Mãe e filha vieram na ambulância de Santa Efigênia de Minas, onde moram, para o hospital de Valadares. Segundo o boletim de ocorrência, a família alega que a menina demorou para ser atendida.
Por g1 Vales de Minas Gerais
04/04/2023 18h56 Atualizado há 11 horas
Uma recém-nascida morreu na tarde dessa segunda-feira (3), na Policlínica Central de Governador Valadares. Segundo o boletim de ocorrência, a mãe da criança, de 18 anos, informou que Yasmin Alves Silva acordou com crises de vômito. Devido ao estado de saúde, ela levou a menina no PSF do município de Santa Efigênia de Minas durante a manhã.
No local, segundo a mãe, ela foi atendida somente pela enfermeira não sendo em nenhum momento atendida por um médico.
Ainda conforme o BO, por volta das 10 horas, elas foram encaminhadas pela enfermeira ao Pronto Socorro de Governador Valadares. Durante o trajeto na ambulância da prefeitura de Santa Efigênia de Minas mãe e filha não foram acompanhadas por nenhum profissional da saúde.
Por volta das 11h30, elas chegaram ao Hospital Infantil de Valadares. A mãe da criança disse que no local elas não foram atendidas, sendo encaminhadas para a policlínica. Após umas duas horas a bebê passou pela triagem, e, na triagem repassou à enfermeira que a criança estava se sentindo mal, tendo ela somente pesado a bebê e pedido que aguardassem.
A jovem contou que elas demoraram para ser atendidas, no BO, informa que devido ao estado de choque da mãe, ela não se lembrava da quantidade de horas ou minutos. Que foi atendida após esse tempo e logo chegaram outros médicos passando a bebê por procedimentos.
Ela acompanhou o atendimento de filha até ela sofrer uma parada cardiorrespiratória, momento em que os médicos pediram para que ela se retirasse para adotarem outros procedimentos. Após uns vinte minutos ela recebeu a notícia que a filha tinha morrido.
A enfermeira da policlínica, contou que Yasmin chegou na triagem sem acompanhamento médico, o que dificultou no diagnóstico precoce. Que ao perceber que a criança estava "prostrada", imediatamente a etiquetou com a tarjeta de cor amarela. Que a criança não apresentava febre no momento da triagem.
O pediatra que atendeu a recém-nascida disse que conseguiu reverter um quadro de inicial de parada cardiorrespiratória. No entanto, durante os demais procedimentos ela teve outra parada cardiorrespiratória, foi reanimada por vinte minutos, mas não resistiu.
O médico informou que não sabe a causa morte, por isso, Yasmin foi encaminhada ao Instituto Médico Legal.
Os profissionais de saúde que aturaram no atendimento disseram que não receberam qualquer tipo informação dos profissionais de saúde do município de Santa Efigênia de Minas.
A enfermeira responsável por receber as ligações telefônicas dos municípios que integram as micro e macro regiões que são atendidos no hospital, informou que este procedimento que é obrigatório para receber os pacientes conforme nível de gravidade não foi feito.
Procurada pelo g1, a Secretaria Municipal de Saúde de Santa Efigênia de Minas informou que:
Se solidariza com os familiares da criança pelo fato ocorrido na última segunda-feira 03/04/2023. Que às 8h30 da manhã naquele dia ao recebeu a lactante que foi enviada pela equipe de saúde do PSF com sinais de alarme no qual era necessário encaminhar para o hospital de referência de Governador Valadares para avaliação e propedêutica.
A médica da unidade realizou contato com o Núcleo Interno de regulação do Hospital Municipal através do número do WhatsApp e não obteve sucesso quanto ao retorno.
O transporte foi providenciado em 20 minutos, em direção ao Hospital Municipal com encaminhamento médico.
Conforme informações prestadas pelo motoristas responsável pelo transporte, a paciente deu entrada no hospital aproximadamente às 11 horas, e só por volta das 14 horas passou pela triagem, segundo relato dos familiares.
A gestão municipal não poupará esforços no sentido de elucidar o fato ocorrido, bem como no atendimento do Hospital Municipal de Governador Valadares que resultou nesta fatalidade.
Em nota enviada ao g1, a Secretaria Municipal de Saúde de Governador Valadares informou que:
Lamenta o ocorrido e se solidariza com a família nesse momento de dor. Informa que não mediu esforços para salvar a criança, mas infelizmente ela não resistiu.
A SMS ressalta que a paciente veio da cidade de Santa Efigênia de Minas sem a regulação necessária para atendimentos emergenciais, ou seja, sem o acompanhamento de profissionais de saúde ou aviso prévio do quadro da paciente ao NIR (Núcleo Interno de Regulação).
Como estava sem acompanhamento ou aviso prévio ela deu entrada no Anexo do Hospital Municipal sem a devida recomendação médica que o caso exigia, ou seja seguiu o fluxo normal, sendo atendida pela triagem e pela equipe médica mas infelizmente o quadro evoluiu rapidamente e ela não resistiu.
Mais uma vez a Secretaria lamenta o ocorrido e vai continuar buscando informações para esclarecer o que aconteceu com a criança.
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