O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG): parlamentar mais votado em 2022 é também o campeão de popularidade digital, segundo a Quaest (Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
Prestes a completar 100 dias de gestão, o governo Luiz
Inácio Lula da Silva enfrenta uma dura oposição nas redes sociais. Pesquisa
lançada nesta segunda-feira, 3, pela Genial/Quaest, mostra que perfis de políticos
bolsonaristas dominam o mundo digital.
Dados do Índice de Popularidade Digital (IPD), extraídos a partir da análise de plataformas como Facebook, Twitter e Instagram, apontam que oito dos dez deputados mais influentes são ‘antiLula’ — o único que figura como pró-governo é André Janones (Avante-MG). No topo da lista, figura o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), parlamentar mais votado em 2022 no país. Já no Senado, o ‘top 10’ é formado inteiramente por parlamentares de oposição. (Veja lista completa abaixo)
O levantamento mostra que os deputados e senadores que
dominam a popularidade nas redes têm alcance maior, produzem mais conteúdos e
são mais curtidos e compartilhados do que os governistas. Entre os assuntos que
atingiram um maior número de pessoas, estão episódios polêmicos, como a
manifestação debochada de Nikolas durante fala no Dia das Mulheres — ocasião na
qual vestiu uma peruca e ironizou a “perda de espaço” de mulheres cis para
mulheres trans. Em segundo no ranking, está o escândalo das joias sauditas
envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O IPD foi construído a partir de 152 variáveis coletadas nas principais plataformas, entre os dias 2 de fevereiro e 28 de março deste ano.
IPD – Índice de Popularidade Digital (Deputados)
2 – Fábio Teruel (MDB-SP)
3 – André Janones (Avante-MG)
4 – Mauricio Marcon (Podemos-RS)
5 – Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
Confira a repercussão:
Confira, abaixo, os tweets:
6 – Tiririca (PL-SP)
7 – André Fernandes (PL-CE)
8 – Bia Kicis (PL-DF)
Em dez pontos, quem é Bia Kicis, a extremista que vai comandar a comissão mais importante da Câmara
Acordo selado com a ajuda do novo presidente da Câmara, Arthur Lira, dá o comando da CCJ para investigada no inquérito das Fake News e negacionista da pandemia
A deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF), uma das mais fiéis escudeiras do presidente Jair Bolsonaro, se prepara para assumir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. O colegiado é considerado o mais importante da Casa.
Ex-procuradora no Distrito Federal, a deputada de primeiro mandato é conhecida pela posição conservadora e negacionista que adota, além de constantemente ser acusada de propagar desinformação. Bia é investigada no chamado “Inquérito das Fake News” que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Agora, será ela a responsável por analisar a legalidade e constitucionalidade de todos os projetos, além da admissibilidade de Propostas de Emenda à Constituição (PEC) e de pedidos de impeachment contra o presidente. Veja abaixo quem é Bia Kicis.
Investigada por Fake News
A parlamentar é uma das investigada no Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news, comandado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Segundo a investigação, Bia Kicis (DF) gastou dinheiro da cota parlamentar para propagar mensagens a favor de manifestações antidemocráticas que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo.
Em maio, quando foi alvo de uma operação da PF, Bia chamou de "abusos de autoridade e atos antidemocráticos" as ações do ministro Alexandre de Moraes, que, segundo ela, seria "cúmplice da ditadura".
Segundo o levantamento da agência de checagem Aos Fatos, a parlamentar é uma das personalidades políticas que mais divulgaram desinformação sobre a pandemia de Covid-19.
Contra máscaras e isolamento social
Durante a pandemia, a deputada ficou marcada pelo negacionismo aos conceitos da Ciência. Nas redes sociais, não foram poucas as vezes que compartilhou conteúdo enganoso sobre a pandemia de Covid-19, além de pregar contra o uso de máscaras e o distanciamento social. Ela também é autora de um projeto que desobriga o uso de proteção individual para evitar a contaminação por novo coronavírus
A deputada também fez comemorações públicas sobre o fim do lockdown em Manaus e parabenizou a população que se mobilizou contra a restrição. Semanas depois, os manauaras viveram o colapso do sistema de saúde.
“A pressão do povo funcionou em Manaus. O governador voltou atrás em seu decreto de lockdown. Parabéns, povo amazonense, vocês fizeram valer seu poder”, publicou Kicis no Twitter no dia 27 de dezembro, dias antes do sistema de saúde da capital amazonense entrar em colapso pela falta de oxigênio para atender os casos, em alta, da Covid-19.
Nas redes, Bia também separa um espaço para defender a cloroquina no combate a Covid-19. Embora o medicamento não tenha tido a eficácia comprovada, a bolsonarista afirma que o uso precoce do medicamento "tem feito a diferença quando se trata de salvar vidas".
Quer redução do mandato no STF
Bia também é autora de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a idade máxima de aposentadoria compulsória dos ministros do STF para 70 anos. A medida pode dar ao presidente Jair Bolsonaro a chance de indicar mais dois nomes para o Supremo Tribunal Federal (STF).
A parlamentar entende que, se aprovada, a proposta teria “aplicação imediata”. Dessa forma, Bolsonaro poderia indicar, até o fim de seu mandato, quatro nomes para ministros do STF.
Além das vagas já previstas com as aposentadorias de Celso de Mello e Marco Aurélio Mello, em 2020 e 2021, respectivamente, o presidente teria o direito de sugerir os substitutos de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. A proposta é vista por especialistas como uma forma de lotear o STF.
Votou contra o Fundeb
Bia foi um dos seis votos contra a aprovação do novo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), no ano passado. E chegou a ser destituída da vice-liderança do governo por conta desse posicionamento. A postura irritou o Planalto, que foi acusado de tentar vender a imagem de uma vitória com a aprovação da matéria quando foi derrotado, o que seria demonstrado pela posição dos parlamentares bolsonaristas.
A parlamentar, integrante da ala mais ideológica dos bolsonaristas, admitiu ter ficado chateada com seu afastamento do posto, que soube pela imprensa, mas disse ao GLOBO que após o “gesto de muita consideração”, isso foi “completamente superado”.
Autora do Escola sem Partido
Um dos projetos apresentados na Câmara no primeiro dia de trabalho como deputada foi uma nova versão do projeto Escola sem Partido. A proposta torna mais rígido o controle do professor em sala de aula, prevendo inclusive como “improbidade administrativa” o desrespeito a dispositivos previstos.
O projeto previa expressamente que os alunos podem gravar as aulas, vedada aos grêmios estudantis a promoção de atividade político-partidária e estabelecia a criação de um canal de “reclamações” para monitorar o descumprimento da lei.
Investigada por racismo
Bia é alvo de uma notícia-crime no STF pelo suposto crime de racismo. Ela foi denunciada pela postagem em que ironizou a procura por emprego de Sergio Moro e Henrique Mandetta, após ambos pedirem exoneração do governo. Ela coloriu os rostos dos dois de preto, em alusão à necessidade de cotas.
A denúncia cita a prática de “blackface”: pintar um branco de negro para ridicularizá-lo.
Defende voto impresso
Bia é autora de um dos projetos sobre a volta do voto impresso no país. A proposta determina a impressão de cédulas de papel no processo de votação e apuração de eleições, plebiscitos e referendos. A sugestão foi umas das principais bandeiras de campanha de Bolsonaro nas eleições presidenciais.
O texto prevê a conferência das cédulas pelo eleitor e, de forma automática e sem contato manual, o depósito do papel em urnas para uma possível auditoria. Na justificativa da proposta, a deputada afirmou que o Brasil é “refém da juristocracia” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e defendeu o voto impresso como forma de auditoria das eleições.
Culpa a China pelo vírus
Para Bia, a China é a grande culpada pela disseminação do coronavírus pelo planeta. Em requerimento apresentado no ano passado, a deputada solicitou que a Casa repudiasse o governo chinês acerva do potencial de gravidade do novo coronavírus.
Em justificativa apresentada, ela afirma que o governo chinês que poderia ter mitigado ou ao menos prevenido os demais países quanto ao risco potencial que a Covid-19 poderia causar.
"Apresentamos essa moção de repúdio à postura do governo chinês, por não ter agido com transparência ao tomar conhecimento do novo vírus que circulava em seu território, e por não divulgar corretamente dados e informações acerca da gravidade da pandemia do novo coronavírus", diz o texto, assinado por outros deputados.
Outros projetos polêmicos
A parlamentar é autora de proposições consideradas polêmicas por especialistas. Junto com Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), é autora de um projeto que prevê a castração química como pré-requisito para a concessão de liberdade condicional para condenados por estupro.
Em outro, apresentado no ano passado durante as discussões sobre medidas de combate aos impactos da Covid-19, visava equiparar o comunismo ao nazismo, proibindo sua apologia.
Em texto apresentado em 2019, visava proibir mulheres trans da participarem de competições esportivas no Brasil.
Procuradora aposentada
Bia Kicis, de 59 anos, é ex-procuradora do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT). Nascida em Resende, interior do estado do Rio, foi eleita em 2018 para o primeiro mandato pelo PRP. Em 2019, migrou para o PSL.
Em entrevistas, ela se considera uma parlamentar empenhada na luta pelos valores conservadores, e contra a corrupção e a impunidade.
Fonte: O Globo
Deputada federal Bia Kicis compartilha postagem com "blackface" para critica processo seletivo para negros — Foto: Reprodução/Twitter
Reação na web
Internautas reagiram à publicação com críticas, apontando racismo na foto e no entendimento da parlamentar. "Além do racismo, você é detentora de um profundo abismo moral e ético", disse um usuário.
Internautas criticam deputada Bia Kicis por compartilhar postagem com "blackface" para critica processo seletivo para negros — Foto: Reprodução/Twitter
Outro comentário alerta que a prática de racismo pode ser usada em representação pela perda do cargo, pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, considerado quebra de decoro (na foto abaixo).
Internautas criticam deputada Bia Kicis por compartilhar postagem com 'blackface' para critica processo seletivo para negros — Foto: Reprodução/Twitter
Internautas criticam deputada Bia Kicis por compartilhar postagem com 'blackface' para critica processo seletivo para negros — Foto: Reprodução/Twitter
9 – Gustavo Gayer (PL-DF)
10 – Marcel van Hattem (Novo-RS)
IPD – Índice de Popularidade Digital (Senadores)
1 – Cleitinho (Republicanos-MG)
2 – Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
3 – Sergio Moro (União Brasil-PR)
4 – Romário (PL-RJ)
5 – Magno Malta (PL-ES)
6 – Damares Alves (Republicanos-DF)
7 – Marcos do Val (Podemos-ES)
8 – Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
9 – Rogério Marinho (PL-RN)
10 – Marcos Pontes (PL-SP)
Dirley Júnior Geraldo de Oliveira seguia pela estrada de terra quando foi surpreendido pelo carro ao chegar na encruzilhada.
Por g1 Vales de Minas Gerais
Moto ficou presa ao carro após a batida em Conselheiro
Pena — Foto: Redes sociais
Um motociclista, de 18 anos, morreu em um acidente na tarde
desse sábado (1), no Córrego do Lontra, em Conselheiro Pena. Segundo o boletim
de ocorrência, testemunhas contaram que Dirley Júnior Geraldo de Oliveira
seguia pela estrada de terra, quando ao chegar em uma encruzilhada foi
surpreendido por um carro e bateu na lateral do veículo.
Ainda conforme as testemunhas, após o acidente o motorista
do carro, de 33 anos, ficou no local por alguns minutos, depois, foi até o
veiculo, pegou uma lata de cerveja, trancou o carro e saiu em seguida.
De acordo com o BO, no carro havia mais pessoas que não
foram identificadas.
Quando os policiais chegaram o jovem estava caído no chão
coberto por um lençol. Após os trabalhos periciais, o corpo da vítima foi
liberado para uma funerária.
Os veículos foram removidos. Até o fim da ocorrência, o
motorista não foi localizado.
Jovem morre em acidente entre carro e moto na cidade de Conselheiro Pena — Foto: Redes sociais
Vídeos do Leste e Nordeste de MG
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