, a secretaria solicitou ao Ministério da Saúde reforço de mais 150 mil doses da vacina contra febre amarela. Ainda segundo a Secretaria de Estado de Minas Gerais, o último caso confirmado de febre amarela em humanos com transmissão dentro de Minas Gerais foi registrado em 2009, no município de Ubá, em caso que evoluiu para a cura.
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