segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Acidente entre carreta e carros deixa sete mortos na BR-262, em Rio Casca

 Batida ocorreu perto da Serra do Macuco e houve incêndio. Vítimas estavam nos veículos menores

Imagem publicada no Twitter mostra fogo no local do acidente

(foto: Reprodução da internet/Twitter/BR381 Informações)Pelo menos sete pessoas morreram em um grave acidente na noite deste domingo na BR-262 em Rio Casca, na Região Central de Minas Gerais. 
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a colisão ocorreu por volta das 20h45 no km 153, perto de uma ponte no início da Serra do Macuco, sentido Belo Horizonte. Houve incêndio.

Ainda não há detalhes sobre a dinâmica do acidente. Além da PRF, equipes do Serviço Voluntário de Resgate (Sevor) de João Monlevade, do Corpo de Bombeiros de Itabira, Pote Nova e bombeiros voluntários São Domingos do Prata foram para o local para trabalhar no resgate.













De acordo com o Sevor de João Monlevade, a batida envolveu 

uma carreta carregada com madeira, uma Hilux e um carro de passeio. Cinco pessoas morreram na caminhonete e outras duas no veículo menor. 

Conforme o Corpo de Bombeiros de Itabira, no carro onde morreram duas pessoas havia uma criança de 3 anos que foi retirada por populares com fratura na perna esquerda. Ela foi levada para um hospital de Ponte Nova. O condutor da carreta chegou a ficar preso às ferragens e foi levado para o Hospital Margarida, em João Monlevade. Não há informações sobre o estado de saúde dele. 












Às 23h25, o trânsito fluía no esquema de siga e pare, com interdição parcial da via, conforme a PRF. 

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Conheça as leis sobre o aborto no mundo. Em 67 países, decisão é da mulher

Levantamento feito pela organização não-governamental Center for Reproductive Rights aponta que a maioria dos países desenvolvidos permite o aborto até o terceiro mês de gestação

23/08/2020 04:00 - atualizado 17/01/2021 15:12 

No Brasil, desde 1984, o Código Penal prevê que o aborto é crime, sendo permitido apenas em casos de estupro de risco para a vida da mãe ou quando o feto não possui a maior parte do cérebro (anencefalia).

  

Punível com detenção de um a três anos para a mulher, e de um a quatro anos para a pessoa que realizar o procedimento, a legislação brasileira assemelha-se a países como o Afeganistão, e parece distante da realidade de países desenvolvidos como a Suécia, que desde 1975, dá a todas as mulheres de seu território o direito ao aborto legal, seguro e gratuito.

 

'Meu namorado me deu o remédio e viajou'; relatos de mulheres que fizeram aborto clandestino em MG

Assim como na Suécia, em outros 66 países, como na Holanda, Portugal, Rússia, Suíça e Uruguai, é a mulher grávida que tem o direito de decidir se deseja ou não interromper a gravidez. São mais de 590 milhões de mulheres em idade reprodutiva que vivem em países que possuem legislação que permite o aborto perante a solicitação da mulher.

 

Os dados são de um levantamento feito pela organização não-governamental Centro pelos Direitos Reprodutivos (Center for Reproductive Rights, em inglês), formada por advogados, especialistas e ativistas que lutam por avanços nos direitos reprodutivos das mulheres e que mantém uma base de dados que informa como são as legislações com relação a interrupção da gravidez ao redor do mundo.

 

Com base nos dados compilados no site da organização, a reportagem do Estado de Minas reuniu informações sobre como a interrupção da gravidez é tratada em diferentes lugares do mundo. Confira;








 

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Totalmente proibido

A legislação de 26 países do mundo como o Egito, Iraque, Nicarágua, Filipinas, Senegal e Cisjordânia, proíbe o aborto sob quaisquer que sejam as circunstâncias.

Continue sempre bem informado

 

São 90 milhões de mulheres em idade reprodutiva que vivem em locais onde a interrupção da gravidez é totalmente proibida por lei, até mesmo quando a vida ou a saúde delas está em risco.

Para Salvar a Vida da Mulher

 

No Brasil e em outros 38 países, existem 359 milhões de mulheres em idade reprodutiva vivendo em locais onde as leis permitem o aborto apenas quando a vida da mulher está em risco. Medidas restritivas como essas são adotadas em países do Oriente Médio como o Irã, Líbano e a Síria. Da Ásia como o Afeganistão e a Indonésia e da África como a Nigéria, Somália, Sudão e Uganda.

Para preservar a saúde da mulher

Em 56 países, o aborto é permitido legalmente tendo como justificativa a saúde da mulher.  Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os países que permitem o aborto por esse motivo deveriam interpretar "saúde" como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade. ” Porém em alguns dos 56 países em que o aborto é permitido para preservar a saúde da mulher, a interrupção da gravidez é prevista apenas quando a saúde física da grávida está em risco, como é o caso de Mônaco e do Zimbábue.

 

Motivos sociais ou econômicos

Em 14 países como na Finlândia e na Etiópia, as leis são interpretadas para permitirem o aborto sob amplas circunstâncias. Neles a legislação costuma levar em consideração fatores sociais e econômicos, considerando o impacto potencial da gravidez na atual situação da mulher e também em uma situação futura.

 

Sob solicitação da mulher

Em 67 países o direito ao aborto é permitido a partir da solicitação da gestante. A grande maioria deles permite a interrupção da gravidez com até 12 semanas de gestação, como é o caso da Dinamarca, Irlanda, Noruega e Rússia. Já em países como o Estados Unidos e a Austrália, a legislação que regula a interrupção da gravidez é definida pelos estados.

Ponto de vista da especialista

A advogada Juliana Alvim, coordenadora da Clínica de Direitos Humanos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), chama atenção para a discrepância entre a legislação vigente no Brasil, se comparado a outros países. Ela aponta que mesmo em lugares onde a legislação é mais restrita, o aborto é permitido para proteger a saúde em geral da mulher, e não apenas a vida da gestante. “A nossa lei é a mais restritiva de todos os países do Norte Global. Todos os países da Europa, Estados Unidos, Canadá, incluindo Austrália, Nova Zelândia, a gente pode incluir também a África do Sul, Índia, Rússia, China, todos esses dão mais liberdade para a realização do aborto do que a gente (Brasil). Na América Latina, estamos atrás do Uruguai, Bolívia, Colômbia, Peru e Equador, já que uma das exceções básicas para realização do aborto, mesmo em lugares em mais restritos, que não têm uma liberdade ampla, é para proteger a saúde da mãe.”

 

No fim de 2020, a Argentina aprovou o aborto até a 14ª semana de gestação.

 

Mas, a criminalização não impede que 1 milhão de abortos induzidos ocorram todos os anos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Para a advogada, esse contrassenso pode se dar por duas questões. “Um país que é mais restritivo é a Polônia,  um país muito católico, acho que a religião desempenha um papel importante.  E também existe um outro elemento que é o direito das mulheres, o avanço do direito da mulher, do reconhecimento da autonomia da mulher. Aqui esse reconhecimento ainda é pouco”, analisou.


 https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2020/08/23/interna_gerais,1177752/conheca-as-leis-sobre-o-aborto-no-mundo-em-67-paises-decisao-e-da-mulher.shtml

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