sábado, 29 de agosto de 2020

Em Valadares, 80% dos carteiros cruzaram os braços, informa Sindicato dos Trabalhadores dos Correios

 Em Valadares, 80% dos carteiros cruzaram os braços, informa Sindicato dos Trabalhadores dos Correios

por Agnaldo Souza  

 dentro VALADARES & REGIÃO

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Minas Gerais (Sintect-MG) decretou greve por tempo indeterminado da categoria, a partir do dia 17 de agosto. Em Governador Valadares, cerca de 80% dos carteiros aderiram à paralisação geral. De acordo com o Sindicato, os trabalhadores do Correios reivindicam a manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que a empresa, por meio de manobra, retirou da categoria.

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“O ACT da categoria tinha vigência de dois anos e os Correios, com o apoio do Supremo Tribunal Federal (STF), modificou a validade desse acordo para um ano, obrigando os trabalhadores a entrar em greve em plena pandemia para não perder direitos fundamentais ao sustento de suas famílias”, informou o Sindicato.

Segundo Lauana Neves, que além de carteira em Teófilo Otoni é diretora do Sintect-MG, os serviços de entrega, sejam eles de correspondências – cartas, boletos bancários, contas de água, luz etc. – ou de encomendas, estão consideravelmente prejudicados.

“A soberba da direção dos Correios, cujo presidente nunca recebeu um dirigente das entidades representativas, e a declarada disposição da direção de reduzir à força a remuneração dos trabalhadores, praticamente determinou a realização da greve, já que a outra opção seria aceitar a absurda, descabida e drástica redução de remuneração durante a pandemia”, justificou.

Trabalhadores buscam negociação

O Sindicato informou que, desde o dia 28 de julho, a empresa se recusa a debater com os representantes da categoria, e nas únicas três reuniões anteriores a empresa não se mostrou disponível para negociar.

Anteriormente, a proposta da empresa era de retirada de 70 cláusulas do ACT da categoria, que possui 79 cláusulas. Dentre as que a empresa pretende retirar estão cláusulas que tratam, por exemplo, do ticket alimentação, das garantias a mulher ecetista e do auxílio para pais que têm filhos com necessidades especiais. Segundo o sindicato, essas cláusulas são essenciais para os trabalhadores do Correios, que têm o menor salário entre os funcionários públicos.

Contudo, começou ontem (26) uma audiência de mediação entre as partes e o resultado estava previsto para sair hoje (27), mas até o fechamento da matéria os trabalhadores não haviam recebido o resultado.  Assim que sair uma decisão, a matéria será atualizada.

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