sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Médico lamenta piadas e destaca importância da aplicação de ozônio pelo ânus para tratamento da COVID-19

 Presidente da Associação Brasileira de Ozonioterapia, sediada em Governador Valadares, Arnoldo de Souza diz que técnica é utilizada em vários países e pode trazer bons resultados ao tratamento dos pacientes


(foto: ABOZ/Imprensa)

O uso da ozonioterapia para o tratamento das pessoas que testaram positivo para a COVID-19 ganhou repercussão nacional depois que o prefeito de Itajaí (SC), Volnei Marastone (MDB), anunciou que seu município está participando de um estudo que prevê a aplicação de ozônio via retal (pelo ânus) nesses pacientes. O assunto, que viralizou nas redes sociais, é parte de uma pesquisa da Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ), cuja sede virtual está em Governador Valadares, onde reside e atua o seu presidente, o médico cardiologista e sanitarista Arnoldo de Souza.
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A pesquisa da ABOZ, segundo o seu presidente, foi aprovada em 20 de junho deste ano pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), sob o título “Estudo multicêntrico da prática integrativa e complementar de ozonioterapia em pacientes ambulatoriais com COVID-19”. Isso garantiu à ABOZ a realização do primeiro trabalho brasileiro sobre a ozonioterapia para a COVID-19 em pacientes em tratamento ambulatorial ou internados, e que pode ser aplicado em hospitais, inclusive os de campanha.

A Prefeitura de Itajaí aceitou participar do estudo, que prevê a aplicação do ozônio por via venosa ou intramuscular, e também com insuflação via retal, que tem custo menor.

A insuflação via retal, feita com um cateter fininho, conforme declarou o prefeito de Itajaí, virou meme nas redes sociais por causa da introdução do cateter no ânus do paciente. Arnoldo de Souza diz que o tratamento jocoso que os internautas deram à insuflação retal acabou gerando preconceitos diversos em relação ao procedimento. “É um tratamento comum, utilizado também em países mais pobres, por ser mais barato, mas que traz muitos benefícios para a recuperação do paciente”, disse.
Ele explica que o tratamento pesquisado e proposto pela ABOZ tem grande importância já que a ozonioterapia tem se revelado de alta eficácia como terapia complementar no tratamento de doenças virais como a influenza aviária, SARS, MERS com evolução para doença grave, de disseminação rápida e pandêmica. “É um tratamento utilizado em países como Alemanha, Espanha, Rússia, China, não apenas no tratamento da COVID-19, mas também de outras doenças há mais de 50 anos”, disse.

Segundo Souza, as principais propriedades da ozonioterapia são a redução da hipóxia a nível celular e molecular; a ativação do metabolismo e sistema imunológico; a melhoria da circulação sanguínea; a estimulação do sistema de defesa antioxidante, potencial destruidor de patógenos como protozoários, bactérias, fungos, leveduras e vírus. “O tratamento contempla pacientes que testaram positivo para a COVID-19, com idade maior de 18 anos, de qualquer gênero, e que estejam internados em hospitais, inclusive os de campanha". 

“A ozonioterapia melhora as angústias respiratórias, dados os mecanismos do ozônio e a gravidade da COVID-19. Diante da grave crise sanitária pela qual passa o mundo e, tendo conhecimento das qualidades terapêuticas da Ozonioterapia, a Aboz não poderia se abster de participar de forma propositiva e pioneira no tratamento dos pacientes acometidos pela COVID-19”, acrescenta Souza.

Quebrando tabus

O influenciador digital e fashionista Israel Cassol, que há anos faz tratamento para manter a sua imunidade, já indicou a ozonioterapia retal aos seus seguidores por diversas vezes, bem antes da experiência de Itajaí. Recentemente ele testou positivo para a COVID-19 e se submeteu ao tratamento com ozônio, por meio da insuflação retal.


Na sua rede social, Cassol explica que a ozonioterapia modula o sistema imunológico. "A terapia com ozônio ainda é um grande tabu na profissão médica e, portanto, não é bem conhecida pelas pessoas", disse, lembrando que descobriu a ozonioterapia há três anos, depois de assistir a um vídeo do médico brasileiro Lair Ribeiro. 

Ele comprou a máquina de ozônio nos EUA e passou a usá-la em casa. "Desde então não parei mais de fazer o tratamento em mim e no meu cachorro Toby. Existem diferentes maneiras de terapia com ozônio, mas a que eu uso é através do reto. Isso pode parecer alarmante, mas é realmente bom e a pessoa aprende rapidinho como aplicar", disse.
O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

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Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
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Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

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