Suspeito disse à polícia que estava na casa da vítima quando foi impedido pelo médico de sair, além de ter sido ameaçado com uma faca
O médico Vinícius Soares Garcia, de 31 anos, foi morto a facadas na tarde desse sábado (22/4), em um apartamento no Centro de Belo Horizonte.
A Polícia Militar foi acionada na Avenida Augusto de Lima. Quando chegaram na porta do apartamento, os policiais viram uma poça de sangue na porta do imóvel. Um chaveiro foi acionado para abrir a porta e o corpo do médico foi localizado.
A perícia da Polícia Civil constatou 10 perfurações no peito, uma no rosto, três na mão esquerda, uma na mão direita, seis na cabeça e no pescoço e oito nas costas. O corpo foi levado para o IML e liberado pouco depois.
Em conversa com os outros moradores do prédio, a PM localizou o suspeito do crime, de 30 anos, internado no Hospital Espírita André Luiz. O médico que atendeu o homem contou que ele chegou ao hospital com cortes e hematomas pelo corpo, dizendo que foi abusado sexualmente.
De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito disse que conheceu Vinícius há cerca de 15 dias e que passou a noite de quinta-feira (20) e a sexta-feira (21) na companhia do médico e mais duas pessoas, que não soube identificar.
Ele ainda revelou que percebeu que foi drogado e abusado sexualmente, mas não soube dizer a hora exata que tudo aconteceu. Quando se deu conta do abuso, ele tentou sair do apartamento, mas foi impedido pelo médico, que o ameaçou com uma faca.
Ainda de acordo com o suspeito, ele entrou em luta corporal com o médico, tomou a faca e desferiu golpes contra ele. Ao perceber que a vítima estava morta, ele tentou se matar, mas sem sucesso.
Logo depois do crime, o suspeito foi ao consultório de um psiquiatra, que relatou um quadro de surto psicótico com ideação delirante. Ele está internado no Hospital Espírita André Luiz sob escolta policial.
Vinícius Soares Garcia foi sepultado em Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, no domingo.
Em nota, a Polícia Civil informou que, após alta médica, o suspeito será encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. A motivação e circunstâncias do crime serão investigadas pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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