Deputada é ameaçada após defender a abertura de uma investigação da ação policial que terminou com 26 mortos em Varginha: "Seu fim será como o de Marielle Franco"
Anita Efraim, Yahoo
A deputada estadual Andréia de Jesus (PSOL-MG) relatou estar sofrendo ameaças de morte por meio das redes sociais. Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, ela fez críticas à ação da polícia em Varginha, que deixou 26 suspeitos mortos.
Andréia de Jesus defende que a ação policial seja investigada. Após as declarações, ela recebeu uma mensagem a ameaçando de morte. “Vamo lhe matar. Seu fim será como o de Marielle Franco”, dizia a mensagem, em referência à vereadora, também do PSOL, assassinada em 2018.
“Não é fácil abrir meu celular e me deparar com ameaças contra minha vida”, declarou a deputada. “Não é fácil atuar com direitos humanos em uma conjuntura de desmonte das políticas públicas de redução do debate político a meme e da violência institucional sistemática contra mulheres.”
Andréia de Jesus revelou que no último dia 31, ela e a equipe foram abordados por uma rede ativista, que pedia “zelo pela memória de um jovem, querido por sua comunidade, morto na mesma operação. Ele, não teria vínculo ou histórico com a criminalidade. Tudo sobre o episódio ocorrido em Varginha, onde 26 pessoas morreram após uma ação policial”, descreveu.
A Comissão de Direitos Humanos da ALMG acolheu a denúncia contra a operação. Em seguida, descreve a deputadas, as redes sociais dela foram “invadidas”. A Polícia Legislativa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais acionou a Polícia Civil e foi feito um boletim de ocorrência na última quarta-feira (3).
A deputada estadual também pediu escolta policial, devido às ameaças. Nesta quinta-feira (4), Andréia de Jesus pretende acionar a Polícia Civil, na delegacia de crimes virtuais.
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