Deputado gaúcho Sanderson defende a liberdade do ex-ministro da Justiça. Torres está preso preventivamente, acusado de omissão em relação aos atos golpistas
Nos últimos dias, a defesa do ex-ministro da Justiça tem
alegado que ele está em "profundo estado de depressão" e pensa
recorrentemente em suicídio. O deputado Sanderson recebeu autorização judicial
do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para
visitar o preso.
Em um vídeo publicado nas redes sociais após a visita,
Sanderson defende a liberdade de Torres. Para o parlamentar, Torres é o
"maior interessado" em esclarecer os fatos do dia 8 de janeiro e
alega que o ex-ministro da Justiça está sofrendo uma "grande injustiça".
O parlamentar destaca que Torres estava de férias nos
Estados Unidos quando os atos golpistas ocorreram e alega que ele "se
apresentou espontaneamente, com o objetivo de colaborar com as
investigações". Torres retornou ao Brasil após o ministro Alexandre de
Moraes determinar a sua prisão preventiva.
Torres não tem colaborado com as investigações
Apesar da declaração do deputado gaúcho, Torres forneceu
senhas inválidas à PF para acessar os dados em nuvem do celular dele, que
o ex-ministro alega ter perdido nos Estados Unidos quando retornou ao Brasil.
Com a iniciativa de dar as senhas, Torres sinalizava que passaria a colaborar com a apuração, mas, ao invés disso, alegou à PF que, devido a "lapsos de memória", passou as senhas incorretas. A defesa do ex-ministro tentou, pela segunda vez, pedir a liberdade dele, mas, na última sexta-feira (28/4), o pedido foi negado pelo ministro Luís Roberto Barroso.
Também na sexta-feira (28/4), o ministro Alexandre de Moraes
determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap-DF)
informe se é "conveniente" a transferência do ex-ministro da Justiça
para um hospital penitenciário, em razão do "quadro psíquico
alterado".
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