Nikolas Ferreira integra a comitiva do presidente Jair Bolsonaro a países árabes e torce para o time da Série B
atualizado 14/11/2021 12:04
O vereador mineiro Nikolas Ferreira (PRTB) acompanha a comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Dubai, nos Emirados Árabes. Durante uma das atividades no local, o político brincou com o time do coração, o Cruzeiro.
Em um post, Ferreira “oferece” o clube para um árabe (ele não identifica quem é), que aceita comprar a equipe mineira. Na brincadeira, o parlamentar termina comemorando a “venda”.
Confira a publicação:
No mundo de futebol, muitas equipes conseguiram crescer muito com a ajuda de sheiques árabes, que investiram muito dinheiro neles. É o caso, por exemplo, do Paris Saint-Germain, que atualmente conta com os craques Neymar, Mbappé e Messi.
Em outro post, o vereador Nikolas Ferreira explicou o que está fazendo no país árabe. “E do nada, nós estamos em Dubai, para a Expo2020, que é o maior evento empresarial do mundo. O que eu vim fazer aqui? Faço parte da Comissão de Assuntos Internacional de Belo Horizonte e juntamos perfeitamente com o convite do presidente para acompanhar a sua comitiva aqui em Dubai”, conta.
Ferreira, bolsonarista ferrenho, ficou conhecido ao ser barrado no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, em setembro, porque não apresentou o passaporte da vacina. Segundo parlamentar mais votado da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, o político de 25 anos também usou as redes sociais para reclamar da situação.
Mãe acusa vereador do interior de SP de racismo contra filha dela de 2 anos
Artigo Atualizado há 7 dias em novembro 18, 2021Por Redação
Segundo relato da mãe à polícia, o caso aconteceu no fim do mês passado, depois que ela publicou nas redes sociais uma foto da menina com a filha do vereador, de quatro anos. Carolaine afirma que as crianças costumavam brincar juntas, já que ela é amiga da ex-mulher do vereador.
A Constituição Federal de 1988 determina, no Art. 3, inciso XLI, que "Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”; e no Art. 5º, inciso XLI, que “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais".
- Injúria racial Art 140 do código penal
- Lei do crime racial
https://new.safernet.org.br/content/conhe%C3%A7a-lei-para-crime-de-racismo
“Fomos passar o final de semana em uma prainha da região e
postamos uma foto das crianças juntas. O vereador não gostou, foi tirar
satisfação com a ex-mulher dizendo que minha filha não era boa companhia e que
não queria amizade entre as crianças”, conta Carolaine.
Após o comentário, a atendente relata ter adicionado
Gercimar no WhatsApp e questionado a atitude do vereador, que então teria
passado a ofender tanto a ela quanto à criança. No trecho da conversa divulgado
por Carolaine, é possível ver ofensas contra a menina e até mesmo ameaças.
“Eu não quero essa sua pretinha feia e fedida com a minha
filha […] Minha filha não entende o que é certo ou errado, mas se vocês
insistirem nisso essa sua neguinha que vai pagar o preço”, lê-se no trecho da
conversa.
“Eu passo por cima de você com esse neguinha e tudo junto”,
aparece em outro ponto do diálogo.
Carolaine afirma ainda que logo após receber as mensagens
divulgou o caso em suas redes sociais e as ameaças continuaram. Por questão de
segurança, a atendente relata que precisou mudar de endereço e a filha parou de
frequentar a creche.
“A cidade tem pouco mais de 4.000 habitantes, todo mundo se
conhece. Depois que eu levei o caso à polícia e o denunciei na Câmara, ele
passou a me perseguir. Ele fica rodeando meu trabalho e onde eu morava. Ele tem
a certeza da impunidade”, afirma a atendente.
Como a acusação é contra um vereador, o caso foi encaminhado
para a Delegacia Seccional de São José do Rio Preto, também no interior
paulista. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o caso está
sob sigilo e confirmou que o vereador deverá ser ouvido nos próximos dias.
“A equipe da unidade já realizou a oitiva de uma das partes
e coletou mensagens de aplicativo que podem auxiliar nas apurações. A mulher
será ouvida novamente e o homem também será intimado para prestar depoimento.
As investigações prosseguem para esclarecer os fatos”, diz a nota.
Além de registrar boletim de ocorrência por ameaça e
injúria, a atendente também protocolou uma denúncia na Câmara de Planalto. Uma
Comissão Processante para investigar a quebra de decoro de Gercimar foi
instaurada. A votação deverá acontecer até a próxima semana.
A reportagem tentou contato com o vereador, porém, ele não
atendeu às ligações e não respondeu às mensagens enviadas. O advogado do
político também foi procurado, mas não foi encontrado.
O partido Solidariedade decidiu suspender a filiação do vereador
por seis meses.
“Sobre o caso do vereador por Planalto (SP), Gercimar
Maximiliano de Mattos, o Solidariedade vem a público informar que repudia
qualquer forma de discriminação, seja cor, religião, orientação sexual, gênero
ou qualquer outra categoria”, diz trecho da nota.
A direção estadual, por meio do deputado estadual Alexandre
Pereira, presidente do Solidariedade em São Paulo, confirmou a suspensão da
filiação do vereador por seis meses, que pode ser prorrogada por mais seis
meses.
“O Solidariedade aguardará a apuração dos fatos junto às
autoridades competentes e, se comprovada a veracidade das mensagens, poderá
encaminhar o caso para Comissão de Ética com a solicitação da expulsão do
vereador”, diz a nota.
Ainda segundo o comunicado, “nós, enquanto um partido
formado por cidadãos que buscam um futuro melhor, manifestamos nosso repúdio a
todo e qualquer tipo de injúria racial e violência, principalmente contra
crianças e adolescentes”.
“Lutamos pelos desfavorecidos e seguiremos atentos aos mais
vulneráveis de nossa sociedade”, escreve ainda.
Comentarista da Joven Pan fala em matar judeus para retomada
da economia
Após o programa, a jornalista Amanda Klein foi às redes sociais para
lamentar a fala de José Carlos Bernardi, que ela classificou como antissemita
11:27 | Nov. 17, 2021
Autor Filipe
Filipe Pereira
Holocausto: Comentarista da Jovem Pan fala em "matar
judeus"(foto: Reprodução)
José Carlos Bernardi,
autointitulado “comentarista cristão”, fez um comentário polêmico
terça-feira, 16, durante debate transmitido ao vivo na Jovem Pan News. Ele
sugeriu que a morte de judeus ajudaria o Brasil a enriquecer, e associou o
sucesso econômico da Alemanha ao Holocausto – o genocídio promovido pelos
nazistas que vitimou 6 milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial.
Ele discutia com a
jornalista Amanda Klein a atuação de países europeus em defesa da Amazônia,
chamando isso de “interferência”, e acusando a chanceler da Alemanha, Angela
Merkel, de ser “globalista” – discurso encampado por bolsonaristas que seguem
as “teorias” de Olavo de Carvalho.
Em dado momento,
Amanda Klein afirmou: “Quem dera se o Brasil chegasse aos pés do
desenvolvimento econômico da Alemanha”.
Foi aí, então, que
Bernardi, ainda que com tom irônico, fez o comentário, associando o sucesso
econômico da Alemanha ao Holocausto. “É só assaltar todos os judeus que a gente
consegue chegar lá. Se a gente matar um monte de judeus e se apropriar do poder
econômico dos judeus, o Brasil enriquece. Foi o que aconteceu com a Alemanha no
pós-guerra”, disparou.
Após o programa, a jornalista Amanda Klein foi às redes sociais para lamentar a fala de José Carlos Bernardi, que ela classificou como antissemita. “Hoje participei de debate em que meu colega fez um comentário antissemita. Na hora não ouvi direito. Ele me interrompia bastante. Quero manifestar meu mais profundo repúdio ao negacionismo histórico e à abjeta associação entre o Holocausto e motivações econômicas”, declarou.
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