terça-feira, 29 de março de 2011

MILITAR PRESO É SUSPEITO DE FINANCIAR A QUADRILHA....

CASO MARCELA: MILITAR PRESO É SUSPEITO DE FINANCIAR A QUADRILHA

TEÓFILO OTONI - O policial militar Delvano José Batista, 20, continua preso numa cela do 19° Batalhão de Polícia Militar. Ele é aluno do Curso Técnico de Segurança Pública para soldados e está sendo mantido em uma cela próximo ao pátio, nos fundos da unidade.
A prisão do militar aconteceu durante investigações da Polícia Civil que apurava uma série de roubos cometidos do início deste ano a meados de março. A PC chegou a uma quadrilha de assaltantes que tinha a participação da empresária Marcela Pimenta.
Quem revelou a participação do soldado e dos demais integrantes do grupo em alguns dos roubos da quadrilha foi Dieckson de Jesus Soares, 21. A PM o prendeu após um assalto realizado na sede de uma fazenda na região rural de Topázio (distrito de TO), que terminou com a morte do aposentado Agenor Laube, 86, assassinado por Dieckson com um tiro na barriga. O pensionista teria reagido ao roubo, que pretendia levar uma coleção de armas que possuía na propriedade.

Participação do militar

Segundo o delegado João Augusto, Delvano teria dado R$ 1 mil para ajudar a financiar o assalto no apartamento de Antônio Juscinei Gomes, 39, conhecido por ‘Nei’. O assalto aconteceu no dia 28 de fevereiro quando dois homens armados invadiram o apartamento da vítima, recém chegada dos Estados Unidos. Os assaltantes levaram objetos avaliados em R$ 15 mil em três malas. A vítima chegou a sofrer agressão dos criminosos.  Uma operação conjunta entre as Polícias Civil e Militar terminou com a apreensão de 200 gramas de maconha, armas de fogo e quase 80% dos objetos furtados na casa de Antônio Juscinei, além dos envolvidos na quadrilha. Entre eles a empresária Marcela Pimenta, moradora do prédio pertencente a Juscinei. Ela teria repassado as informações aos criminosos e dado fuga aos mesmos durante a simulação de um seqüestro em que ela teria sido obrigada pela dupla a levá-los em seu automóvel até a entrada da Nestlé, no bairro Pampulhinha, onde foi abandonada juntamente com o veículo.
O subcomandante do 19° BPM, capitão Miranda, informou à reportagem que foi aberto os procedimentos de apuração da participação do militar. Ele acrescenta que se comprovar a participação do soldado aluno, o mesmo será punido com advertência ou demissão. “O militar se encontra recolhido e preso no batalhão, mediante mandado de Justiça. Os fatos serão apurados. Se ele tiver alguma infração será penalizado. Ele poderá ser advertido ou até mesmo demitido dos quadros da corporação”, afirma o capitão.

Quadrilha

A quadrilha é composta, de acordo os estudos iniciais das polícias civil e militar, de cinco integrantes, ), Danilo Antônio Bremer (o Gordo), Mitsunoni de Oliveira (Japonês), Dieckson de Jesus Soares, a empresária Marcela Pimenta e o soldado aluno da Polícia Militar, Delvano José Batista.
A quadrilha teria realizado pelo menos três roubos desde o início do ano em T. Otoni. Eles teriam assaltado a Mercearia Santana, no bairro Ipiranga, o apartamento de Juscinei e a fazenda de Agenor Laube. Nem todos os crimes têm a participação de todos os integrantes. O esquema foi denunciado por Dieckson, preso durante perseguição policial após o assalto cometido na fazenda em Topázio. Neste crime ele estava acompanhado de outros três comparsas. O objetivo era roubar um pequeno arsenal de armas de Agenor que estavam na sede da propriedade.
A Polícia Civil promete para os próximos dias um relatório completo da participação de todos os envolvidos nos crimes estudados. Há a hipótese de outros envolvidos e a apuração de mais delitos praticados pelo bando.

Desaparecido no Rio de Janeiro?

Antonio Evaldo Rodrigues Freire, 35, ex-marido de Marcela Pimenta aparece em lista no Rio de Janeiro como desaparecido das vítimas das chuvas que caíram em Teresópolis no início do ano. A própria Marcela teria informado que seu marido estava desaparecido desde o dia 04 de janeiro. Ela chegou a registrar também um Boletim de Ocorrência na delegacia de T. Otoni sobre o sumiço do marido. Evaldo foi encontrado morto em 25 de janeiro, num matagal próximo ao posto T. Otoni, com indícios de suicídio. Um tio de Evaldo, Eduardo Costa, morador do Rio de Janeiro, denunciou ao DIÁRIO que o sobrinho havia relatado para a tia que sofria constantes ameaças de morte de Marcela. A Polícia Civil disse que apesar da tese inicial de auto-extermínio estão sendo avaliadas outras hipóteses para a morte de Evaldo.


Parte dos materiais roubados na residência de Antônio Juscinei. A polícia atribui ao soldado Delvano José Batista o repasse de R$ 1 mil à quadrilha como forma de financiar o assalto



Carro da empresária Marcela, usado para dar fuga a assaltantes durante roubo a um apartamento. Ela simulou ter sido seqüestrada para que os autores fugissem no veículo

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