domingo, 23 de abril de 2023

Idosa vai operar tornozelo e sai com perna amputada de hospital em Maceió

 

HGE de Maceió: idosa perdeu a perna na altura da coxaImagem: Divulgação

Colunista do UOL

22/04/2023 11h35


Uma idosa de 73 anos que iria fazer cirurgia para corrigir uma fratura de tornozelo teve uma perna amputada ontem por engano após a equipe médica errar o procedimento que deveria ser feito nela.

O que aconteceu

O caso aconteceu no HGE (Hospital Geral do Estado). A unidade é pertencente ao governo do estado, em Maceió.

Maria José estava internada esperando cirurgia desde o dia 19.

Em vez da correção da fratura, houve uma amputação na altura da coxa da paciente. Os nomes dos integrantes da equipe médica estão sendo mantidos em sigilo.

A equipe médica foi afastada de imediato. Uma sindicância foi aberta para apurar o caso para tentar entender como ocorreu o erro.

Segundo Maria Aparecida, 58, irmã da vítima, a idosa era uma pessoa ativa. "Dia de domingo eu encontrava ela na feira comprando suas frutas da semana com aquela sacolinha. Ela era independente", conta.

A gente queria que ela viesse morar na mesma rua que eu e os outros irmãos, mas ela preferia ficar na casinha dela. Nossos irmãos são muito unidos, e a família depende de hospitais públicos. Somos em sete, a maioria idosos. Como confiar? Minhas irmãs não param de chorar"
Maria Aparecida

Família cobra esclarecimentos

Nesta manhã, a família da idosa participa de uma reunião com o secretário de saúde, Gustavo Pontes, para cobrar esclarecimentos.

O diretor informa ainda que o caso foi de encontro ao protocolo usado no hospital. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde "lamenta profundamente o ocorrido e informa que já está prestando toda a assistência necessária à paciente e à família."

No pós-procedimento, foi informado à médica que foi feito o procedimento errado, que era para ter sido feita uma correção da fratura. A gente está trabalhando nesse momento para reduzir os danos do paciente.
Rodrigo Melo, diretor do HGE, em entrevista à TV Pajuçara

O dano é irreparável, a gente sabe, e nós temos um protocolo de cirurgia segura, onde a equipe tem informações da paciente e para que identifique o membro a ser operado justamente para não ter um erro como esse."
Rodrigo Melo

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