A CPI da Covid ouviu nesta terça-feira (1º) a oncologista Nise Yamaguchi. Ela depôs na condição de convidada, não de testemunha, como os demais que prestaram depoimento aos senadores desde a instalação da comissão. A médica é defensora do chamado “tratamento precoce”, com remédios comprovadamente ineficazes contra a covid, e chegou a ser cotada para comandar o Ministério da Saúde.
01.06.2021 09:40
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Veja os principais momentos do depoimento de Nise Yamaguchi à CPI da Covid.
Tratamento precoce e isolamento vertical
Logo em seu discurso inicial, Yamaguchi defendeu o uso da cloroquina, da ivermectina e de outros medicamentos que não possuem comprovação científica, se respaldando na resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que defende a autonomia médica para a prescrição do tratamento. Ao longo do depoimento, ela também disse que considera que o atraso no início do tratamento contra a Covid “é o que tem determinado tantas mortes” no país.
O relator Renan Calheiros foi o primeiro a questionar a médica. Para isso, foram transmitidos à CPI dois vídeos diferentes, de outubro e julho de 2020, nos quais a médica defendeu o isolamento vertical como forma de adquirir a “imunidade de rebanho.
Calheiros perguntou se Yamaguchi ainda defende e acredita nesse tipo de imunidade contra a covid-19. Nise argumentou que a imunidade de rebanho seria “um fato” que acontece a partir do “contato com o vírus”, e que, na época em que defendeu esse tipo de imunidade, a discussão era “pertinente” porque o país ainda não conhecia novas cepas da doença, mas que, hoje, novos algoritmos devem ser considerados.
Questionada se defendeu esse posicionamento ao presidente Bolsonaro, ela respondeu que não participou dessa discussão, e que sequer teve encontros privados com ele. Alegou que suas conversas foram somente com técnicos do Ministério da Saúde, nas quais foram discutidas as dosagens de cloroquina. Disse ainda que não foi convidada para integrar o Ministério da Saúde e que houve apenas convites para participar de “reuniões eventuais”.
Ela também afirmou desconhecer “gabinetes paralelos” ou qualquer pessoa que tenha participado de um suposto grupo como este, e reafirmou que sempre foi convidada pelo governo exclusivamente como especialista, para contribuir e opinar se guiando por “normas técnicas”.
Sobre as acusações de teria sugerido a alteração da bula da cloroquina, a médica disse que não se tratava de uma mudança de bula, e sim da possibilidade de disponibilização do medicamento. “Acho que houve um equívoco [de informação]. Não houve nenhuma declaração de mudança de bula”, disse.
Em seguida, foi distribuído aos senadores um documento que, segundo ela, mostra o que foi discutido na reunião com Barra Torres e Mandetta. Mesmo assim, o presidente da CPI sugeriu realizar uma acareação entre ela e o chefe da Anvisa.
Importância da vacinação
O relator Renan Calheiros ainda exibiu um vídeo no qual Nise diz “que não se devia vacinar aleatoriamente a população”, e questionou se ela acredita que a vacinação é tão importante quanto o tratamento precoce.
“São semelhantes. Vacina é prevenção, e tratamento é tratamento. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, respondeu a médica. De acordo com ela, o tratamento precoce ocorre nos primeiros dias de infecção, enquanto a vacina trata-se de uma “prevenção”. “Existe a medicina da prevenção e a do tratamento”, acrescentou.
O presidente da CPI, Omar Aziz, reagiu à declaração da médica:
Ela se negou também a opinar sobre falas do presidente Jair Bolsonaro contra a vacinação da população, mostradas em vídeos pelo relator da CPI, e disse que nunca conversou com Bolsonaro sobre vacinas. “Não estou aqui para defender um governo, estou aqui para defender o povo brasileiros”, declarou.
Na CPI, Nise também tentou se desassociar do chefe do Executivo. Ao ser questionada, por exemplo, sobre quantos encontros teve com Bolsonaro, a médica se contradisse várias vezes.
“A senhora não sabe de infectologia”, diz Otto Alencar
O senador Otto Alencar (PSD-BA), questionou Nise Yamaguchi sobre os conhecimentos da médica em relação à covid-19, mas a depoente não soube responder. Médico, o senador disse que não era o intuito dele “constranger” Nise. “A senhora não soube nem explicar o que é um vírus. A senhora sabe de oncologia, não sabe nada de infectologia, não leu, não estudou, é tudo superficial”, disse.
“A senhora brincou com a saúde do povo brasileiro, falando em imunidade de rebanho, hidroxicloroquina, tratamento precoce”, continuou Otto se referindo as estratégias para combater o novo coronavírus defendidos pela médica.
Qualificação
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou artigos científicos que reprovam o uso de cloroquina e hidroxicloroquina e questiona os motivos pelos quais a médica continua defendendo os medicamentos e se as suas bases teóricas possuem comprovação científica.
“Não estamos aqui tratando da autonomia do médico. Estamos aqui discutindo a política pública que foi traçada com base em evidências científicas de baixa qualidade ou insuficientes”, diz.
No entanto, Nise Yamaguchi não apresentou estudos que confirmem a tese defendida por ela.
O senador também pediu que Nise Yamaguchi justificasse a recusa dos outros países aos medicamentos, já que se mostram ineficientes à Covid-19. A médica afirmou que “vários países” discutem o uso do tratamento precoce e que estudos “demonstram a eficácia” ao vírus.
Alessandro diz ser “inacreditável” que a médica, com tamanha qualificação, rejeite as orientações mundiais de saúde e continue insistindo em tratamentos ineficientes.
> Na CPI da Covid, Nise Yamaguchi tenta se descolar de Bolsonaro
> Nise Yamaguchi depõe à CPI da Covid e oposição tenta comprovar gabinete paralelo
> Nise Yamaguchi apresentou documento para mudar bula da cloroquina, diz Barra Torres
https://congressoemfoco.uol.com.br/area/governo/ao-vivo-nise-yamaguchi-depoe-a-cpi-da-covid/
Jornal Diário Teófilo Otoni
11 de novembro às 23:43
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Chuva castiga Ataleia e população sofre com inundações, quedas de barrancos e até fechamento de estradas
Desalojados estão sendo acomodados em uma creche e uma
escola da cidade. Várias estradas vicinais estão interditadas. Situação do
município é de calamidade pública
ATALÉIA - Chove forte nesta quinta-feira (11) em Ataléia,
provocando diversos estragos pela cidade.
Os números de desalojados ainda estão sendo contabilizados
pela Defesa Civil Municipal, enquanto há previsão de mais chuvas na cidade,
pelo menos até a próxima segunda-feira (15).
O jornal recebeu diversos vídeos e fotos no decorrer do dia
da “situação de calamidade pública em Ataléia”, como cita um morador no vídeo
de hoje desta matéria. A Prefeitura, porém, ainda não se manifestou nesse
sentido.
Em um dos vídeos o ataleense @yurysilvaoficial aparece na
carroceria de uma pick-up, auxiliando moradores a salvar os bens que a chuva
não destruiu.
Pró ativo ele está disponibilizado seu ponto comercial, no
centro da cidade, para que moradores possam se alojar provisoriamente ou
guardar seus utensílios.
“Nesse momento o importante é nos unirmos, por que não é
fácil ser surpreendido com uma enchente e perder tudo dentro de sua casa, e em
alguns casos até a própria casa. É preciso muito apoio para quem da noite para
o dia se vê colocado em uma situação como essa”, destacou Yuri.
Além das fortes pancadas de água que provocam deslizamento
de terras e interdita estradas rurais, deixando vários moradores “ilhados”, as
cheias do Rio Norte costumam castigar Ataléia. E, segundo relatos de moradores,
elas acontecem todos os anos.
“É o mesmo martírio, ano a ano”, enfatizou Yuri.
Quem puder ajudar pode entrar em contato com a Assistência
Social do município no número (33) 99837-8346.
https://www.facebook.com/jornaldiario.teofilootoni
Paulo Maiurino pagou R$ 3,5 milhões pelo apartamento em
Miami e o quitou em 16 meses; PF afirma que o bem foi declarado
BRASÍLIA | Jéssica Moura, do R7, em Brasília
11/11/2021 - 15H44 (ATUALIZADO EM 11/11/2021 - 18H32)
Condomínio luxuoso fica em Miami e é inspirado no farol da Sicília
DIVULGAÇÃO/PELORO APARTMENTS
O condomínio Peloro, localizado em Miami, nos Estados Unidos, onde o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, mantém um apartamento, impressiona pela luxuosidade. A página do complexo na internet informa que a área conta com marina privativa e vista privilegiada para Miami Beach. A descrição do empreendimento diz que o "condomínio boutique" é "inspirado no farol da Sicília e no ambiente romântico do Mediterrâneo quente".
À beira-mar, o edifício tem piscina com hidromassagem. A localização é em área nobre, com vista direta para as águas do canal sul de Miami. Os apartamentos têm tamanho variado e vão de um a três quartos, sendo todos amplos, com metragens que passam de 100 m². As janelas têm tecnologia para suportar furacões.
Divulgação/Peloro Apartments
Com tudo isso, os valores para morar no local, que fica em
área nobre da cidade, são elevados. O valor do condomínio começa em US$ 570
(aproximadamente R$ 3 mil mensais, em valores atuais) e varia conforme o
tamanho do imóvel.
A compra do apartamento por Maiurino ocorreu em 2016. Ele
pagou US$ 675 mil (cerca de R$ 3,5 milhões) em 16 meses. Como delegado de
classe especial da PF, Maiurino recebe salário de R$ 31 mil em ganhos brutos.
Considerando o ganho líquido, os rendimentos são de R$ 25 mil. Somente com o
salário, ele levaria dez anos para pagar o imóvel.
Segundo a Receita Federal e a Polícia Federal, o patrimônio
foi declarado. O R7 apurou que a compra do imóvel foi declarada à Receita
Federal. Procurado pela reportagem, o TCU (Tribunal de Contas da União) afirmou
que não foram localizados processos em que Paulo Maiurino apareça como
"responsável ou interessado".
A Polícia Federal, por meio de nota enviada pela assessoria
de comunicação, afirmou que o patrimônio, bem como todas as movimentações
financeiras por ele realizadas, consta devidamente informado nas declarações de
Imposto de Renda apresentadas à Receita Federal do Brasil, com acesso
autorizado à Controladoria-Geral da União e ao Tribunal de Contas da União.
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