quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

'Intolerância religiosa', diz Crivella sobre crítica no desfile da Mangueira

'Intolerância religiosa', diz Crivella sobre crítica no desfile da Mangueira



O samba da Verde e Rosa fazia menção aos protestantes; prefeito é bispo licenciado da IURD
A gestão do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), divulgou nota nesta segunda-feira, 12, que diz que ele foi vítima de "intolerância religiosa" na Sapucaí. Foi uma resposta à crítica da Mangueira à prefeitura em seu desfile, Domingo (11) Crivella foi representado como um boneco de Judas, traidor do carnaval, enforcado. 
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A agremiação fez uma defesa da folia, contra o corte de verbas às escolas e outras manifestações culturais populares. Crivella virou Judas porque teve apoio dos dirigentes em sua campanha eleitoral e depois reduziu os recursosO samba da Verde e Rosa fazia menção à religião dele - o prefeito é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, que condena a festa: "Pecado é não brincar o carnaval".
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 lamentável que uma escola, que sempre defendeu a tolerância e o respeito, venha utilizar o momento sagrado do seu desfile para praticar um ato de intolerância religiosa como o que vimos neste domingo", diz a nota.
"A agremiação está no seu direito de não gostar da decisão do Prefeito de destinar parte dos recursos para as creches conveniadas, mas daí a atacar a fé do Prefeito e colocar sua imagem pendurada pelo pescoço com uma corda é algo que deve ser repudiado". 
"A Riotur informa que neste ano foram aportados 19,5 milhões de reais às escolas de samba. Isso significa que a redução da arrecadação por parte das escolas foi de 20% em relação ao ano anterior, que foi de 24 milhões de reais. Vale ressaltar que a tão falada redução aconteceu dentro de um cenário de crise excessiva, de retração econômica e um déficit de quatro bilhões de reais nos cofres da prefeitura", finaliza a nota.
Crivella saiu do Rio no carnaval. Ele foi para a Europa numa viagem de trabalho voltada à área de segurança (que é atribuição estadual; e não municipal). Na sexta-feira, dia 9, participou da abertura oficial do carnaval. Na ocasião, disse que se trata "apenas de uma festa", e que o Rio tem outras prioridades, mas discursou elogiando os artistas do carnaval. 
Antes de embarcar, compartilhou nas redes sociais: "O alarde foi grande, previsões pessimistas traçaram um cenário de terra arrasada, mas o tempo veio mostrar que as medidas adotadas eram acertadas, e os resultados agora aparecem. O carnaval receberá este ano investimentos de quase R$ 80 milhões. Apenas os recursos levantados junto à iniciativa privada somam R$ 38,5 milhões, o maior valor já captado e mais do que o dobro obtido em 2017, quando se arrecadou R$ 15 milhões".
O prefeito afirmou ainda que "cumpriu sua parte, com a organização e o cuidado necessário a um evento que expressa a alegria e a criatividade do carioca". "As acusações de que patrulhamento religioso ameaçariam o carnaval mostraram-se infundadas e revelaram o preconceito de quem acusava", finalizou.

Mangueira transforma Crivella em boneco de Judas na Sapucaí Na primeira noite de desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, os temas políticos se destacaram na avenida. Protestos contra governos e as reformas de Temer ganharam força. A Estação Primeira de Mangueira malhou o prefeito Marcelo Crivella em protesto ao corte de verbas do carnaval. Depois de ser criticado durante desfiles na Sapucaí, Crivella posta vídeo durante visita à Europa

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